SoRHunter Escreveu:O único pormenor onde a tua arguentação é um pouco mais frágil é ao afirmares que os utilizadores dos "jogos-ferramenta" conseguem criar coisas que não estavam previstas pelos programadores. Deste como exemplo os Sims; na minha perspectiva, não se consegue criar nada que já não esteja previsto,
Exacto. Eu falei, já não sei onde, que há diferentes prespectivas do até onde é que crias algo novo, mas crias sempre algo novo em the sims, não fosse ele ser, por exemplo, uma boa ferramenta de criação de casas, onde podemos dar largas à nossa imaginação.
SoRHunter Escreveu: embora as possibilidades de personalização dos sims é bastante elevada (aparência, trabalhos, características, signos, interacções com outros sims, etc.).
Mesmo aí, toda a sequência dessas interacções e personalizações é algo de novo, alheio, em grande medida, aos criadores do jogo, mas eu não estava a falar disso.
SoRHunter Escreveu:Da mesma forma, os jogadores do Football Manager não criam nada de novo, já que as opções estão todas previstas e as possibilidades são limitadas (embora sejam imensas).
Assim como no PowerPoint as opções estão todas previstas, assim como no Paint as opções estão todas previstas. O que interessa aqui, e sempre interessou, é COMO usas as opções, e é esse COMO que é novo, que é criado. As opções de um RPG old-school são muito mais limitadas e restritas, daí eu não os apelidar de ferramentas, mas há alguns RPG's que são ferramentas, pelo menos estão mais perto. WoW, por exemplo, é um bom caso disso. Não fosse até a sua grande semelhança com um canal IRQ, teríamos as personalizações que, em certa medida, servem um pouco como ferramenta. No final, os únicos jogos que não são de facto ferramentas no sentido mais lato do termo são os jogos de corridas (e nem todos), os jogos de porrada (tipo mortal kombat, e mesmo aí nem todos), os RPG's old-school (e nem todos), os FPS's e todos os jogos de aventura lineares e com final definido e mais alguns, que eu não me estou a lembrar.
Agora, é ÓBVIO que ser uma ferramenta não é mau, nem eu nunca disse isso.
SoRHunter Escreveu:Acho que tanto o Photoshop como o PowerPoint são muito mais flexíveis e personalizáveis, onde se conseguem criar coisas que nunca foram previstas pelos programadores.
O nível de personalização ou de flexibilidade não interessa muito aqui, porque se não poderias chegar ao estremo de dizer que o PS é uma ferramenta e o PP não porque o PS é mais flexível e dá para fazer mais coisas que o PP. O que interessa aqui é saber se há, de facto, essa flexibilidade e personalização. No final, todo o jogo tem um pouco disso, mas, claro, é preciso ver se isso é o CENTRO do jogo, ou apenas um à parte (como a criação de uma personagem num RPG linear). Não sei se estás a entender o que quero dizer, mas eu já tinha previsto o teu argumento, mesmo antes de escrever o que escrevi, e sei do que falas
Hunter Escreveu:estou a querer dizer que por vezes o nosso orgulho nao nos deixa "dar o braço a torçer". Nao quero com isto ofender, porque muitas vezes passa-se comigo o mesmo, mas as vezes sabemos que os outros têm razao em certos aspectos mas mesmo assim nao somos capazes de aceitar e admitir isso. Mas mais uma vez digo-te, que nao é para te ofender...

Lol, eu não sou assim XD A não ser, claro, em coisas muito mesquinhas e insignificantes em que não faz grande diferença.
cinemaniac Escreveu:eu por acaso concordo com o Morbus. tudo é software, seja o PES ou o FM ou o Photoshop. seja qual deles for, podes criar algo teu...
Bem, eu não estava a assumir particularmente essa posição, mas sim, tens razão. Como disse, há jogos que não são ferramentas e há outros que são, dependendo do ponto fulcral do jogo ser criar algo novo ou não (como a diferença entre contar uma história e o fazer uma casa e usá-la).