Estado da Arte
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- Morbus
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Falaste. Não tenho nada a levantar contra a tua opinião, e acho-a completamente coerente. Certo que não tenho a mesma, e certo que também não te aconselho a ancorares nessa opinião atacar todas as outras (eu também não faço isso), mas o que tu disseste é coerente.Loki Escreveu:Ya, tens razão n tinha lido o topico todo. Mas agora q ja li mantenho o q disse antes e desenvolvo a questão q ele levanta. Axo q o Fahrenheit é apenas outro jogo, e q assim como os filmes(q na minha opinião e pelas mesmas razões q referi pros jogos, tb n deviam ser considerados uma forma d arte) tb tem um objectivo puramente comercial.
N me interpretem mal, eu adoro jogos e filmes, apenas considero q têm uma natureza diferente da arte e n percebo pq é q algumas pessoas fazem tanta questão em q estes sejam vistos como tal. Axo q n precisam nada disso e q têm o mesmo valor, totalmente merecido, assim.
Agora, se calhar se eu levantar outros pontos, aí já podem surgir outras questões, mas isso penso que já foi levantado e discutido, e, no final, é tudo uma questão de opiniões: eu, pessoalmente, considero os jogos arte, e sei perfeitamente que a grandessíssima maior parte não merece ser considerada assim, e eu também não a considero, mas o meio em si, e o potencial que dá (independentemente de só haver camelos a mandar em quem faz os jogos), acho que sim, é arte, ou pode ser. Same goes for movies, same goes for books, same goes for music, same goes for painting, photography, dance, theater, architecture, sculpture, design, literature and concepting.
MwahahahahahWarhead Escreveu:@Morbus
Whatever!
Na boa, quis dar um exemplo de arte e foi a primeira coisa que me apareceu a cabeça.
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris
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Warhead Escreveu: nunopequeno
Obra de Mario Cesariny
Ja que esse puto é tão bom, pede lhe para pintar me isto, mas usando a técnica do "Cadáver Esquisito". E ja agora, pede-lhe a ele também para me explicar, um quadro, todo preto, sim, mas uma explicação abstracta, não lógica e sem referir factos sobre o quadro.
nunopequeno ha??
Pois bela forma de começar uma resposta. La por que a minha opiniao nao esta de acordo com a tua n e caxo para tal. Curti especialmente a parte do puto. Para tua informaçao ate sou + velho k tu mas ixo n interessa nada pk n e a idade k nos da capacidade de entendimento ok? E pelo k vi ainda tens mt k aprender.
Tb axei interessante o facto de n teres lido td ate ao fim. Aprende uma coisa cmg: kando se pretende a seria, claro, por em causa uma teoria ou uma opiniao primeiro le-se td ate ao fim, dps tenta.s perceber o ponto de vista e so no fim s argumenta. Falhas.t logo no inicio por ixo lamento dixer k a tua opiniao para mim n e valida. Sorry
Última edição por nunogrande em terça 03 abr 2007, 10:10, editado 1 vez no total.
- PeddieKitsune
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Hoje em dia até os biólogos, médicos e outras coisas + da treta não sabem escrever normalmente, o que já vai sendo uma pena, pois farto de pitaguês acho que estamos todos.
Gostos são gostos e estes não se discutem!
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- Death Crow
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Um pouco off-topic: quando vejos cachopos e cachopas de 11 anos a escrever assim pergunto-me onde vai isto pararNewtomic Escreveu:Hoje em dia até os biólogos, médicos e outras coisas + da treta não sabem escrever normalmente, o que já vai sendo uma pena, pois farto de pitaguês acho que estamos todos.
- Player-Zero
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Mais um pouco de offtopic: Num dia em que vi uma placa na igreja fiquei realmente assutado, pois aquilo parecia as origens do pitaguês!!!Death Crow Escreveu:Um pouco off-topic: quando vejos cachopos e cachopas de 11 anos a escrever assim pergunto-me onde vai isto pararNewtomic Escreveu:Hoje em dia até os biólogos, médicos e outras coisas + da treta não sabem escrever normalmente, o que já vai sendo uma pena, pois farto de pitaguês acho que estamos todos.
Só não usavam o "x" e não era uma mensagem tão estúpida como de costume mas olhem que aquilo parecia a origem do pitaguês......
- PeddieKitsune
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acho que isso e tao ao lado que nem merece grande resposta mas mesmo assim eu vou-me dignar a responder-te. Gostava de te ver a ti numa aula de bioquimica (por exemplo) a tirares apontamentos utilizando portugues correcto havia de ser giro, quando chegasses ao fim da aula nem 1/3 do que os proffs disseram tu tinhas apanhado, mas tudo bem...Newtomic Escreveu:Hoje em dia até os biólogos, médicos e outras coisas + da treta não sabem escrever normalmente, o que já vai sendo uma pena, pois farto de pitaguês acho que estamos todos.
Alem disso como biólogo garanto-te que damos muita atençao ao que escrevemos pois para denominar especies é preciso ser rigoroso. Acontece que, num meio nao cientifico, ha tendencia para encortar as palavras por uma questao de espaco e nao so.
Mas sinceramente o que eu acho é que estas a arranjar desculpas para denegrires o meu comentario ao qual te limitaste a dizer que nao concordavas sem dar explicaçao para tal porque nao o es capaz de fazer e como tal e mais facil atacares o meu portugues que ate nem e assim tao mau.
- PeddieKitsune
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Vou meter aqui um post que coloquei noutro fórum que resume a minha posição acerca da reflexão da arte.
Para mim não existe isso de "pintura é arte" ou "cinema não é arte". Há objectos do domínio da pintura que não são arte e há objectos cinematográficos que são de facto arte. Ou seja, para mim a área não define à partida o carácter artístico do objecto onde se insere.
Para mim, o que define a "artisticidade" de um objecto é a intenção do criador em que o objecto seja de facto um objecto artístico. Esta visão deve muito ao trabalho dos dadaístas e a Marcel Duchamp em particular, ao definir um urinol como sendo um objecto que define uma ideologia (esta função é muito importante para compreender a arte moderna) e que devia figurar num museu, porque era esse o destino que o artista tinha previsto para aquele objecto. No período em que vivemos, é basicamente isto que distingue um objecto artístico de um que não o é, a meu ver. A intenção dada à criação de um objecto é assim fundamental para o definir, e para um objecto ser arte tem que haver a intenção do objecto ser de facto artístico. E para clarificar as coisas, a meu ver o observador não pode definir um objecto criado por outro como sendo artístico ou não; como disse isso depende da intenção do criador do objecto. Cabe ao observador apenas o papel de interpretar, segundo a sua visão, o objecto que outro criou.
É claro que nesta altura surgem dúvidas às quais não se pode escapar: Como definir a intenção artística? Essa intenção do objecto ser arte é composta por o quê? Mais: Existe algum conjunto de parâmetros, regras, leis, que validem ou não a intenção do artista? Se sim, quais são?
Na época em que vivemos, o objecto artístico é a expressão plástica (não confundir com física) de ideais, opiniões, intenções e/ou conceitos partilhados ou não pelo artista. Ou seja, um objecto artístico não se esgota na sua dimensão espácio-temporal, penetrando na esfera abstracta do pensamento através do domínio do observável (a sua própria existência). De outra forma: o objecto artístico não é só o que ele é, mas também tudo aquilo que o levou a ser o que é. É a sua dimensão física e simultaneamente a sua dimensão simbólica que define um objecto como artístico.
Assim, como averiguar se um objecto é artístico ou não? Isso apenas é possível fazer sabendo se o criador fez o objecto para exprimir algo ou não. Se o artista criou o objecto segundo um conjunto de ideias que quis exprimir na criação desse objecto, então sim, é um objecto artístico. Mas pelo contrário, se o criador reclamar a artisticidade do objecto que criou sem o ter criado segundo uma ideia sequer, o objecto não será artístico. Atenção: não interessa realmente conhecer as razões da criação do objecto artístico; aliás, isso poria inclusivamente em risco o papel interpretativo do observador. Interessa sim saber se o criador fabricou o objecto com algum conceito em mente, é apenas isso que interessa para definir o carácter artístico do objecto.
Este é, aliás, o único argumento que suporta o facto d'A Fonte (o urinol mencionado antes) de Duchamp ser considerado arte: o artista criou um objecto artístico apenas adicionando um conceito (no caso o ideal dadaísta) a um objecto que por acaso até já existia. Se quisermos criar algo de mais rápida assimilação:
Arte = Conceito + Objecto (fabricado ou pré-existente)
(É claro, pode colocar-se a hipótese do criador mentir nas suas argumentações ou outras que nos impeçam de saber se o objecto é de facto arte ou não; mas é também irrelevante se se conhece o teor artístico do objecto ou, pelo contrário, se se acredita que o objecto é arte quando não o é. O fundamental é que nenhum estratagema mudará o facto de que o objecto é arte ou não, não importa se realmente conhecemos o estatuto do objecto.)
-----
Dito isto, e como não conheço de facto as intenções dos produtores de um Ico ou de um Katamari Damacy, não posso fazer dissertações acerca de como aprecio artisticamente os jogos. Só o poderei fazer, de acordo com o texto acima que representa a minha opinião, se por acaso algum produtor fizer um jogo e o justificar da forma que descrevo. Como não conheço nenhuma intenção expressa por nenhum produtor, não considero nenhum videojogo que joguei arte.
Para mim não existe isso de "pintura é arte" ou "cinema não é arte". Há objectos do domínio da pintura que não são arte e há objectos cinematográficos que são de facto arte. Ou seja, para mim a área não define à partida o carácter artístico do objecto onde se insere.
Para mim, o que define a "artisticidade" de um objecto é a intenção do criador em que o objecto seja de facto um objecto artístico. Esta visão deve muito ao trabalho dos dadaístas e a Marcel Duchamp em particular, ao definir um urinol como sendo um objecto que define uma ideologia (esta função é muito importante para compreender a arte moderna) e que devia figurar num museu, porque era esse o destino que o artista tinha previsto para aquele objecto. No período em que vivemos, é basicamente isto que distingue um objecto artístico de um que não o é, a meu ver. A intenção dada à criação de um objecto é assim fundamental para o definir, e para um objecto ser arte tem que haver a intenção do objecto ser de facto artístico. E para clarificar as coisas, a meu ver o observador não pode definir um objecto criado por outro como sendo artístico ou não; como disse isso depende da intenção do criador do objecto. Cabe ao observador apenas o papel de interpretar, segundo a sua visão, o objecto que outro criou.
É claro que nesta altura surgem dúvidas às quais não se pode escapar: Como definir a intenção artística? Essa intenção do objecto ser arte é composta por o quê? Mais: Existe algum conjunto de parâmetros, regras, leis, que validem ou não a intenção do artista? Se sim, quais são?
Na época em que vivemos, o objecto artístico é a expressão plástica (não confundir com física) de ideais, opiniões, intenções e/ou conceitos partilhados ou não pelo artista. Ou seja, um objecto artístico não se esgota na sua dimensão espácio-temporal, penetrando na esfera abstracta do pensamento através do domínio do observável (a sua própria existência). De outra forma: o objecto artístico não é só o que ele é, mas também tudo aquilo que o levou a ser o que é. É a sua dimensão física e simultaneamente a sua dimensão simbólica que define um objecto como artístico.
Assim, como averiguar se um objecto é artístico ou não? Isso apenas é possível fazer sabendo se o criador fez o objecto para exprimir algo ou não. Se o artista criou o objecto segundo um conjunto de ideias que quis exprimir na criação desse objecto, então sim, é um objecto artístico. Mas pelo contrário, se o criador reclamar a artisticidade do objecto que criou sem o ter criado segundo uma ideia sequer, o objecto não será artístico. Atenção: não interessa realmente conhecer as razões da criação do objecto artístico; aliás, isso poria inclusivamente em risco o papel interpretativo do observador. Interessa sim saber se o criador fabricou o objecto com algum conceito em mente, é apenas isso que interessa para definir o carácter artístico do objecto.
Este é, aliás, o único argumento que suporta o facto d'A Fonte (o urinol mencionado antes) de Duchamp ser considerado arte: o artista criou um objecto artístico apenas adicionando um conceito (no caso o ideal dadaísta) a um objecto que por acaso até já existia. Se quisermos criar algo de mais rápida assimilação:
Arte = Conceito + Objecto (fabricado ou pré-existente)
(É claro, pode colocar-se a hipótese do criador mentir nas suas argumentações ou outras que nos impeçam de saber se o objecto é de facto arte ou não; mas é também irrelevante se se conhece o teor artístico do objecto ou, pelo contrário, se se acredita que o objecto é arte quando não o é. O fundamental é que nenhum estratagema mudará o facto de que o objecto é arte ou não, não importa se realmente conhecemos o estatuto do objecto.)
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Dito isto, e como não conheço de facto as intenções dos produtores de um Ico ou de um Katamari Damacy, não posso fazer dissertações acerca de como aprecio artisticamente os jogos. Só o poderei fazer, de acordo com o texto acima que representa a minha opinião, se por acaso algum produtor fizer um jogo e o justificar da forma que descrevo. Como não conheço nenhuma intenção expressa por nenhum produtor, não considero nenhum videojogo que joguei arte.
- ZéPróVinho
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Excelente post.
Pessoalmente o que aprecio como arte nos videojogos ... é literalmente o seu aspecto artistico o estilo dos desenhos das personagens ...etc mais frequentes nos jogos japoneses ex Okami.. e num que estou a jogar Dragon Quest 8.
Se considerar a arte como simpesmente uma linguagem ou um meio de transmissão de ideias e conceitos ( de jeito diga-se passagem) ... ou simplesmente como uma forma de expressão ... considero arte jogos como Metal Gear ...Fianl Fantasy etc.. isto em mais comparação com a "arte" do cinema ... etc.
Pessoalmente o que aprecio como arte nos videojogos ... é literalmente o seu aspecto artistico o estilo dos desenhos das personagens ...etc mais frequentes nos jogos japoneses ex Okami.. e num que estou a jogar Dragon Quest 8.
Se considerar a arte como simpesmente uma linguagem ou um meio de transmissão de ideias e conceitos ( de jeito diga-se passagem) ... ou simplesmente como uma forma de expressão ... considero arte jogos como Metal Gear ...Fianl Fantasy etc.. isto em mais comparação com a "arte" do cinema ... etc.
- PeddieKitsune
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- Registado: domingo 31 ago 2003, 10:26
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Pois mas isso é usar o conceito de arte de uma forma demasiado lata. Eu refiro-me à arte mesmo "académica", objectos que estão nos museus, etc.ZéPróVinho Escreveu:Excelente post.
Pessoalmente o que aprecio como arte nos videojogos ... é literalmente o seu aspecto artistico o estilo dos desenhos das personagens ...etc mais frequentes nos jogos japoneses ex Okami.. e num que estou a jogar Dragon Quest 8.
- FuSiOnShArK
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Não acho que seja demasiado lata. Acho que já vai sendo tempo de se elevar a estatuto de 'arte' certas obras que podem muito bem andar na mão do comum dos mortais, quer seja música, filmes, livros ou, claro está, videojogos.PeddieKitsune Escreveu:Pois mas isso é usar o conceito de arte de uma forma demasiado lata.