Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Newtomic » segunda 12 set 2005, 20:01

Maedhros - 11/9/2005 10:27 PM (#59919)
Post muito fixe, gostei de ler sim senhor. [;)]
mrBlonde - 12/9/2005 11:12 AM (#59933)
Não estou a perceber onde é k a complexidade de um jogo pode de alguma forma extrangular a criatividade desse mesmo, e até mesmo o exemplo k deste o GTA: SA é bastante complexo e para mim bastante criativo e inovador qb; plo menos em relação aos FPS's k a mim me pareçem ser todos iguais... [8)]
Prime Operative - 12/9/2005 2:04 PM (#59940)
Héhé muita fixe! [:D]
Simple - 12/9/2005 3:04 PM (#59948)
Ui ou é impressão minha ou hoje não estás muito contente com os jogos. [:D]
Simple - 12/9/2005 3:12 PM (#59949)
É o k digo até já nem os "coitadinhos" dos apaixonados plos Sims escapam! [:D] hihi

-----

Bem ker dizer e depois de tantos coment's deveria ter algo a dizer não era?... bem fica para a próxima! [xx(] [:D]
Gostos são gostos e estes não se discutem!
Mega Score “Rules ... but ... RGB “Sucks
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Maedhros » segunda 12 set 2005, 22:39

Exactamente, o chocante é que esses jogos são excepções e não regras. Isso é que é assustador!
E deste um bom exemplo, o do Ico. Um jogo inovador, genial, mas que talvez tenha ficado muito aquém das expectativas financeiras da Sony. Não te esqueças que uma empresa não é feita para agradar aos críticos, mas sim para vender.
Achas que eles vão continuar a apostar em conceitos desses, que depois não recompensam o investimento?
Só para refutar, já está em calha a sequela espiritual de Ico, e parece tão promissor e ground-breaking como o original.
Só para mostrar como as empresas ainda apostam neste tipo de conceitos inovadores (mesmo sem as tasi garantias de retorno..), avonselhava-te a ver alguns jogos que apresentaram na Mega Score do mês passado:

Spore,
F.E.A.R.,
Alan Wake,
Prey,
Okami,
Fahrenheit...
Concordo, a massificação não é má. Má é a monopolização dos videojogos por três ou quatro grandes editoras que funcionam como cartel.
Não existem 3 ou 4 grandes empresas no meu mundo (e certamente não se comportam com nenhum quartel), existem dezenas, cada uma virada para o seu objectivo, e todas em competição.
Mau mau, é ser permitido a empresas como a EA, adquirir indiscriminadamente pequenas e médias empresas. Mas isso é outra questão...
Por acaso, os últimos grandes filmes que vi foram produções europeias e filmes americanos independentes...
Sim, tens razão, há grandes filmes europeus, orientais e grandes filmes americanos independentes. Sou cinéfilo e conheco-os bem!!! Mas Hollywood ainda produz bons filmes (e alguns bem inovadores...), também terei todo o prazer de enumerar alguns que saíram este ano:

Cinderella Man
Sin City
Charlie and the Chocolate Factory
Land of the Dead
Hitchiker's Guide to The Galaxy
Crash

Podes não os apreciar mas são vistos como grandes filmes pela crítica e o público, portanto não, não acho que hollywood só produza maus filmes.
O cenário ainda não é negro. Mas pode bem tornar-se...
E, mesmo desconhecendo a ocupação e os conhecimentos da pessoa que escreveu o texto lá de cima, é isso que o pessoal da Mega Score tem vindo a escrever nos artigos de opinião dos últimos meses.
Sim, sobretudo através do Nuno Calvim a Mega Score tem sido muito crítica em relação ao futuro (se bem que a opinião não me parece muito similar à do artigo...), e com muita razão para o ser. Eu não contesto que há problemas no mundo dos videojogos (não lerás isso na minha opinião), apenas afirmo que a evolução não tem sido tão negra quanto este artigo parece mostrar.
A massificação tem sido em muitos aspectos positiva, basta olharmos para trás e reflectirmos sobre todo o mundo dos jogos há alguns anos (antes do fenómeno Playstation). Não vou deambular nesse aspecto, mas creio que todos concordam que muito de bom saiu dessa época, mas isso não quer dizer que não continue a sair.
Mas como é que promoves, como actuas, se os consumidores cada vez mais compram sem pensar?
A Mega Score e os críticos são uma gota de água no mundo dos videojogos. Enquanto, como diz o texto, houver jogos maus transformados em sucessos de venda (devido ao nome ou ao marketing), não há grande hipótese...
Nem todos os consumidores compram sem pensar, e o que nos vale é que o mercado atingiu um tamanho grande o suficiente para comportar vários tipos de público.
E não me parece que qualquer pedaço de lixo electrónico se transforme em sucesso de vendas independentemente do marketing associado. As revistas e sites da especialidade servem para contrariar essas campanhas de marketing, e se às vezes falham, muitas vezes ditam o sucesso dos jogos.

Tomb Raider é um bom exemplo: uma franchise de sucesso que tentou vender "Angel of Darkness" à custa do nome, e mesmo com muito marketing e propaganda não vingou. Mas segundo a tua perspectiva AoD seria um sucesso de vendas estrondoso. Não foi. Porquê? Era um mau jogo, ponto final. Os gamers que compram muitos jogos são, em geral, uma comunidade mais perspicaz do que dás a entender. Também não digo que sejam todos einsteins, mas sabem reconhecer maus jogos quando os vêem. A sequela de AoD parece estar no bom caminho, e não é isso que se deseja? Que a qualidade se eleve??

Esses "sucessos" de que falas, são sempre de pouca duração: pouca gente chega ao ponto de comprar vários jogos associados a uma má marca. Os verdadeiros sucessos (aqueles que batem os milhões de cópias) saiem, normalmente de boas licenças, e de jogos minimamente bons para o público a que se destinam.
Imagina que és um dono de uma empresa a viver uma situação de crise, como a actual. Tens duas hipóteses: publicar um jogo baseado numa licensa, que só por isso garante uma certa quantidade de unidades vendidas e um retorno do investimento ou publicar um jogo baseado num conceito inovador, vindo de uma produtora quase desconhecida, que não sabes como se vai comportar nas prateleiras. O que escolhes?
A 1a é a regra, permite manter um negócio em bom estado e com bons retornos, no entanto, para crescer num mercado livre e competitivo (como o dos jogos), uma empresa tem de correr riscos e fazer novas apostas. Essa é a única maneira de um negócio ser rentável a longo prazo!! A inovação é a base de qualquer negócio com futuro... Óbvio que há empresas que não pensam assim, mas não lhes auguro grande futuro.

Isto não quer dizer que não ache que podiam inovar mais: podem e devem. Simplesmente a situação ainda não é tão grave para começarmos a cair em demagogias fáceis e atirar bytes contra o sistema.
Enquanto saírem bons jogos com conceitos inovadores (mesmo não sendo a regra) não creio que a indústria estagne. Entretanto estarei contente por poder jogar o meu Killer7 e Resident Evil 4.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Simple » terça 13 set 2005, 9:14

Cyrax - 12/9/2005 4:06 PM

Citando o post do simple...
Concordo com o penultimo paragrafo, as pequenas inovações são algo que fica bem no papel mas um jogador praticamente ignora essa novidade! A tecnica ragdoll não é assim tão má, não era necessario uma fisica ultra realista mas sim algo que não torne as mortes repetitivas, tal como acontece no video do frame city killer (ainda espero que estivesse numa versão beta)! Os sons da arma não é necessario algo realista mas sim algo que mostre o poder da arma, ou então o semi-silencio para estilo (silenciador)!
Dei o exemplo das armas e do seu barulho porque é uma coisa que gosto bastante de ouvir nos jogos, e uso sempre as armas para mim mais realisticas, no doom(jogo que gosto mt) para mim e tal como para muita gente o barulho é mt fraco por exemplo ou a modso que irreal ou silenciado como queiram, no Hl2 por exemplo adoro o barulho do revolver , está excelente IMHO para mim das melhores capturas de som já feitas para um jogo,como pratico tiropratico(IPSC) foi uma coisa que começei a ligar mt sem querer e pormenor que passou a ser importante para mim. e que sem querer dá mais realidade ao jogo ou "prazer em usar certas armas" e é uma coisa insignificante comparada com outras coisas muito exploradas que caiem no esqeucimento.
O barulho da AW no cs é um must ou da Deagle, equanto que por exemplo o da glock dos terroristas não têm nada a ver..(tenho uma glock19x9mm e uma cz85b 9mm) e o barulho é completamente irreal, parece que estou a disparar uma .22 ..enquanto que o barulho dessa glock deveria ser igual ao da desert eagle....
Pegando numa pardini de 9mm por exemplo já o som é mt parecido com a glock dos Terroristas, mas esta vem compensada de origem(peça posta tipo silenciador mas que pretende dar menos coice para maior precisão) abafando o ruído fazendo no entanto mais barulho, e isto não é coisa que se resolva no jogo com placas de som carissimas, é no entanto uma coisa que deveria ter sido mais estudada ou aplicada, mas como tudo talvez seja só eu e o meu irmaõ que liguemos..

Última edição por Simple em terça 13 set 2005, 9:17, editado 1 vez no total.
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Cyrax » terça 13 set 2005, 11:37

Simple - 13/9/2005 10:14 AM
Cyrax - 12/9/2005 4:06 PM

Citando o post do simple...
Concordo com o penultimo paragrafo, as pequenas inovações são algo que fica bem no papel mas um jogador praticamente ignora essa novidade! A tecnica ragdoll não é assim tão má, não era necessario uma fisica ultra realista mas sim algo que não torne as mortes repetitivas, tal como acontece no video do frame city killer (ainda espero que estivesse numa versão beta)! Os sons da arma não é necessario algo realista mas sim algo que mostre o poder da arma, ou então o semi-silencio para estilo (silenciador)!
Dei o exemplo das armas e do seu barulho porque é uma coisa que gosto bastante de ouvir nos jogos, e uso sempre as armas para mim mais realisticas, no doom(jogo que gosto mt) para mim e tal como para muita gente o barulho é mt fraco por exemplo ou a modso que irreal ou silenciado como queiram, no Hl2 por exemplo adoro o barulho do revolver , está excelente IMHO para mim das melhores capturas de som já feitas para um jogo,como pratico tiropratico(IPSC) foi uma coisa que começei a ligar mt sem querer e pormenor que passou a ser importante para mim. e que sem querer dá mais realidade ao jogo ou "prazer em usar certas armas" e é uma coisa insignificante comparada com outras coisas muito exploradas que caiem no esqeucimento.
O barulho da AW no cs é um must ou da Deagle, equanto que por exemplo o da glock dos terroristas não têm nada a ver..(tenho uma glock19x9mm e uma cz85b 9mm) e o barulho é completamente irreal, parece que estou a disparar uma .22 ..enquanto que o barulho dessa glock deveria ser igual ao da desert eagle....
Pegando numa pardini de 9mm por exemplo já o som é mt parecido com a glock dos Terroristas, mas esta vem compensada de origem(peça posta tipo silenciador mas que pretende dar menos coice para maior precisão) abafando o ruído fazendo no entanto mais barulho, e isto não é coisa que se resolva no jogo com placas de som carissimas, é no entanto uma coisa que deveria ter sido mais estudada ou aplicada, mas como tudo talvez seja só eu e o meu irmaõ que liguemos..
Para mim não é so o som das armas (o que ajuda muito na envolvencia de 1 jogo) mas sim as diferenças nas armas e o dano, ou seja, que não seja necessario uma balazio para matar 1 adversario, isso so fica bem em jogos "rapidos" tal como Halo ou Doom, e depois ha que ter diferenças nas armas, tal como deste no exemplo, o cs, la existe uma diferença significativa em cada arma, agora se num jogo singleplayer tens 10 armas contigo e so usas 2 a 3 é que algo esta mal! Acho que é nesse ponto de vista que os criadores dos jogos so metem a possibilidade de o jogador ter 2 ou 3 armas! A I.A. é outro aspecto que gostaria de ver com 1 upgrade, mas dos nossos companheiros de equipa, num jogo de acção militar haver aquelas conversas tal como nos filmes, acho que é 1 pouco por esse motivo que começa haver mais modos cooperativos nos jogos! E continuando nos jogos violentos, eheh, algo que achei engraçado os comandos por voz numa demo do ghost recon 2 para a xbox, simples dizia "map" e abria o mapa, dizia "follow me" e os colegas respondiam e iam ter connosco! São ests pequenos aspectos que acho que deveriam concentrar-se na produção de 1 jogo!
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Simple » terça 13 set 2005, 11:53

MAs com certas armas e aplicando-se tanto ou tentando reproduzir tal e qual o design das armas, o modo como da o coiçe, o recoil, o desviar tipico de cada arma(por exemplo uma ak47 têm tendencia sempre a fugir para cima e direita, nunca disparei uma destas mas sei que é assim), deveriam implantar tb o sistema de danos mais realista, não têm jeito nenhum com uma p90 mandares ao peito 30 balas para tirar 100 hp quando uam chegaria tão bem como 1 headshot, caso ele estivesse sem colete, ou com uma scout só tirares 68 hp nessa zona, as zonas de danos deveriam estar melhor divididas, caso contrário um head torna-se desnecessário com otiro mortal e o resto não..pois um tiro no estômago são minutos até a pessoa perder a vida tb..por exemplo e é pior para a pessoa que leva o tiro..
Isso é uma situação que deveria ser implementada eelevando certamente a fasquia de jogo, entre outras zonas.

EM relação ao número de armas no jogo ser tal com odisseste 10 e uma pessoa só usar 2 ou 3 , não vejo mal, é como uams pessoas se adaptarem melhor a snipers e terem o seu estilo de jogo e outras a metralhadoras que parecem o rolls royce a mamar gasolina quando toca a despejar balas. Muda em muit oa abordagem ao jogo tanto em single player como multiplayer, e ambos os estilos têm as suas fraquesas dependendo da situação ou mapa, não deixa de ser caricato de qq modo mas as 10 armas penso que venham daí, ou mesmo apra se escolher o melhor método de abordagem, embora por vezes seja engraçado tentar tal e qual gostamos e só em último caso fugirmos(num single player ) ao nosso estilo vendo que não dá mesmo ou ficando sem balas na nossa arma preferida eheh(com o revolver no Hl2 aconteceu-me bastantes vezes, mas era um espectaculo ver os combine a sairem disparados ehhe.
Claro que as opções tomadas foram feitas para haver uma melhor jogabilidade ou mais universal, e provavelmente como eu sugeri seria pior ou mais dificil, são opções de quem faz os jogos, e para criticar cá estamos nós eheh, até nem gostamos nada [:p] [:D] [;)].(count me in lol)

Em relação aos comandos por voz acho excelente por acaso e facilita e mmuitos aspectos a jogabilidade, esse jogo não experimentei mas vou ver se tenho para cá alguma demo nesses dvd da xbox.
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por pedropaulo » quarta 14 set 2005, 18:38

O caminho da industria? A meu ver ainda agora saimos porta fora em direcção a esse rumo. Tem vindo a ser quase um habito clamar por mais criatividade, novas ideias novos projectos. Não são os Sims algo de criativo e original? Não vende em numeros astronomicos? E Half-Life 2, ou World of Warcraft ou GTA? Não são blockbusters com qualidade? Ico,sempre o Ico vendeu pouco. A razão mais prontamente apontada seria a da indeferença da comunidade da má informação enfim do mau gosto ou da falta de saber o "que é bom".
No entanto existe uma noção,errada a meu ver, que generaliza os jogadores tornando-os todos iguais.Existem jogadores que gostam especificamente de um certo genero e pouco se movem fora dele outros que jogam como hobby, outros por competição. outros por prazer e outros que se movem na periferia dos jogos tendo uma visão abragente do meio que lhes permite escolher o genero conforme a qualidade. Esses são a minoria. Esses são os que compram Ico.
Nas inevitaveis comparações com o cinema esses jogadores seriam os que vão ao cinema independente, compram outros filmes. Os outros são os que tornam uma obra mediocre como o Titanic em um dos mais rentaveis filmes da historia.
Não sao piores nem melhores que a minoria. Sao diferentes. È essa tb a realidade nos jogos.
O futuro dos jogos é radioso.È-o do ponto de vista economico e será tb do ponto de vista criativo. Basta saber procurar. Ou perguntar, em forums, que mais uma vez o afirmo, serão no futuro responsaveis de peso pelo sucesso ou fracasso de um jogo.
São os forums e outros ponto de encontro online, que tornam possivel um jogador perguntar a outros jogadores algo de tão simples mas tão importante como "que tal é o jogo".
No entanto o caminho não é facil. Como arte maioritariamente tecnica os jogos não gozam da subjectividade, ainda, atribuida á pintura ou literatura ou mesmo cinema. Não gozam da analise subjectiva de um livro de Henry Miller, de um quadro de Mondrian de um filme de David Lynch.
Ainda.
Numa ultima e provocatoria comparação com o cinema existe por ai uma musica do final dos 70 que se chama "Video Killed The Radio Star". Não conheço a mensagem da musica e tb não interessa. Interessa só o titulo que não se veio a confirmar. Talvez no final da decada a musica seja "Games Killed the Movie Star", e esta sim se confirme.
A arte é semelhante á energia. Não desaparece, transforma-se, por vontade propria ou porque é forçada.
Qual a arte que vai ser forçada?
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Maedhros » quinta 15 set 2005, 19:21

pedropaulo, concordo plenamente contigo !!!!
(finalmente alguém com uma posição idêntica à minha...)


Tenho no entanto de te fazer um reparo, quando dizes:
No entanto o caminho não é facil. Como arte maioritariamente tecnica os jogos não gozam da subjectividade, ainda, atribuida á pintura ou literatura ou mesmo cinema. Não gozam da analise subjectiva de um livro de Henry Miller, de um quadro de Mondrian de um filme de David Lynch.
Ainda.
Não concordo, acho que apesar de haver poucos jogos que fogem à corrente "realista", existem um punho de jogos repletos de surrealismo, alguns chegam a ter mesmo aquilo a que chamas de "subjectividade". Eis uma lista de aqueles que me lembro e tive o previlégio de desfrutar:

Silent Hill - vagamente inspirado em Kubrick;
Silent Hill 2 - fortemente inspirado em David Lynch;
Planescape Torment - não sei como definir, é extremamente original e brilhante;
Eternal Darkness - contos de terror à la Edgar Alan Poe;
XenoGears e XenoSaga - apesar de contos de fc realistas, contêem centenas de brilhantes referências a textos bíblicos, ao "2001 - A Space Odyssey", a Wagner, Jung, Freud, etc. Tudo isto a reforçar argumentos tão complexos (e cativantes) que deixarão muitos escritores e argumentistas a milhas;
Killer 7 - surrealismo levado ao extremo, repleto de subtis metáforas e com uma inspiração conceitual no filme Identity...;
Legacy of Kain - saga com tom (fortemente) Shakesperiano, inspirado em mitologia vampírica e texto bíblico...;
Vampire the Masquerade - Anne Rice, Anne Rice, Anne Rice;
Persona e Shin Megami Tensei - tão estranho e diferente que só experimentando...;
Fear Effect - mistura de ficção científica com mitologia oriental...

E estes são os que conheço e me lembro agora, haverá certemente muitos outros...
Atenção, lá por serem inspirados em, não quer dizer que sejam imitações ou plágios [:I] , são originais e bem conseguidos.
Se não os conheçes, tenta arranjá-los, em geral são grandes jogos...
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Maedhros » sexta 16 set 2005, 20:05

Mais um passo positivo dado pela Nintendo, no sentido de melhorar a experiência videojogável.
A Revolution é a prova dada que ainda muito se pode fazer para melhorar a arte de criar videojogos, basta para isso haver criatividade e falta de preconceitos.

Infelizmente, a não ser que a Nintendo jogue as cartas certas, duvido que consiga ascender ao estatuto de outros tempos, em que era o expoente máximo do mercado.

Espero que esteja enganado e a Revolution seja aquilo que merce ser: uma Revolução.
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por AvErY » quarta 21 set 2005, 11:35

E os moderadores? Não têm opinião sobre o assunto? [:)]
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RE: Uma reflexão sobre o caminho da Indústria dos videojogos

Mensagem por Chris » quarta 21 set 2005, 20:18

Omg, se estao a pensar que vou ler tudo o que responderam para postar o meu post estao enganados [:p] Vou só dar a mina opinião ao tópico própiamente dito. Eu compreendo o que dizes AvErY, mas ninguem é obrigado a comprar jogos de fraca qualidade, tal como ninguem é obrigado a ver a quinta das celebridades, no entanto esse tipo de decadencias são nº1 em portugal.. Estás a ver onde quero chegar? Tudo se reduz mais uma vez ao intelecto/mente/personalidade/ser de cada pessoa. E uns pagam sempre pelos outros, enquanto houver ignorancia e pura e simples futilidade as pessoas vão continuar a querer ver coisas como Fiel ou Infiel, Esquadrao G, etc. E nõ penses que isto são sintomas locais.. Ignorancia e intolerancia são causadoras de guerras e basicamente da miseria humana. Na minha opiniao, enquanto a humanidade nao evoluir um bom bocado, as coisas estão mal, para qualquer consumidor... As empresas, fazem o melhor da situação que podem, fazem dinheiro...
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