Apostar 100% num lado cria um jogo perfeito ? Bem, mais que não seja por ter apenas um lado isso torna imediatamente o jogo longe da perfeição. Se apostas só numa boa história e jogabilidade ou só nos gráficos o mais provável é obteres um jogo feio ou oco, e nada disso atrái os compradores.Morbus Escreveu:Eu acho que não por duas razões. Primeiro porque teríamos 50% dos recursos em cada lado, ficando com 50% de qualidade de cada lado, quando podia ficar com 100% de qualidade só de um lado, fazendo um jogo teoricamente perfeito (que depois tem as atenuantes conforme a capacidade das equipas). A segunda razão é uma razão que vai ao game design. Em muitos muitos casos (por exemplo, no combate por turnos vs tempo real) é IMPOSSIVEL fazer uma junção apropriada entre os dois extremos, tirando o melhor dos dois. Há muitos casos em que também o é, e o melhor a fazer é apostar no que de melhor se sabe fazer, seja ele coisas originais seja ele coisas clássicas.MadnessJonny Escreveu:Nada disso. Apostar com forças repartidas em duas frentes não é tornar o jogo num jogo mediano, muito pelo contrário, é juntar o melhor de dois mundos.
Toma por exemplo o exemplo do GTA San Andreas. É um jogo muito bom, se começares a analisar as coisas "peça" a "peça" vês que não tem nem gráficos de sonho, muitas vezes os controlos podiam ser melhores e a história tem uns quantos deja vus à mistura. No entanto, isto tudo junto resulta num jogo muito bom.
Imagina agora, que a equipa decidia retirar toda a liberdade do jogo apostanto então nos gráficos. O resultado era um jogo com gráficos muito bonitos mas apoiado nos gráficos tinhamos um jogo como muitos outros (uma vez que a história não se destacaria, sejamos realistas, ela não é nada de mais).
Então agora pensa no inverso, que extendiam a liberdade do jogo mas com gráficos à lá sega saturn. Tinhamos agora um jogo onde podiamos fazer praticamente tudo, mas quase que chegava a ser uma autêntica tortura para os olhos em pleno ano de 2006.
Achas que eles no GTA SA apostaram apenas numa vertente ? Podesse dizer que apostaram especialmente na vertente de liberdade, mas de maneira nenhuma deixaram para trás as restantes, a proporção pode não ter sido propriamente igual para todas as vertentes, mas foi equiparável.
Mas não te esqueças que um jogo é construído por uma equipa muito grande. Se existem certos elementos que são bons a fazer X de certeza que haverás outros que se safam bem em Y, e se assim não for estamos perante uma equipa muito pobre na minha opinião.Morbus Escreveu:A questão aqui é querer lutar em duas frentes. Oblivion, como sussessor de morrowind, quiz lutar também na frente da acção. Resultado: desiludiu os adeptos da acção (que há jogos MUITO melhores que Oblivion nesse aspecto), e desiludiu os adeptos de RPG (que há jogos MUITO melhores que Oblivion nesse aspecto). Pelo meio ficaram os adeptos ferenhos da saga e aqueles que só queriam aquilo em Oblivion é mesmo bom: a enormidade do mapa e do jogo. Fallout Pile of Shit (aka Brotherhood of Steel) também foi a mesma coisa. Quis agradar ao crappy console players num jogo de acção e deu-se mal. Desiludiu a todos e foi o que se viu. O mesmo acontece com Baldur's Gate para consolas. A questão aqui é: se se é bom a fazer uma coisa, porque é que se há-de estar a fazer outra e deixar a coisa boa para trás? E se se não se é bom a fazer as coisas, para quê estar a passar para o próximo nível se não se completou o corrente?MadnessJonny Escreveu:Cito este jogo porque assim sabemos os dois do que estamos a falar mas posso citar outros exemplos/cituações. Um jogador de futebol que saiba cabecear mas que seja um autêntico nabo no remate com o pé, achas que terá alguma hipotese num clube a sério ? Se tu souberes desenhar muito bem corpos, mas chegares à parte em que desenhas a cabeça e não consegues fazer nada sequer parecido, o teu desenho fica bom ? Por outro lado se souberes desenhar ambas as coisas com um nível apreciável, não optimo, o desenho acaba por ficar muito melhor (isto claro, se não desenhares pessoas decapitadas, mas vamos supor que desenhas pessoas inteiras ).
Mesmo assim, não quer dizer que as pessoas "não tenham mais nada para fazer" Isso dito assim soa muito mal MorbusMorbus Escreveu:A sério? Então diz-me: aquilo tem história? Aquilo tem role-play? Se sim, então prontos, se não, não passa de divertimento, e isso não é preconceito.MadnessJonny Escreveu:Ai já estamos a cair na tentação do preconceitoMorbus Escreveu:Sim, é muito mais original, mas não passa de um jogo para quem não tem mais nada que fazer...
Respeito a tua opiniãoMorbus Escreveu:A questão aqui, e eu fiz questão de referir isso, é que várias ideologias defendem isso. Basicamente não podemos/devemos andar ao sabor da maré e estar no meio, num nim... Ou é boi ou é vaca, não há meio termo, e se houve dá para o torto. E neste caso IMO é a mesma coisa.MadnessJonny Escreveu:O facto de a bíblia dizer isto ou aquilo é-me pouco relevante, e por motivos óbvios. O mundo não é a preto e branco, as coisas não são tão lineares de modo a serem todas respondidas com "sim" ou "não", isso é uma ilusão da bíblia e da religião católica em geral. É uma forma muito bonita de falar, mas na vida prática não creio que esse ideologia possa ser aplicada como a bíblia faz crer.
Sim, de qualquer forma gosto sempre de fazer um "filtro" e não engolir tudo "gratuitamente", aprender sim é fundamental, mas mais importante é saber o que aprenderMorbus Escreveu:O budismo é uma filosofia, e como em todas as filosofias/mitologias, devemos saber aprender com elas...MadnessJonny Escreveu:Pois, mas de religiões prefiro não falar.
Perfeitamente de acordo.Morbus Escreveu:"A verdade absoluta é uma só" é uma lei universal, imutável. Quem não concorda com ela não entende a extensão completa do que é de facto a verdade absoluta (algo abstracto, obviamente).MadnessJonny Escreveu:De qualquer forma costumo dizer: "Não existem leis universais"
ps- O Player-Zero focou um ponto importante. Eu no entanto creio que a verdade absoluta pode ser uma só, agora depende é do que cada um julga que pode ser a verdade. Já agora, não se pode aplicar o conceito verdade ou mentira a algo subjectivo.