Morbus Escreveu:
Ó pá... Estás-te a contradizer todo... Os bastidores de um quadro são os aspectos técnicos não a vida pessoal do pintor. Os bastidores do teatro são, para além dos camarins e das relações entre os actores, os processos de encenação, de ensaio, de feitura de cenários. Tudo isso, todos esses aspectos técnicos são bastidores...
Quanto à crítica, é claro que se precisa de se ir mais longe, mas eu pensava que estava-mos a falar de "assitir" ou "usufruir" de obras de arte...

Pensava que estava-mos a falar dos jogos como aquilo que eles representam para nós e não como o trabalho que eles dão a fazer... Mas é claro que para se criticar é preciso analizar os bastidores. O que eu digo é que para se usufruir de uma obra de arte é só necessário o produto final. (estamos sempre a discutir à volta do mesmo

)
Sorry, interpretei bastidores de forma diferente
Mas a verdade é que os aspectos técnicos estão só no produto final, e não noutro lugar qualquer.
Quanto à segunda parte, eu acho que para verdadeiramente usufruir da arte é preciso analisá-la, senão somos meros receptores de uma mensagem, sem reflectir sobre o seu conteúdo...
Mas adiante, que já percebemos que estamos de acordo!
O aspecto que mais prejudica e degrada a arte, qualquer que seja ela, é a comercialidade. Pego no filme O Corvo o primeiro é excelente, tanto o o 2º, mas o mesmo já não se passa o 3º em que já se nota o peso da comercialidade, e quanto ao quarto filme até tenho medo de o ver Confused porque sei que me irá desiludir... O mesmo acontece com a música e o resto das artes e os videojogos não escapam a isto e cada vez se ve menos originalidade e vontade de arriscar nesta indústria, salvo algumas excepções...
Acho que tens alguma razão, mas não toda. De facto "Crow" era um bom filme, ao contrário das suas sequelas que são muito fracas... (vai por mim, não vejas o 4º).
Dito isto, não acho que a comercialidade seja o mal por detrás do problema, é uma faceta deste e resulta sobretudo de um público pouco interessado em arte original e que o faça pensar e reflectir.
No fundo, tem a haver um pouco com o que eu disse antes. O problema verdadeiro é que o público contenta-se muito facilmente com arte mal executada e com pouco interesse em algo que não seja um divertimento passageiro.
Existe falta de exigência nos meios artísticos: no cinema, música, e claro, videojogos. Se o público exigisse filmes com mais interesse, as produtoras teriam de responder a esse interesse com filmes mais cativantes, em vez de esponder com estas sequelas que dão sono.
A cultura tem de melhorar para que o modelo em que estamos funcione melhor, e para isso, é necessária uma vontade de risco superior da parte das produtoras. Porque, mesmo neste mundo do comércio, dá muito mais dinheiro arriscar em conceitos novos, do que repetir velhas formas!
Existe um risco, mas bem investido dá muitos proveitos, em termos comerciais e sociais, levando a uma evolução do patamar de exigência do público...