Entrevistas Forum Megascore
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- Morbus
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Não não, a entervista já foi enviada há bastante tempo. O problema é que o nelson não tem tido muito tempo
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris
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Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
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Essa foi porca. [-XGolden Echo Escreveu:o que é que foi agora...Cyrax Escreveu:Lol!Golden Echo Escreveu:- O que acha da sony ter claramente copiado a principal caracteristica do controlador da nintendo?
O rapaz até está a ser simpático e leva uma resposta destas... a partir daqui, viu-se quem tinha razão dessa vossa discussão inutil.
" Dêm-me um ponto de apoio e moverei o mundo" Arquimedes
- Newtomic
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É pá mas será k ninguem compreendeu k o Cyrax não se estava a RIR do Golden Echo, mas sim do assunto, tipo "Sony ROUBOU a ideia da Nintendo" será k só eu é k compreendi isso ASSIM?!!! Será?!!!Genetix Escreveu:Essa foi porca. [-XGolden Echo Escreveu:o que é que foi agora...Cyrax Escreveu:Lol!Golden Echo Escreveu:- O que acha da sony ter claramente copiado a principal caracteristica do controlador da nintendo?
O rapaz até está a ser simpático e leva uma resposta destas... a partir daqui, viu-se quem tinha razão dessa vossa discussão inutil.
É k eu quando penso no NCalvin a responder a essa pergunta tb só me dá vontade de rir...
Gostos são gostos e estes não se discutem!
Mega Score “Rules” ... but ... RGB “Sucks”
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- PanicFreak
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Eu também percebi isso.Newtomic Escreveu:É pá mas será k ninguem compreendeu k o Cyrax não se estava a RIR do Golden Echo, mas sim do assunto, tipo "Sony ROUBOU a ideia da Nintendo" será k só eu é k compreendi isso ASSIM?!!! Será?!!!Genetix Escreveu:Essa foi porca. [-XGolden Echo Escreveu:o que é que foi agora...Cyrax Escreveu:Lol!Golden Echo Escreveu:- O que acha da sony ter claramente copiado a principal caracteristica do controlador da nintendo?
O rapaz até está a ser simpático e leva uma resposta destas... a partir daqui, viu-se quem tinha razão dessa vossa discussão inutil.
É k eu quando penso no NCalvin a responder a essa pergunta tb só me dá vontade de rir...
Se os dois já puseram água na fervura, não vamos incendiar mais os ânimos ok?
Peace
- Newtomic
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A minha intenção não foi essa, bem plo contrário...
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- Cyrax
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Pah, achei piada à pergunta, não vejo qual é a paranoia com este assunto, e ja nem vou dar-me à maçada de responder à estas situações, pois quem fica com a "imagem" suja sou eu...Newtomic Escreveu:É pá mas será k ninguem compreendeu k o Cyrax não se estava a RIR do Golden Echo, mas sim do assunto, tipo "Sony ROUBOU a ideia da Nintendo" será k só eu é k compreendi isso ASSIM?!!! Será?!!!
É k eu quando penso no NCalvin a responder a essa pergunta tb só me dá vontade de rir...
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- Newtomic
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Por mim já acabou, mas caso não te tenhas apercebido eu "mexi" no assunto por tua causa...Genetix Escreveu:End of subject. Acabem com o off-topic...
Quanto mais mexerem no assunto pior.
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- Golden Echo
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Pá, se fosse qulauqer user sem ser o cyrax, eu teinha-me apercebido que era apenas por a pergunta ter a sua graça. Agora o Cyrax, que é um gajo que estamos sempre á Bulha, é obvio ele estava-se é a rir de mim. Era a mesma coisa que eu chegar agora aqui e dixer" O Cyrax é parvo" e depois vinha cá o dito Décio e dizia " O quê tás-me a chamar parvo" e eu depois inventava uma desculpa semelhante á dele "Não, eu estava a falar da personagem do jogo MK, não de ti", Bom, eu n quero saber...
Bom, aqui vão duas perguntas simples mas interessantes (penso eu de que):
- Qual o jogo da sua vida? Porquê?
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- Qual a sua maior desilusão? Porquê?
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Bom, aqui vão duas perguntas simples mas interessantes (penso eu de que):
- Qual o jogo da sua vida? Porquê?
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peço desculpa por não ter respondido ainda.Morbus Escreveu:Não não, a entervista já foi enviada há bastante tempo. O problema é que o nelson não tem tido muito tempo :cry:
estou super atarefado com o fecho de edição. A E3 deixa ainda menos margem de manobra que o habitual (aliás, como se pode ver pela falta de actualização do meu blog).
esta semana já devo ter tempo para responder.
Obrigado pelo interesse :-)
- Golden Echo
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- pedropaulo
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- Morbus
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Ora aqui vai a entervista que fiz ao Sr. Nelson Calvinho, actual director e jornalista da Revista Mega Score:
Em que medida o jornalismo de videojogos e, nomeadamente, a imprensa, ajuda a difusão dos jogos como um media aceite, numa sociedade como a nossa?
O jornalismo pode ajudar os videojogos a tornarem-se um medium aceite em primeiro lugar pela sua função informativa e divulgadora, e em segundo lugar porque tem um papel a desempenhar no sentido de explicar, interpretar e criticar os videojogos enquanto meio de significância cultural, económica, sociológica, psicológica e artística. O jornalismo deve também interpelar e confrontar todos os envolvidos, sejam os criadores, os jogadores, os homens que gerem o negócio dos videojogos ou os políticos.
Através do jornalismo o grande público deve não só conhecer a sua existência e a sua actualidade, mas compreender o fenómeno e munir-se de informação e de ferramentas que lhe permita reflectir e perceber.
Esta nova geração de consolas, que traz a Alta Definição, um alargar das potencialidades on-line e de modding, um controlo revolucionário, etc., pode ser o salto decisivo na consagração dos jogos em termos sociais ou será apenas mais um pequeno passo?
Todos esses exemplos são aspectos meramente tecnológicos, sem qualquer importância em termos de legitimação dos jogos em termos sociais, culturais ou artísticos. A música, o cinema, a pintura, a literatura, a televisão ou qualquer outro meio cultural ou artisticamente relevantes não foram legitimados porque se inventou um novo acorde, a cor no ecrã, um pincel novo, uma nova forma de encadernar ou a transmissão por cabo. Cada meio tem de encontrar em si mesmo aquilo que é único e tentar perceber de que forma isso pode ser importante na vida das pessoas. Os jogos só podem ser “consagrados” quando realmente provocarem um impacto na vida das pessoas – de todas as pessoas, seja de que idade, sexo, estrato social ou cultura forem – de uma forma que os outros media não conseguem. Isso ainda não acontece.
Será que se justifica a criação de um canal inteiramente dedicado aos videojogos, em Portugal? Será que este media tem importância suficiente (no nosso país) para “pedir” um canal dedicado, ou, pelo contrário, será que um canal dedicado seria responsável pelo aumento da importância dos jogos?
A existência de um programa ou canal de televisão em Portugal dedicado aos videojogos nada tem a ver com a sua “importância” ou com o desejo dos jogadores portugueses, mas com a forma de funcionamento dos canais portugueses no que diz respeito à rentabilização de um projecto dessa natureza. A culpa também passa pelos principais interessados, as editoras e distribuidoras nacionais, que pouco fazem para promover os jogos em Portugal. A preocupação delas é simplesmente ter o maior número de caixas nas prateleiras.
Defende o aumento da interacção entre a imprensa e o público? Ou, por outro lado, deverá a imprensa dos jogos assumir uma posição distante?
Claro que a imprensa deve promover a interacção com o público. Sem público não há jornalismo, logo essa questão nem se coloca. Mas essa interacção nunca pode pôr em causa a qualidade do trabalho do jornalista. Da mesma forma que o jornalista deve ser independente em relação aos autores, às editoras, às distribuidoras e aos anunciantes, deve ser independente em relação ao público. No dia em que uma revista, jornal ou portal deixar de servir o interesse da maioria para se tornar refém das exigências de alguns, perde a sua razão de ser.
Que importância assume, então, uma comunidade on-line como a do fórum oficial da Mega Score, para a revista?
Uma enorme importância. A comunidade online da Mega Score é um espelho do nosso trabalho. Na teoria, a qualidade do nosso trabalho deve repercutir-se na qualidade dos nossos leitores. No fórum da Mega Score existem muitos bons leitores, com excelentes intervenções, o que nos leva a acreditar que se calhar estamos a cumprir pelo menos uma parte dos nossos objectivos, que passam precisamente por não só informar, mas por incutir nos nossos leitores o espírito crítico e a capacidade de interpretação necessárias para ajudar os jogos a tornarem-se cada vez mais importantes e melhores. Com espírito crítico não quero dizer o saber e querer falar mal, nem com capacidade de interpretação quero apenas referir a capacidade de discordar – o mais importante é cada um ser capaz de chegar às suas próprias conclusões, respeitando sempre as dos outros, porque só a pluralidade de opiniões contribui para a evolução das ideias.
Quando olhamos para as origens da Mega Score, vemos não só uma evolução da qualidade da revista até aos dias de hoje, como também uma evolução da qualidade da participação dos leitores. Isso é óptimo.
Por outro lado, quero acreditar que os melhores leitores e utilizadores do fórum que a Mega Score tem podem servir como exemplo para quem acaba de chegar a esta nossa comunidade.
O crescimento exponencial, e muitas vezes marginal, de sites, blogs ou fóruns dedicados aos videojogos constituem uma ameaça, dada a facilidade de acesso, noticias sempre recentes ou mesmo o custo, à imprensa especializada? Podem estas contrariar as aparentes vantagens do on-line ou iremos assistir a uma mudança radical ou mesmo o fim (a médio e/ou a longo prazo) das revistas como é o caso, obviamente, da Mega Score? Como poderá a imprensa adaptar-se a essa possível ameaça?
Há uma grande vantagem do jornalismo feito em revistas: é que as redacções são profissionais e pagas, logo a sua independência está à partida mais protegida. Por outro lado, há mais tempo para reflectir e produzir artigos mais elaborados.
A verdade é que na Net não só as redacções são mais mal pagas (e é quando são pagas), logo limitando a sua capacidade de contratar os melhores jornalistas, como a necessidade de dar essa informação antes da concorrência faz com que a informação seja pouco trabalhada - já para não falar nos constantes rumores e desmentidos. Pior ainda, dá muito mais azo a que, em nome da cacha jornalística, do "dar a notícia e ter a review antes dos outros", se façam concessões muito mais graves. Faz-me lembrar a história do jornalista que, em troca do exclusivo, aceitou criticar uma versão inacabada de um jogo de futebol onde ainda nem tinham sido colocados os guarda-redes...
Isto não significa que na Internet não se possam encontrar alguns dos melhores textos e dos melhores jornalistas especializados em videojogos – ou opinion makers em blogs - , mas a verdade é que o panorama geral não difere muito do que descrevi – e falo com conhecimento de causa, já que tenho experiência como jornalista on e offline.
Por outro lado, a Internet criou uma crença perigosa de que toda a gente pode escrever muito bem sobre videojogos, desde que jogue muito. Isso é cultura de videojogos, mas para compreendê-los é preciso saber muito mais do que isso. A diferença entre ser alguém que escreve uns textos a dizer porque gosta ou deixa de gostar deste ou aquele jogo e um jornalista especializado (ou, para ir mais além, alguém que aspira a escrever algo de significativo sobre o assunto) deve estar precisamente no que se sabe A MAIS do que isso.
Pessoalmente, nunca trocarei os conteúdos criados por pessoas a quem reconheço credibilidade e competência pelas opiniões avulsas de umas quantas dezenas, milhares ou milhões de opinadores amadores que a maior parte das vezes não assina com o próprio nome, cujos interesses na matéria desconheço, e que não perdem o emprego ou são responsabilizados se cometerem erros, plágios ou o que seja. É que o principal património de um jornalista ou de um comentador é o seu nome e a sua credibilidade.
Dito isto, há um público para as revistas, como há para os sites: a muitos milhões de leitores interessa mais os "hard facts", a informação de press release e “em cima da hora” e o saber meramente quais são as classificações dos jogos. Para esses, a Internet é uma opção incontornável.
O jornalismo impresso sempre existirá e terá o seu lugar, por todas as razões que já enumerei e por mais algumas. Quando muito adaptar-se-á a novos formatos de impressão e acabamento.
Acredito que a solução mais inteligente que os gestores das editoras de revistas podem tomar é criar espaços interactivos – DVDs, portais e serviços online, entre outros - que complementem com actualidade a qualidade da informação impressa.
Assim como não tenho dúvidas de que o futuro da informação na Internet tem de passar por conteúdos ou serviços pagos e de que o sonho de muitas redacções online é “dar o salto” para o jornalismo impresso.
Em que medida o jornalismo de videojogos e, nomeadamente, a imprensa, ajuda a difusão dos jogos como um media aceite, numa sociedade como a nossa?
O jornalismo pode ajudar os videojogos a tornarem-se um medium aceite em primeiro lugar pela sua função informativa e divulgadora, e em segundo lugar porque tem um papel a desempenhar no sentido de explicar, interpretar e criticar os videojogos enquanto meio de significância cultural, económica, sociológica, psicológica e artística. O jornalismo deve também interpelar e confrontar todos os envolvidos, sejam os criadores, os jogadores, os homens que gerem o negócio dos videojogos ou os políticos.
Através do jornalismo o grande público deve não só conhecer a sua existência e a sua actualidade, mas compreender o fenómeno e munir-se de informação e de ferramentas que lhe permita reflectir e perceber.
Esta nova geração de consolas, que traz a Alta Definição, um alargar das potencialidades on-line e de modding, um controlo revolucionário, etc., pode ser o salto decisivo na consagração dos jogos em termos sociais ou será apenas mais um pequeno passo?
Todos esses exemplos são aspectos meramente tecnológicos, sem qualquer importância em termos de legitimação dos jogos em termos sociais, culturais ou artísticos. A música, o cinema, a pintura, a literatura, a televisão ou qualquer outro meio cultural ou artisticamente relevantes não foram legitimados porque se inventou um novo acorde, a cor no ecrã, um pincel novo, uma nova forma de encadernar ou a transmissão por cabo. Cada meio tem de encontrar em si mesmo aquilo que é único e tentar perceber de que forma isso pode ser importante na vida das pessoas. Os jogos só podem ser “consagrados” quando realmente provocarem um impacto na vida das pessoas – de todas as pessoas, seja de que idade, sexo, estrato social ou cultura forem – de uma forma que os outros media não conseguem. Isso ainda não acontece.
Será que se justifica a criação de um canal inteiramente dedicado aos videojogos, em Portugal? Será que este media tem importância suficiente (no nosso país) para “pedir” um canal dedicado, ou, pelo contrário, será que um canal dedicado seria responsável pelo aumento da importância dos jogos?
A existência de um programa ou canal de televisão em Portugal dedicado aos videojogos nada tem a ver com a sua “importância” ou com o desejo dos jogadores portugueses, mas com a forma de funcionamento dos canais portugueses no que diz respeito à rentabilização de um projecto dessa natureza. A culpa também passa pelos principais interessados, as editoras e distribuidoras nacionais, que pouco fazem para promover os jogos em Portugal. A preocupação delas é simplesmente ter o maior número de caixas nas prateleiras.
Defende o aumento da interacção entre a imprensa e o público? Ou, por outro lado, deverá a imprensa dos jogos assumir uma posição distante?
Claro que a imprensa deve promover a interacção com o público. Sem público não há jornalismo, logo essa questão nem se coloca. Mas essa interacção nunca pode pôr em causa a qualidade do trabalho do jornalista. Da mesma forma que o jornalista deve ser independente em relação aos autores, às editoras, às distribuidoras e aos anunciantes, deve ser independente em relação ao público. No dia em que uma revista, jornal ou portal deixar de servir o interesse da maioria para se tornar refém das exigências de alguns, perde a sua razão de ser.
Que importância assume, então, uma comunidade on-line como a do fórum oficial da Mega Score, para a revista?
Uma enorme importância. A comunidade online da Mega Score é um espelho do nosso trabalho. Na teoria, a qualidade do nosso trabalho deve repercutir-se na qualidade dos nossos leitores. No fórum da Mega Score existem muitos bons leitores, com excelentes intervenções, o que nos leva a acreditar que se calhar estamos a cumprir pelo menos uma parte dos nossos objectivos, que passam precisamente por não só informar, mas por incutir nos nossos leitores o espírito crítico e a capacidade de interpretação necessárias para ajudar os jogos a tornarem-se cada vez mais importantes e melhores. Com espírito crítico não quero dizer o saber e querer falar mal, nem com capacidade de interpretação quero apenas referir a capacidade de discordar – o mais importante é cada um ser capaz de chegar às suas próprias conclusões, respeitando sempre as dos outros, porque só a pluralidade de opiniões contribui para a evolução das ideias.
Quando olhamos para as origens da Mega Score, vemos não só uma evolução da qualidade da revista até aos dias de hoje, como também uma evolução da qualidade da participação dos leitores. Isso é óptimo.
Por outro lado, quero acreditar que os melhores leitores e utilizadores do fórum que a Mega Score tem podem servir como exemplo para quem acaba de chegar a esta nossa comunidade.
O crescimento exponencial, e muitas vezes marginal, de sites, blogs ou fóruns dedicados aos videojogos constituem uma ameaça, dada a facilidade de acesso, noticias sempre recentes ou mesmo o custo, à imprensa especializada? Podem estas contrariar as aparentes vantagens do on-line ou iremos assistir a uma mudança radical ou mesmo o fim (a médio e/ou a longo prazo) das revistas como é o caso, obviamente, da Mega Score? Como poderá a imprensa adaptar-se a essa possível ameaça?
Há uma grande vantagem do jornalismo feito em revistas: é que as redacções são profissionais e pagas, logo a sua independência está à partida mais protegida. Por outro lado, há mais tempo para reflectir e produzir artigos mais elaborados.
A verdade é que na Net não só as redacções são mais mal pagas (e é quando são pagas), logo limitando a sua capacidade de contratar os melhores jornalistas, como a necessidade de dar essa informação antes da concorrência faz com que a informação seja pouco trabalhada - já para não falar nos constantes rumores e desmentidos. Pior ainda, dá muito mais azo a que, em nome da cacha jornalística, do "dar a notícia e ter a review antes dos outros", se façam concessões muito mais graves. Faz-me lembrar a história do jornalista que, em troca do exclusivo, aceitou criticar uma versão inacabada de um jogo de futebol onde ainda nem tinham sido colocados os guarda-redes...
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Pessoalmente, nunca trocarei os conteúdos criados por pessoas a quem reconheço credibilidade e competência pelas opiniões avulsas de umas quantas dezenas, milhares ou milhões de opinadores amadores que a maior parte das vezes não assina com o próprio nome, cujos interesses na matéria desconheço, e que não perdem o emprego ou são responsabilizados se cometerem erros, plágios ou o que seja. É que o principal património de um jornalista ou de um comentador é o seu nome e a sua credibilidade.
Dito isto, há um público para as revistas, como há para os sites: a muitos milhões de leitores interessa mais os "hard facts", a informação de press release e “em cima da hora” e o saber meramente quais são as classificações dos jogos. Para esses, a Internet é uma opção incontornável.
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