Role-Player Escreveu:O Oblivion é um RPG. Simplesmente não é muito bom no que faz.
Bah! Se o tivessem anunciado como um jogo de acção ninguém notava, e éramos todos muito mais felizes
Role-Player Escreveu:É interessante porque há umas semanas que ando a escrever sobre isso, a mudança no género. O problema com a mudança não é a mudança em si mas a base sobre a qual é feita. Temos o exemplo de algumas séries de RPGs que sofreram mudanças que eventualmente danificaram as séries em si e não trouxeram nada de novo ou inovador. Ocorrem-me imediatamente o Ultima e o Fallout; o primeiro já morria no oitavo jogo, o segundo foi sangrando em títulos que não conseguiam capturar nem o ambiente nem a jogabilidade dos originais. Nestes casos, também houveram muitos exemplos de fãs que foram acusados de serem contra a mudança e que viviam no passado, que só lhes interessava que as séries nunca mudassem; que queriam que o género estagnasse.
Exactamente, era dessa mudança que eu estava a falar.
If it ain't broken, don't fix it, como foi relembrado no
Glittering Gem of Hatred, e, dos casos que referiste, a "evolução" que se sentiu do Ultima VII para o Ultima VIII foi macabra, e talvez isso seja um
understatement. Quanto a Fallout, o que valeu é que nenhum dos jogos depois do FO2 não se chamava FO3, e isso permitiu aos fãs mais fieis deixá-los de fora da saga, simplesmente. Muito ao estilo da saga Legacy of Kain, por exemplo, em que Blood Omen 2 foi o que foi, mas foi relativamente fácil para muitos deixá-lo de fora das suas contas. Agora com FO3 é que vai ser um pouco diferente... Infelizmente.
Role-Player Escreveu:*snip* (porque até a mim já me cansa) *snip*
E não são poucos os fãs que já consideram a saga morta à muito tempo... Eu cá continuo a achar que considerar a saga morta, nesta altura em específico, é como abandonar os restos mortais do nosso muito amado pai aos chacais, para que eles o devorem e depois o ressuscitem sobre a forma de um
undead (passe a idiotice do exemplo).
Role-Player Escreveu:O caso do Fallout, sem querer saturar quem quer que seja sobre o assunto (porque até a mim já me cansa) é um exemplo bem revelador do tipo de mentalidade que na minha opinião contribui para a estagnação dos géneros. Muitos dos optimistas e defensores das decisões de design da Bethesda (muito antes de sequer saberem o que é que a companhia já fez com o Fallout) acusam alguns fãs do Fallout em querer promover a estagnação porque afirmam que a perspectiva em primeira pessoa e o combate em tempo real - dois elementos que sempre definiram a jogabilidade da série Elder Scrolls - são o caminho do futuro, e que elementos como combates por turnos e perspectivas isométricas são uma coisa do passado. Isto na minha opinião acontece devido a uma grande desinformação por parte do público, quer por ignorância genuína da história dos videojogos quer por publicidade, palavras e atitudes expostas em muitos sites de crítica.
O que esses tunantes não parecem saber é que não foi por falta de tecnologia que os criadores de Fallout não o fizeram um FPS em tempo real

Como tu dizes agora a seguir, aliás.
Role-Player Escreveu:Combate em tempo real e perspectivas em primeira pessoa não são novas, na verdade são dos elementos mais antigos nos videojogos. Mas uma boa parte destas pessoas só teve contacto com o mundo dos RPGs a partir do Morrowind e do Oblivion e em parte por isso, assumem que até à data não houve nada igual. E a adulação de alguns jogos por parte dos jornalistas com críticas que nunca apontam para os seus problems também ajuda a isso.
Aproveito e passo para aqui um post meu que fiz noutro lado, e com o qual concordo plenamente, e que vai em conformidade e concordância com o que estás a dizer, mais na parte final, até:
Morbus Escreveu:Anyway, é como diz o Briosafreak, do no mutants allowed, e do
Fallout3.wordpress:
"Não há mal nenhum em seguir e gostar dos jogos do Mainstream, desde que se mantenha o espírito crítico e se compreenda que muitos dos conceitos, mecânicas de jogo e implementações de estratégias de comunicação são amplamente falaciosas e criadas nos departamentos de marketing, só se aguentando devido ao excesso de dependência dos jornalistas especializados em relação aos privilégios e dinheiro de publicidade dos estúdios."
E ele sabe do que está a falar.
Role-Player Escreveu:Outro aspecto (e isto tem a ver mais com o que eu ia escrever) é que por vezes há uma certa tendência em promover certos aspectos do género enquanto outros se esquecem. Hoje em dia há uma inegável tendência em criar jogos com elementos cinemáticos (que só entram em choque com os videojogos), combate em tempo real porque "é isso que vende" (um mantra típico de tantos jogadores e companhias), para disfarçar que o género ainda é muito aquilo que se jogava nos seus primórdios. Há mecânicas de jogo que ainda hoje não beneficiam particularmente os RPGs e continuam a ser usadas. O conceito de classes que muitas vezes estrangula o desenvolvimento dos personagens, a linearidade das histórias, mundos estagnados e com falta de consequências para as escolhas dos jogadores, a morte como um castigo para os erros do jogador quando um simple "reload" contorna o assunto... Muitos destes já acompanham o género há um bom tempo mas continuam sem serem melhorados enquanto outros elementos que nem sequer são conductivos para um melhor "role-play" começam a ser exigidos pelos jogadores. Variedade na criação de um avatar, jogabilidade que satisfaça o ego, um mundo que espere eternamente pelas acções do jogador, até romances (leiam-se os fóruns da Bioware, por exemplo, para ter uma ideia).
Isto pode parecer completamente despropositado, mas se me lembrei de perguntar isto é porque não deve ser: sabes em que jogo é que o Rosh está a trabalhar?
:EDIT:
E um post, descontextualizado, mas que fala por si próprio...
Angrim Escreveu:aries369 Escreveu:I think it is a wrong business decision, since the average gamer now is about thirty. And wants games which will appeal (more) to him or her. That means mature (which doesn't = brawdy pubescent sex scenes or the like) content and good storytelling.
The problem is that the "average gamer" today is not actually a
gamer, but some Regular Joe, who now and then likes to play some light console game that is easy to learn and doesn't take too much time to play. Gaming is not a hobby to him, he just likes to sit down for a while between work and going to gym. Or maybe he watches some reality show.
Thanks to him and the consoles, the "true" PC gaming is slowly dying away.
And believe me, he doesn't want "mature content and good storytelling"... You can see that by watching TV programmes that have been targeted for him. Most of them are utter crap.
Claro que isto é uma opinião, mas terá um fundo de verdade? *lança discução* *lança discução* *lança discução*