ZheadShot Escreveu:Entao deixem-me dar mais um exemplo. eu posso comprar uma casa, e depois posso chegar a conclusao que os vizinhos passam a noite no pimba e que por isso é prejudicial para os meus filhos porque sao muito novos. acham que tinha o direito de voltar atras com a compra da casa? obvio que nao.
A partir do momento em que cada um escolhe aquilo que quer comprar nao tem razao de queixa pra poder voltar atras a nao ser que o produto traga defeito, mas isso ja é outra historia.
Errado. Existe um período durante o qual podes devolver as coisas que compraste e exigir a restituição do dinheiro (salvo erro, 14 dias). Não sei até que ponto são legais as indicações "Não se aceitam devoluções" (já que elas vão contra a lei geral; em contrapartida, podem ser consideradas como uma cláusula de um contrato segundo a qual o comprador abdica do direito de devolver o que comprou), pelo que se deve ter isso em consideração nas compras. Outra situação "cinzenta" é a aquisição de CDs / DVDs, pois os comerciantes publicitam que não aceitam devoluções desses materiais depois de abertos.
Quanto à violência nso videojogos, existem comissões que avaliam o potencial de "perigosidade" dos conteúdos, dando indicações etárias para os seus potenciais consumidores. Porém, nunca vi ninguém exigir o Bilhete de Identidade a nenhum comprador de jogos ("É uma coisa para crianças...") ou tentar demover algum petiz de jogos como
Mortal Kombat (tentaram verder-mo com 15 anos, apesar do
gore massivo do jogo... com os meus pais ao lado, sem dizerem uma única palavra... Acabei por escolher o
Micro Machines 
) ou o famoso
GTA. Isto tresanda a desresponsabilização; mas, como diz o ditado, "A culpa morre solteira"
Acho que o Nélson Calvinho tocou num ponto muito importante e vagamente relembrado: os jogadores são pessoas inseridas numa sociedade, a qual tem uma determinada cultura e sistema de valores. Sem esta componente, todas as análises que fizermos acerca dos videojogos (quer no processo de criação, quer no jogar) serão parciais, tendenciosas e, para uma pessoa minimamente informada, verdadeiramente irrelevantes.