Durante o reinado da PSX, tive acesso a uma versão japonesa do Symphony of the Night e joguei-o do princípio ao fim. Sem consultar qualquer tipo de ajuda e sem perceber nada da linguagem, compilei listas de items, inimigos e descobri sozinho que items eram necessários equipar para avançar e que items é que os inimigos largavam - apenas baseado na comparação dos caractéres japoneses, o que ao fim de algumas horas dava dor de cabeça. E quando tive acesso à versão traduzida, voltei a fazer tudo outra vez.
Durante o reinado da SNES, eu costumava gravar o que jogava em fitas VHS e depois emprestava a pessoas da turma que não tinham as consolas e queriam ver como eram os jogos. Jogava do princípio ao fim, revelava segredos e estratégias para esses mesmos jogos. Também era comum amigos meus telefonarem-me a pedir conselhos ou dicas para NES, SNES e Gameboy.
Escrevi sozinho um FAQ/Walkthrough para o Final Fantasy VI (em português) há uns anos atrás apenas para um site nacional de fãs da série, mas infelizmente o site desapareceu há muito tempo.
Tenho uma fotografia verdadeira
desta zona secreta do Zelda: A Link to the Past. Só anos mais tarde quando comecei a usar a Internet é que me apercebi do que tinha em mãos.
Durante muito tempo segui o site do Neil Corlett até ele lançar o patch inglês para o ROM do Seiken Densetsu 3 (Secret of Mana 2); também segui o site do AeonGenesis até poder jogar o Front Mission: Gun Hazard em inglês.
Aposto que o meu nome nunca lá vai aparecer porque um dos tipos do grupo era bem idiota, mas fui um dos primeiros a sugerir num site chamado Darholme's Keep - na altura, um pequeno site onde se começavam a dar os primeiros passos no
modding para Baldur's Gate - que o problema de diálogo baralhado nos ficheiros *.TLK após instalação de programas para modificar o jogo tinha a ver com um dos ficheiros que era criado automaticamente ao fazer um backup do ficheiro *.tlk principal, onde residia todo o diálogo do jogo. Uns dias depois veio-se a verificar que eu tinha razão. Nunca vi um obrigado.
Um amigo meu convidou-me um dia para ir a casa dele ver a Nintendo64 que havia comprado há umas semanas. Em menos de 10 minutos de jogar o Mario64 já tinha conseguido descobrir mais coisas do que ele. Em compensação, nunca consegui fazer uma coisa que ele conseguia: executar combos extremamente longos no Killer Instinct com o gamepad
atrás das costas e virado ao contrário.
Comprei um Gameboy Advance só para poder usar o Tingle Tuner no Wind Waker.
Joguei repetidamente o Fallout até ter conseguido ver todos os slides finais possíveis. Acho que quase consegui ver todos no Fallout 2, mas ainda me faltam ver uns dois ou três.
Quando comecei a jogar o remake do Metal Gear Solid para a Gamecube, dei por mim a dizer as frases de alguns personagens antes de eles as dizerem - 8 anos depois de ter jogado o original. Estou a pensar comprar o Metal Gear Solid para PC "apenas" porque contém as VR Missions que foram removidas da versão para GC.
Mas duvido que isto me faça hardcore. Acho que apenas me faz apaixonado por videojogos. Mesmo se fizesse, rejeito esse tipo de rotulagem sempre que posso pois não concordo com ela, quer neste caso quer em muitos outros.