Nulmas - 30/9/2003 9:12 PM
citação: Inicialmente enviada por RicardoRocha
Eu só gostava de saber é se, em casos como o desses miúdos tarados, são ouvidos especialistas em videojogos, tal como acontece noutras situações... Não acredito que alguém de bom senso fosse capaz de responsabilizar uma pessoa que, no fundo, não passa de um artista. A culpa não pode ser atribuída ao construtor de um automóvel usado para atropelar, da corda do piano usada para cortar o pescoço, etc! O caso dos fabricantes de armas de fogo, esse já é diferente, pois estas têm um único uso: MATAR! Mas, a não ser que um videojogo aconselhasse e incentivasse explicitamente a violência como forma de resolver os problemas, jamais pode ser considerado como o elemento impulsionador, excepto para perturbados mentais!
Ricardo "Baltar" Rocha
Lol... Achas mesmo que os dois lados são ouvidos? As poucas reportagens que vi sobre o assunto até hoje são completamente unilaterais e, muitas vezes, extremamente sensacionalistas (sendo o caso da TVI/"City Vice" o mais flagrante).
A única reportagem que vi em que "protegiam" os videojogos foi, se não estou em erro, sobre o massacre em Columbine. Disseram que o puto jogava Doom, mas disseram (e provaram) que provavelmente aquela era a menor das razões que o podia ter feito passar-se.
"War... War never changes."-
in Fallout
Os dois lados nunca vão ser ouvidos: os jogos ainda são o alvo a abater para tanta gente...! Chocantemente ou não, é a única forma de arte a que vamos ter hipótese de ver
in loco a censura a actuar, a contestação, as medidas restritivas irracionais. Porque é uma forma de arte nova, ou, vá lá, relativamente nova. Houve escândalos na literatura, no cinema, na pintura, mas hoje em dia é tudo perfeitamente indiferente, porque... é "arte". Os jogos não são vistos assim, interrogo-me porquê, será uma questão psicológica?
Quanto à questão de a televisão ser babysitter, o facto é que ainda acontece e todos sabemos que as crianças de hoje em dia cada vez acham menos piada aos desenhos que dão na TV. Pelo menos, na TV nacional de sinal aberto. O meu irmão queria ver desenhos animados para se divertir um bocado e recorria invariavelmente ao Canal Panda ou ao Cartoon Network.
Os jogos não impulsionam a violência, todos estamos certos disso. Mas quem é o "jogador" para explicar isso à sociedade? A resposta vem do estereótipo que formam sobre nós: adolescentes gordos, gordurosos, com ódio a tomar banho ou lavar os dentes, que usam óculos, aperelho e estão muito maltratados pela acne, tarados sexuais que ou estão a ver pornografia ou a jogar jogos estúpidos, que não têm vida própria, que não gostam de sair, que nunca na vida tiveram algum interesse, que só sabem falar em código. A sociedade vê o "jogador" assim, é triste mas é verdade. Até essa visão mudar... vou ser velhinho e ter netos!