acho que não se pode por ao mesmo nível a relação entre um jornalista e um deputado, que é um funcionário do Estado democraticamente eleito para servir os cidadãos, e a relação entre um jornalista e uma entidade com fins lucrativos que é capaz de estrategemas muito pouco democráticos para pôr os jornalistas a veicular a sua opinião, ou seja, enganar o consumidor. Será esta a lei da livre concorrência?citação: Inicialmente enviada por RicardoRocha
Já viram se a SIC se zangava com um deputado? "Agora não fazemos mais reportagens sobre o que se passa no Parlamento!" Por favor, a Concentra não é a Nintendo, e os leitores não têm nada a ver com esses atritos. O dever de um jornalista é informar, mesmo que para isso seja preciso engolir alguns sapos. Por respeito à deontologia, por respeito ao leitor (afinal, quem lhe paga o salário) e por respeito a si próprio. Além de que, analisando jogos distribuídos pela Concentra e, ainda por cima, dando-lhes boas notas (aos que as merecessem, evidentemente) a MS estaria a dar-lhe a chamada "bofetada de luva branca", que é a forma mais digna de f*d*r alguém! Eu nem sequer tenho uma GameCube, mas julgo que seria a melhor decisão, para bem de todos. Só espero não ferir a sensibilidade do NCalvin, que parece, pelas respostas que anda a dar, com os nervos à flor da pele, o que era escusado, visto ter a sua posição segura, por ser um dos melhores jornalistas de videojogos em Portugal (ao contrário de outros, que são meros tradutores...)
Ricardo "Baltar" Rocha
aliás, se um deputado se recusasse a dar informações do domínio público a um jornalista estaria a violar a lei de imprensa e do acesso às fontes.
talvez se a pressão que aqui estão permanentemente a exercer sobre a Mega Score fosse apontada à Concentra, os resultados poderiam ser outros. Ao não querer que a Mega Score divulgue informação isenta sobre os seus produtos aos seus clientes, a Concentra está a lesar, acima de todos, os seus próprios clientes, ou seja, os leitores da Mega Score que possuem uma máquina Nintendo.
E não, não estou com os nervos à flor da pele. Mas acho engraçado que a reacção à primeira edição da Mega Score em anos em que se volta a falar de jogos Nintendo seja essa: a de que não falamos de jogos Nintendo...
De qualquer forma, obrigado pelo elogio. Mas, infelizmente, a posição de um jornalista de videojogos em Portugal nunca está segura...
NCalvin