Xbox e Xbox360

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Maedhros
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Mensagem por Maedhros » quinta 09 fev 2006, 2:01

Bem, eu já comprei a 360, mas mesmo assim vou explicar o porquê dessa compra.

1. A Revolution, é, de todas as consolas desta geração, aquela que mais inova na forma de jogar. No entanto, como todos já sabemos, não irá lutar pela "pole position". A estratégia da Nintendo é óbvia: tornar-se uma segunda consola que todos quererão ter, e, através de um preço baixo, tentar compensar a falta de poderio tecnológico.
Caso a Nintendo consiga apoios suficientes para ter um lineup cativante (algo que ainda se está para demonstrar), será um essencial para qualquer gamer que procure uma experiência interactiva nova. E por esses motivos, não tem sentido substituir uma ps3 ou uma 360 por uma rev. Têm objectivos muito distintos e apelarão a diferentes espectros de mercado.

2. A 360 saiu antes. Isso quer dizer, que na altura em que a ps3 sair, já a 360 terá um lineup cheio de "killer app's" e uma larga base de utilizadores estabelecida. Infelizmente, a Sony não disporá do argumento que teve face à dreamcast, o do hardware. Apesar de sair vários meses depois, ps3 não é muito superior em termos tecnológicos à 360 (e a dificuldade em programar para uma norma proprietária complicada, como a do cell, não ajuda). BluRay aparte, e a ps3 não tem argumentos de compra nesse campo.

3. Restam os jogos. Aí, as notícias também não são muito animadoras para a Sony. A Microsoft comprou muitos estúdios durante a geração anterior, e finalmente, eles começam a libertar exclusivos para a 360 (Rare, Silicon Knights...). O marketing agressivo da Microsoft também lhes permitiu retirar muitos dos exclusivos da Sony (PES, GTA, MGS....) e a tendência é para, cada vez mais, o monópolio se aliar à gigante de Bill.

4. A Sony contra-atacou na última E3, com uma resma de vídeos, que não só semearam a desconfiança na comunidade gamer pelo seu (aparente) irreliasmo, como mostraram que a Sony já não tem grandes trunfos. Tivemos vídeos de mais um Tekken, de mais um Gran Turismo, de mais um Devil May Cry, de mais um Metal Gear e de mais um Killzone (que nem sequer era um grande jogo para começar...). A Sony, que sempre primou pela inovação, basta ver a quantidade de títulos originais da ps2 este ano, parece estar a perder o seu filão de ouro. Não negando a qualidade destes títulos, sem novas franchises a Sony perderá o primeiro lugar, envelhecida e estagnada. A ver o que reserva a E3 deste ano.

5. A Microsoft não só parte em primeiro, com a vantagem que isso garante, como tem uma maré de exclusivos referentes a frachises novas ou já estabelecidas: Perfect dark Zero, Kameo, Prey, Mass Efect, Gears of war, Lost odyssey, Blue dragon, Too Human e Dead or Alive 4, Halo 3, Ninja Gaiden Black, Project Gotham Racing 3, Jade Empire 2, Fable 2.... A lista é infindável. E isto meramente no campo dos exclusivos face à sua principal opositora.

6. Online. A Xbox foi a primeira consola a ter um serviço online, capaz de superiorisar a experiência do pc (oiço aguém a gritar blasfémia...). O famoso Live, com as suas funcionalidades aproveitadas ao máximo em Halo 2, tornava a experiência online um must para qualquer gamer, do "noob" ao "hardcore". E sempre com pouco lag. O parco serviço da Sony, que apesar de grátis, estava repleto de problemas, mostrou, que nesse campo a Sony teria de investir muito na próxima geração. E os fãs da Sony (ou mesmo do Pc) que pensam que o live não era "the next big thing", desenganem-se, porque a Sony já admitiu que o serviço online da Ps3 constará nos mesmos moldes. Se não os consegues vencer...

Por estes e outro motivos acho a 360 e o Live uma boa aposta. Claro que, devem esperar mais tempo para poderem fazer a vossa escolha sem correr grandes riscos, e reflectir na consola que mais reflecte os vossos gostos por jogos. Senão podem sempre comprar todas :shock:

PS: Antes que me chamem fanboy... na última geração estive muito contente com a minha ps2 e gamecube e não comprei a Xbox, e, como qualquer informático que se preze, não aprecio em nada, nem Bill Gates nem a marca Microsoft. Simplesmente vejo os factos como eles são, e neste momento, a Microsoft leva a dianteira.
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Mensagem por Player-Zero » quinta 09 fev 2006, 14:23

Isto parece parvo mas da tua lista de jogos consta um que não é Xbox 360: o Ninja Gaiden Black( é pá eu axo que tem bons gráficos e isso tudo mas não os de uma consola de nova geração xD).
Simplesmente concordo com a tua opinião e realmente os exclusivos ditam muita coisa........
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Mensagem por Death Crow » quinta 09 fev 2006, 15:10

É certo que o que tu (Maedhros) disseste é correcto e que a Sony encostou-se um bocado e apoiou-se na fama que tem, agora que tem uma concorrente directíssima parece um pouco atrapalhada. Mas é também verdade que a Sony tem ainda uma grande vantagem que é a de conhecer muito bem a sua rival e com esse conhecimento ainda pode aproveitar e surpreender, embora não acredite muito nisso.

Uma das coisas que referiste e que me desiludiu um pouco é o facto de a Sony estar a perder as suas pérolas para a Xbox e no dia que perder, por exemplo, o Gran Turismo (espero que nunca) aí a Xbox destronou completamente a PSX!!!
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Mensagem por pedropaulo » quinta 09 fev 2006, 15:26

Dêm um vista de olhos neste link retirado do blog do Nelson.
http://thedeathofgaming.blogspot.com/

È um facto que a Sony e a Microsoft perderam bastante dinheiro na guerra das consolas, as más-línguas apontam mais de 2 mil milhões de dólares de prejuízo para a Microsoft.
Portanto é um cenário possível o colapso de uma ou ambas as empresas.
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Mensagem por Morbus » quinta 09 fev 2006, 16:42

Mmmm... Duvido... :? Já leste o artigo todo e depois mais os comments? A impressão com que eu fico é que ele tem medo de que a Microsoft esteja a preparar terreno para um monopólio. Ora isso, à luz dos comments, não deve ter muita lógica. Aliás, há lá um que diz uma coisa muito interessante. Basicamente diz que as next gen consoles vão ser gráficos e pouco mais. Por isso é que eu digo que o PC ainda é, como tem sido, e ainda será por algum tempo (talvez muito, ou, até, talvez para sempre) a melhor escolha no que toca a jogos.

A XBox360, como se vê, é uma boa máquina e é uma consola que se pode orgulhar desse nome. Barata e com bons títulos, um serviço on-line decente e com um hardware bastante bom (embora eu ache que já há por aí PC's melhores).

A PS3 vai levar na cabeça que é quase certo. Um hardware que em quase nada é feito para jogos, uma capacidade de processamento relativamente baixa à sua capacidade gráfica, um preço que se adivinha altíssimo, uma complexidade maior no que toca a programação de jogos... Estou mesmo a ver: a Sony está a prepara uma BOMBA (sim uma bomba que, de certo, vai vender e vender e vender). Mas não vai ser uma bomba no que toca os jogos mas sim uma bomba no que toca um home media center. Tenho pena em dizer que acho que nisso, o PC, em um dois anos no máximo, vai ultrapassar a PS3 (se é que esta vai sequer chegar ao nível actual dos PC's nessa área).

Se até o director (não sei de quê, mas era um director da sony) diz que não estão a fazer um consola de jogos... Bem... Não admira que eles não tenham inovação...

Felizmento, a combater esse possível crash que é adivinhado no artigo, está o PC. O homem talvez se esteja a esquecer que há mundo para além das consolas e, no PC, não há competitividade de hardware que atrapalhe a produção de jogos. Não vai haver problemas no que toca a monopólios porque esse não é de ninguém a não ser daquele que melhor material fizer, e é por isso que há competitividade (ASUS/MSI, Intel/AMD, NVidea/ATI...). Mesmo que as consolas caiam, os jogos em si não serão muito abalados, porque estará lá sempre o PC a suportar tudo.

O que não entendo no meio disto tudo, é o problema que se mantém com as diferenças de suportes de jogo. Quero dizer: porque é que ainda há necessidade de haver diferênças entre uma PS3, um XBox360, uma Revo e um PC? O PC é "muito bom" porque tem teclado e rato. Porque é que as consolas não têm suporte também para isso? Parece-me simples. No que toca o sentido inverso há também o mesmo problema, embora mais pequeno. Continuo a não perceber qual é a vantagem da consola. Por dar uma maneira diferente de jogar? Por ser mais humano? O que eu acho é que a vantagem das consola é a exclusividade de alguns títulos (infelizmente), como Final Fantasy, Gran Turismo, Shenmue, Sega Rally, Tekken, e muitos outros. Acho que não haveria muita dificuldade em passar tudo também para PC (sim, eu sei que há dinheiros por trás de tudo isto, mas estou a falar em especificidades técnicas). Ora o PC pode ter um gamepad em tudo semelhante ao das consolas. Pode ter volante e pedais e isso. Pode ter um joystick todo kitado e tudo. Suponho que também, dentro de algum tempo (talvez demora uns anos) também se possa adquirir um controlador semelhante ao da Revo para o nosso computador...

Pois eu digo: o PC vai ser sempre o suporte das consolas, tanto a niveis de evolução tecnológica como a níveis de jogos, pois não me acredito que ande o PC atrás das inovações das consolas. Não tenho ouvido falar de problemas em adopção de conceitos de consolas por parte do PC. Tenho antes ouvido falar em problemas na adopção de conceitos do PC por parte das consolas. Falo dos FPS e falo dos jogos de estratégia...

É por isso que eu digo: a Revo pode traser muita inovação (e trá-la com certeza) mas o principal fornecedor de inovação vai ser o PC, que vai passar ao lado (em meu entender) da luta das consolas, e se elas se derrotarem mutuamente, quem vai ganhar é o PC...

Venha o crash :D
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Mensagem por Cyrax » quinta 09 fev 2006, 17:34

Player-zero Escreveu:Isto parece parvo mas da tua lista de jogos consta um que não é Xbox 360: o Ninja Gaiden Black( é pá eu axo que tem bons gráficos e isso tudo mas não os de uma consola de nova geração xD).
Simplesmente concordo com a tua opinião e realmente os exclusivos ditam muita coisa........
Pode ser lançado uma versão do ninja gaiden black para a 360... :P

Morbus Escreveu:Mmmm... Duvido... :? Já leste o artigo todo e depois mais os comments? A impressão com que eu fico é que ele tem medo de que a Microsoft esteja a preparar terreno para um monopólio. Ora isso, à luz dos comments, não deve ter muita lógica. Aliás, há lá um que diz uma coisa muito interessante. Basicamente diz que as next gen consoles vão ser gráficos e pouco mais. Por isso é que eu digo que o PC ainda é, como tem sido, e ainda será por algum tempo (talvez muito, ou, até, talvez para sempre) a melhor escolha no que toca a jogos.
Noto ai um pequeno paradoxo! Comentas que as consolas é so evolução de graficos, mas no pc também não é? Até digo mais, prefiro ter uma experiencia menos grafica para ter uma melhor experiencia de jogo (3000 adversarios numa so imagem, onde vimos isto num pc sem ser 1 rts?)
Morbus Escreveu:A XBox360, como se vê, é uma boa máquina e é uma consola que se pode orgulhar desse nome. Barata e com bons títulos, um serviço on-line decente e com um hardware bastante bom (embora eu ache que já há por aí PC's melhores).
Claro que ha pc's melhores, mas o que é que se pode fazer? Assim é a evolução do pc, mais um mês e ja haverá outro pc mais poderoso...
Morbus Escreveu:O que não entendo no meio disto tudo, é o problema que se mantém com as diferenças de suportes de jogo. Quero dizer: porque é que ainda há necessidade de haver diferênças entre uma PS3, um XBox360, uma Revo e um PC? O PC é "muito bom" porque tem teclado e rato. Porque é que as consolas não têm suporte também para isso? Parece-me simples. No que toca o sentido inverso há também o mesmo problema, embora mais pequeno. Continuo a não perceber qual é a vantagem da consola. Por dar uma maneira diferente de jogar? Por ser mais humano? O que eu acho é que a vantagem das consola é a exclusividade de alguns títulos (infelizmente), como Final Fantasy, Gran Turismo, Shenmue, Sega Rally, Tekken, e muitos outros. Acho que não haveria muita dificuldade em passar tudo também para PC (sim, eu sei que há dinheiros por trás de tudo isto, mas estou a falar em especificidades técnicas). Ora o PC pode ter um gamepad em tudo semelhante ao das consolas. Pode ter volante e pedais e isso. Pode ter um joystick todo kitado e tudo. Suponho que também, dentro de algum tempo (talvez demora uns anos) também se possa adquirir um controlador semelhante ao da Revo para o nosso computador...
Não jogas muito numa consola pois não? Eu tenho as 2 plataformas (pc/consola) e prefiro jogar na consola! Porquê? Não gosto de estar junto ao monitor, gosto de estar sentado no sofa a jogar para a minha tv grande... Posso ter varios amigos na mesma sala a jogar nessa mesma plataforma... Tal como o Maedhros disse (pelo menos que percebi), o live é superior à experiencia de jogar online num pc, acho que torna-se algo mais pessoal e no entanto divertido...
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Mensagem por Morbus » quinta 09 fev 2006, 17:45

Cyrax Escreveu:
Morbus Escreveu:Mmmm... Duvido... :? Já leste o artigo todo e depois mais os comments? A impressão com que eu fico é que ele tem medo de que a Microsoft esteja a preparar terreno para um monopólio. Ora isso, à luz dos comments, não deve ter muita lógica. Aliás, há lá um que diz uma coisa muito interessante. Basicamente diz que as next gen consoles vão ser gráficos e pouco mais. Por isso é que eu digo que o PC ainda é, como tem sido, e ainda será por algum tempo (talvez muito, ou, até, talvez para sempre) a melhor escolha no que toca a jogos.
Noto ai um pequeno paradoxo! Comentas que as consolas é so evolução de graficos, mas no pc também não é? Até digo mais, prefiro ter uma experiencia menos grafica para ter uma melhor experiencia de jogo (3000 adversarios numa so imagem, onde vimos isto num pc sem ser 1 rts?)
Já leste os comments à notícia? Quando leres vais ficar a perseber porque digo que as next gen são só gráficos. Processadores é que não são...
Cyrax Escreveu:
Morbus Escreveu:O que não entendo no meio disto tudo, é o problema que se mantém com as diferenças de suportes de jogo. Quero dizer: porque é que ainda há necessidade de haver diferênças entre uma PS3, um XBox360, uma Revo e um PC? O PC é "muito bom" porque tem teclado e rato. Porque é que as consolas não têm suporte também para isso? Parece-me simples. No que toca o sentido inverso há também o mesmo problema, embora mais pequeno. Continuo a não perceber qual é a vantagem da consola. Por dar uma maneira diferente de jogar? Por ser mais humano? O que eu acho é que a vantagem das consola é a exclusividade de alguns títulos (infelizmente), como Final Fantasy, Gran Turismo, Shenmue, Sega Rally, Tekken, e muitos outros. Acho que não haveria muita dificuldade em passar tudo também para PC (sim, eu sei que há dinheiros por trás de tudo isto, mas estou a falar em especificidades técnicas). Ora o PC pode ter um gamepad em tudo semelhante ao das consolas. Pode ter volante e pedais e isso. Pode ter um joystick todo kitado e tudo. Suponho que também, dentro de algum tempo (talvez demora uns anos) também se possa adquirir um controlador semelhante ao da Revo para o nosso computador...
Não jogas muito numa consola pois não? Eu tenho as 2 plataformas (pc/consola) e prefiro jogar na consola! Porquê? Não gosto de estar junto ao monitor, gosto de estar sentado no sofa a jogar para a minha tv grande... Posso ter varios amigos na mesma sala a jogar nessa mesma plataforma... Tal como o Maedhros disse (pelo menos que percebi), o live é superior à experiencia de jogar online num pc, acho que torna-se algo mais pessoal e no entanto divertido...
Não, não jogo muito consola. Mas as questões que levantas são simplesmente (e absolutamente) irrelevantes. Se pensas que não estás muito enganado, mas eu já joguei Need for Speed - Underground 2 no meu pc... com um televisor enorme e com comando e tudo. A diferença de jogar numa consola, nestes casos é absolutamente nula. Aliás, as poucas vezes que levo o meu pc para casa da minha namorada faço sempre isso, porque lea tem a TV e tem o game pad :D .

Foi esta questão que eu quiz levantar. A torre do meu PC não é assim tão diferente da caixa de uma consola. Há as diferenças óbvias, no entando, mas são irrelevantes perante a fácil adaptatibilidade do PC.
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Mensagem por Maedhros » quinta 09 fev 2006, 18:51

Morbus Escreveu:
Cyrax Escreveu:
Morbus Escreveu:Mmmm... Duvido... :? Já leste o artigo todo e depois mais os comments? A impressão com que eu fico é que ele tem medo de que a Microsoft esteja a preparar terreno para um monopólio. Ora isso, à luz dos comments, não deve ter muita lógica. Aliás, há lá um que diz uma coisa muito interessante. Basicamente diz que as next gen consoles vão ser gráficos e pouco mais. Por isso é que eu digo que o PC ainda é, como tem sido, e ainda será por algum tempo (talvez muito, ou, até, talvez para sempre) a melhor escolha no que toca a jogos.
Noto ai um pequeno paradoxo! Comentas que as consolas é so evolução de graficos, mas no pc também não é? Até digo mais, prefiro ter uma experiencia menos grafica para ter uma melhor experiencia de jogo (3000 adversarios numa so imagem, onde vimos isto num pc sem ser 1 rts?)
Já leste os comments à notícia? Quando leres vais ficar a perseber porque digo que as next gen são só gráficos. Processadores é que não são...
Cyrax Escreveu:
Morbus Escreveu:O que não entendo no meio disto tudo, é o problema que se mantém com as diferenças de suportes de jogo. Quero dizer: porque é que ainda há necessidade de haver diferênças entre uma PS3, um XBox360, uma Revo e um PC? O PC é "muito bom" porque tem teclado e rato. Porque é que as consolas não têm suporte também para isso? Parece-me simples. No que toca o sentido inverso há também o mesmo problema, embora mais pequeno. Continuo a não perceber qual é a vantagem da consola. Por dar uma maneira diferente de jogar? Por ser mais humano? O que eu acho é que a vantagem das consola é a exclusividade de alguns títulos (infelizmente), como Final Fantasy, Gran Turismo, Shenmue, Sega Rally, Tekken, e muitos outros. Acho que não haveria muita dificuldade em passar tudo também para PC (sim, eu sei que há dinheiros por trás de tudo isto, mas estou a falar em especificidades técnicas). Ora o PC pode ter um gamepad em tudo semelhante ao das consolas. Pode ter volante e pedais e isso. Pode ter um joystick todo kitado e tudo. Suponho que também, dentro de algum tempo (talvez demora uns anos) também se possa adquirir um controlador semelhante ao da Revo para o nosso computador...
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Não, não jogo muito consola. Mas as questões que levantas são simplesmente (e absolutamente) irrelevantes. Se pensas que não estás muito enganado, mas eu já joguei Need for Speed - Underground 2 no meu pc... com um televisor enorme e com comando e tudo. A diferença de jogar numa consola, nestes casos é absolutamente nula. Aliás, as poucas vezes que levo o meu pc para casa da minha namorada faço sempre isso, porque lea tem a TV e tem o game pad :D .

Foi esta questão que eu quiz levantar. A torre do meu PC não é assim tão diferente da caixa de uma consola. Há as diferenças óbvias, no entando, mas são irrelevantes perante a fácil adaptatibilidade do PC.
A diferença entre uma consola e um pc é fácil de mostrar Morbus. Uma está no meio da sala, centro das atenções de todos, em geral com um sistema de controlo simplista e cheio de facilidades para quem quiser jogar; do outro tens um pc, escondido num quarto ou escritório, com um sistema operativo cheio de bugs e complicações desnecessárias, que, ainda por cima te obriga a esperar vários minutos para poderes jogar um jogo de cada vez. Daí a diferença de estilo nos jogos, que aparecem no pc e nas consolas. Dirigem-se a públicos muito diferentes. Porque achas que as adptações de consolas para o pc (ou vice versa) são em geral um fracasso? Não é só incompetência técnica. É também desinteresse por parte da comunidade mais hard core.
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Mensagem por Maedhros » quinta 09 fev 2006, 19:23

Morbus Escreveu:(...) Venha o crash :D
O artigo que comentam tem alguns problemas, que, a meu ver, deitam abaixo toda esta teoria do CRASH.

1. É baseado em pressupostos falsos. Como um blogger apontou e com muita razão no seu comment, nem a 360, nem a Ps3 são tão poderosas como as suas empresas fazem crer:

"However, I wish to point out to the author that, no offense, he knows little about chip design.
The XBox 360 and PS3 will have powerful next-gen graphics cards, yes.
But the processors? They suck. Terribly. They don't compare to PC's whatsoever. (...)

So no, these systems are not going to cost thousands of dollars to produce, and they are NOT as huge a leap as they want you to think. The numbers are deceptively high."


Se desejarem, posso explicar algum do jargão técnico... Mas basicamente reduz-se ao facto que as novas consolas não são muito mais poderosas que um pc. A 360, por exemplo, tem uma placa gráfica que já existe há alguns meses no mercado, e um processador algo inferior aos que sairam recentemente. Logo aí, o maior argumento do post é destruído pelas suas fundações.

A Ps3 e a 360 representam em termos qualitativos e técnicos uma evolução idêntica à da geração anterior. A diferença é que, quem escreveu o post, se esqueceu que a lei informática que rege o mercado tecnológico não é linear. Logo não se pode comparar a evolução da ps para ps2 em termos iguais das da ps3 para a ps2. O mercado mudou, as exigências mudaram, o objectivo das gigantes é diferente, existe a tentação de invadir o mercado pc, etc. Por em cima da mesa estas comparações sem um grão de sal, é absurdo.

2. O artigo foi escrito na altura em que ainda nem existiam as consolas. Ora, desde então correu muita tinta e muitas das capacidades das consolas foram renegadas em prol da experiência videojogável que ele tanto apoia. Caso ele escrevesse este artigo hoje teria de rever muitos dos seus pontos. Para além disso, cometeu um erro grave, partiu de pressupostos que nem se sabia se iriam concretizar.

3. A revolution não existe. Dizer que algo que não existe é a solução de todos os males do mundo, é o mesmo que a Sony tem vindo a tentar fazer quando anunciou a Ps3. Ninguém gostou da arrogância da Sony, porque havemos de gostar da da Nintendo? Porque ela tem sido muito arrogante: a Nintendo não tem, nem consola, nem jogos, apenas um comando e uns videos. Não era isso que a Sony tinha na última E3? E por muito que me entusiasme o comando, não vou sair a aclamar a Nintendo como a salvadora do mercado, sobretudo quando as das últimas consolas da empresa foram um falhanço completo. O sucesso da Rev, depende única e exclusivamente dos jogos, e da forma como aproveitarem o comando e consola. Não há UMA imagem de um jogo para a Rev... logo não há nenhum motivo para batermos palmas antes do tempo. A rev promete, agora vamos ver se cumpre.

4. A 360 está a ter algum sucesso, e a Ps3 já parece ter o sucesso garantido no japão (pelo menos é o que as sondagens mostram). Lá se vai o grande Boom.

5. A tal falta de inovação nos jogos, a sobreposição de gráficos sobre conteúdos, sempre existiu (desde o tempo da SNES), mas nunca travou por completo a criatividade de alguns autores. E se o blogger, se tivesse dado ao trabalho de esperar pelas notícias dos jogos que se adivinham, veria, com clareza, que há muitos jogos repletos de inovação, que estão para chegar à 360 e Ps3. Isto, e o facto de a falta de inovação apenas parecer preocupar a alguns gamers, leva-me a entender que este argumento também não tem muito significado.

6. Para acabar refutarei a teoria de que o aumento do custo dos jogos condenará a indústria. Os jogos têm, desde a sua génese, aumentado o seu custo, mas também a sua relevância lúdica e cultural, e como tal o seu lucro. Tal como o cinema, já passou por alguns maus momentos, mas parece estar em ascensão constante.

A Hollywood dos jogos, EA, continua a investir cada vez mais no mercado, e como ela, muitas outras empresas. Será que elas não anteviriam um crash? Não seriam elas, com os seus milhares de empresários treinados capazes de prever perdas neste sector? Que eu saiba, alguns prejuízos à parte, e tudo vai de feição a estas empresas, com a massa crítica de jogadores a aumentar todos os anos.

Portanto, sim, os jogos vão aumentar o custo, mas também vão tirar dividendos daí. Não se esqueçam que os jogos caminham para o dominar da sala de estar, e para o fazerem, é preciso que se gaste muito dinheiro, para que os valores de produção sejam merecedores desse estatuto. É um processo evolutivo natural, pelo qual o cinema e Tv também passaram.

A indústria vai continuar a crescer, e a florescer. A criatividade não vai morrer, mesmo que assim o possa parecer. E se, de facto houver um crash, deverá certamente ser por motivos de conjectura económica, algo que me parece muito pouco provável nesta fase.
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Mensagem por Morbus » quinta 09 fev 2006, 19:43

Completamente apoiado, Maedhros :D Eu queria salientar o facto do poderio técnológico das consolas não ser tão forte como isso mas tu disseste isso e muito mais :D .

Mas tenho uns pontos a acrescentar. O facto dos jogos não serem inovadores é uma questão relativa, como é óbvio, e por isso, é difícil de se discutir. Há quem diga que poder sobornar os árbitros em FM é inovador (a mim não me faz diferença poruq eu não jogo), há quem diga que os jogos como Kamatari são inovadores (eu, pura e simplesmente, não gosto do jogo, porque eu quase que não jogo como passa tempo) ou como Eye toy e Guitar Hero (casos semelhantes). Pois eu acho que um F.E.A.R. é inovador, eu acho que um Oblivion é inovador, eu acho que um Underground é inovador e também acho que KOTOR é inovador. São opiniões contruversas (qualquer uma das que disse, quer minhas quer dos outros) mas são-no porque é uma questão subjectiva.

No que toca os preços... :? Bem... É natura que um jogo que se passava em cinco horas, há dez anos atrás, só custasse 3 contos, assim como é natura que um jogo que tem uma longevidade enorme custe agora 15. Os preços, para mim, deveriam ter sempre (alguma coisa) a haver com a longevidade do título. Por exemplo, um Oblivion justifica os 15 contos que vou pagar por ele, mas um Call of Duty 2, já não, pois a sua longevidade é curtíssima se não se jogar na net... O mesmo se diz, também, de Fahrenheit, que o preço é algo exagerado para um jogo que só me ocupou (ainda) 40 horas de jogo. No entanto, este é um caso diferente.

No que toca a comparação com o cinema, acho que, sendo assim, os jogos, daqui a uns anos, depois de terem já aí uns três anos de idade, vão passar a ser grátis, pura e simplesmente, tal como acontece com alguns filmes que passam na televisão. Para isso, no entanto, é preciso que a evolução dos jogos, daqui a uns anos, seja tão ou mais acentuada que a evolução dos filmes actualmente.

Em meu entender, a indústria dos jogos ainda é uma indústria de elites, e se eles querem que uma consola ocupe de facto o centro de uma sala de estar de uma família comum, assim como uma televisão ocupa agora a de muitas famílias, então os preços não podem, de maneira nenhuma, ser exagerados, em comparação com a qualidade dos títulos (já para não falar do preço da consola, mas esse é perfeitamente aceitável).
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Mensagem por Death Crow » quinta 09 fev 2006, 19:56

Morbus Escreveu: No que toca a comparação com o cinema, acho que, sendo assim, os jogos, daqui a uns anos, depois de terem já aí uns três anos de idade, vão passar a ser grátis, pura e simplesmente, tal como acontece com alguns filmes que passam na televisão. Para isso, no entanto, é preciso que a evolução dos jogos, daqui a uns anos, seja tão ou mais acentuada que a evolução dos filmes actualmente.
Explica lá esse paragrafo... =; :shock: :o :-s \:D/
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Mensagem por Morbus » quinta 09 fev 2006, 20:01

Death Crow Escreveu:
Morbus Escreveu:No que toca a comparação com o cinema, acho que, sendo assim, os jogos, daqui a uns anos, depois de terem já aí uns três anos de idade, vão passar a ser grátis, pura e simplesmente, tal como acontece com alguns filmes que passam na televisão. Para isso, no entanto, é preciso que a evolução dos jogos, daqui a uns anos, seja tão ou mais acentuada que a evolução dos filmes actualmente.
Explica lá esse paragrafo... =; :shock: :o :-s \:D/
Se os filmes agora, passado algum tempo de passarem no grande ecrã, passam também no pequeno, completamente gratuitos, daqui a uns anos, suponho que os jogos também se tornem gratuitos ao fim de algum tempo, ou mesmo que iniciativas como TrackMania Nations (um jogo muita fixe totalmente gratuito) comecem a proliferar. Por outro lado, para que isto aconteça, é necessário que os jogos tenha uma evolução tão grande como a do cinema, para que os títulos, com o passar dos anos, se tornem progressivamente mais baratos (quero dizer, muito mais rápido do que acontece agora) e que, eventualmente, se tornem gratuitos (mais rápido que o que acontece agora).

Acho que me fiz entender. Não sei é se esta opinião tem razão de ser. Digam de vossa justiça.
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Mensagem por Maedhros » quinta 09 fev 2006, 20:09

Morbus Escreveu:Completamente apoiado, Maedhros :D Eu queria salientar o facto do poderio técnológico das consolas não ser tão forte como isso mas tu disseste isso e muito mais :D .

Mas tenho uns pontos a acrescentar. O facto dos jogos não serem inovadores é uma questão relativa, como é óbvio, e por isso, é difícil de se discutir. Há quem diga que poder sobornar os árbitros em FM é inovador (a mim não me faz diferença poruq eu não jogo), há quem diga que os jogos como Kamatari são inovadores (eu, pura e simplesmente, não gosto do jogo, porque eu quase que não jogo como passa tempo) ou como Eye toy e Guitar Hero (casos semelhantes). Pois eu acho que um F.E.A.R. é inovador, eu acho que um Oblivion é inovador, eu acho que um Underground é inovador e também acho que KOTOR é inovador. São opiniões contruversas (qualquer uma das que disse, quer minhas quer dos outros) mas são-no porque é uma questão subjectiva.

No que toca os preços... :? Bem... É natura que um jogo que se passava em cinco horas, há dez anos atrás, só custasse 3 contos, assim como é natura que um jogo que tem uma longevidade enorme custe agora 15. Os preços, para mim, deveriam ter sempre (alguma coisa) a haver com a longevidade do título. Por exemplo, um Oblivion justifica os 15 contos que vou pagar por ele, mas um Call of Duty 2, já não, pois a sua longevidade é curtíssima se não se jogar na net... O mesmo se diz, também, de Fahrenheit, que o preço é algo exagerado para um jogo que só me ocupou (ainda) 40 horas de jogo. No entanto, este é um caso diferente.

No que toca a comparação com o cinema, acho que, sendo assim, os jogos, daqui a uns anos, depois de terem já aí uns três anos de idade, vão passar a ser grátis, pura e simplesmente, tal como acontece com alguns filmes que passam na televisão. Para isso, no entanto, é preciso que a evolução dos jogos, daqui a uns anos, seja tão ou mais acentuada que a evolução dos filmes actualmente.

Em meu entender, a indústria dos jogos ainda é uma indústria de elites, e se eles querem que uma consola ocupe de facto o centro de uma sala de estar de uma família comum, assim como uma televisão ocupa agora a de muitas famílias, então os preços não podem, de maneira nenhuma, ser exagerados, em comparação com a qualidade dos títulos (já para não falar do preço da consola, mas esse é perfeitamente aceitável).
Lamento contradizer-te Morbus, mas a verdade é que detesto a noção de "mais longevidade = maior preço". É uma noção que foi claramente imprimida pelas empresas de jogos, na nossa comunidade, para que estívessemos prontos a engolir qualquer preço que nos enfiassem na boca.

Morbus, o Apocalypse Now Redux é um filme de 4 horas, no entando o DVD é mais barato que o de qualquer titulo que saia agora, demorando hora e meia. Os teus ídolos, os Metallica, tiveram durante muito tempo, o S&M à venda por pouco mais dinheiro que, por exemplo o ReLoad. O S&M tinha duas vezes mais tempo em música. Vês onde quero chegar?

Bottom Line: Só nos jogos existe esse dogma ridículo de quantidade sobre qualidade. O motivo pelo qual existe, é para que te sintas menos mal quando despejares 70€ quando compras um jogo. É reconfortante a ideia de que "foi dinheiro bem empregue", quando na verdade acabaste de deitar ao lixo mais de 40€, só porque tens acesso a mais de 40 horas de jogabilidade repetitiva em que nada (ou quase nada) muda.

A questão é que os jogos estão sobrevalorizados, e este paradigma serve para manter o preço sem ninguém se preocupar muito. O Fahrenheit demorou-te 6 horas a passar, e no entanto já gastaste mais de 40 horas nele. Isso sim, tem significado. É a prova de que, como qualquer bom filme ou album, a experiência foi curta mas sempre agradável. Tanto, que te fez voltar a jogar. No entanto, a maior crítica que vi dirigida ao jogo, é a longevidade. Mas se o jogo é tão bom, por quê ir por aí? Alguém criticou o album dos System por demorar meia hora? Não, porque é uma meia hora muito superior a muito que se faz por aí.

Pensem bem. Preferem jogar um jogo que é sempre cativante, e cuja jogabilidade vos espanta constantemente (levando mesmo à repetição da experiência), ou um eterno repetir da mesma rotina, só para justificar um preço absurdo? Não se esqueçam dos jogos do ano: FEAR, Call of Duty 2, God of war, Fahrenhreit, Resident Evil 4 etc. Nenhum demora mais de 8 horas a terminar. Porque será?

Não quer dizer, que não haja jogos cuja longevidade se justifique, mas na grande maioria dos casos é uma longevidade falsa, e que não merece apreço na nota de uma crítica, pois dá tanto trabalho criar um sistema de combate para um rpg de 90 horas como um de 30. Só muda a quantidade de inimigos de um tipo que matas. O mais importante num jogo é a qualidade, não a longevidade. Porque quando uma obra é mesmo boa, revivêmo-la vezes e vezes sem conta, na nossa memória e consola/pc. Porque havemos de perder mais tempo (muito do qual, só quereremos esquecer), e pagar mais dinheiro por isso? É algo que me escapa...

P.S. O Progress Quest é uma piada. E tem um motivo de ser. Talvez devessemos todos ponderar sobre o seu significado.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine

A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
A jogar: "Xenosaga Episode III - Also Sprach Zarathustra", "Dead Rising"
A ler: "Death is a Lonely Business" de Ray Bradbury
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Mensagem por Morbus » quinta 09 fev 2006, 20:21

Eu pondero e estou constantemente a jogar :D além disso, pouca-se bastante tempo :wink:

Quanto à longevidade... Oh pá, não sei explicar. Sei que prefiro muito mais um Baldur's Gate 2 que dura dura dura e é excelente do que um Call of Duty 2 (infelizmente só joguei dois minutos :cry: ) que se passa em 8 horas e prontos...
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
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Mensagem por Maedhros » quinta 09 fev 2006, 21:19

Morbus Escreveu:
Death Crow Escreveu:
Morbus Escreveu:No que toca a comparação com o cinema, acho que, sendo assim, os jogos, daqui a uns anos, depois de terem já aí uns três anos de idade, vão passar a ser grátis, pura e simplesmente, tal como acontece com alguns filmes que passam na televisão. Para isso, no entanto, é preciso que a evolução dos jogos, daqui a uns anos, seja tão ou mais acentuada que a evolução dos filmes actualmente.
Explica lá esse paragrafo... =; :shock: :o :-s \:D/
Se os filmes agora, passado algum tempo de passarem no grande ecrã, passam também no pequeno, completamente gratuitos, daqui a uns anos, suponho que os jogos também se tornem gratuitos ao fim de algum tempo, ou mesmo que iniciativas como TrackMania Nations (um jogo muita fixe totalmente gratuito) comecem a proliferar. Por outro lado, para que isto aconteça, é necessário que os jogos tenha uma evolução tão grande como a do cinema, para que os títulos, com o passar dos anos, se tornem progressivamente mais baratos (quero dizer, muito mais rápido do que acontece agora) e que, eventualmente, se tornem gratuitos (mais rápido que o que acontece agora).

Acho que me fiz entender. Não sei é se esta opinião tem razão de ser. Digam de vossa justiça.
Não é isso que acontece, por exemplo, com os jogos "oferecidos" pela Mega score???? Já existem jogos grátis, pena é que não são os melhores. Mas com o tempo, isso muda.
Para além disso, nada é grátis. A Tv é paga por ti, ou ao seres bombardeado por anúncios que te moldam o espírito consumista, ou ao pagar a conta da Tv Cabo.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine

A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
A jogar: "Xenosaga Episode III - Also Sprach Zarathustra", "Dead Rising"
A ler: "Death is a Lonely Business" de Ray Bradbury
A ouvir: Dream Theater - Score
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