O futuro dos videojogos

Para falerem tudo sobre jogos e companhia

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pedropaulo
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O futuro dos videojogos

Mensagem por pedropaulo » quinta 09 fev 2006, 20:36

X-box 360, Playstation 3 Revolution PC,
São os rostos de uma indústria que vive no limiar de mais uma (r)evolução.
O Steam e o que pode significar na distribuição dos jogos, o comando da Revolution o poderio gráfico da X-box e da PS3 a versatilidade do PC. O passo decisivo dos jogos on-line, a TV de alta definição, os custos de produção dos jogos.
Factores que vão condicionar a evolução dos jogos e dos próprios jogadores.
È o futuro risinho como parece ser o caso ou um olhar mais cínico permite questionar a sustentabilidade financeira do mercado, o perigo de barões do multimédia tomarem conta de estúdios ou o risco de um monopólio por parte da empresas que, por tradição e por poderio económico se perfilam como candidatas ao cargo?
Este artigo já foi discutido num outro tópico e é apenas uma opinião que pode servir de ponto de partida para a discussão.
http://thedeathofgaming.blogspot.com/


Tentem ver os dois lados. È possível o colapso da industria não só em temos económicos mas tb criativos?
Pode a industria aproveitar este novo fôlego tecnologico para encontrar um novo caminho com base na criatividade?
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Mensagem por Chris » sexta 10 fev 2006, 21:45

Ver a "proxima geração" de consolas como uma escapatória da monotonia vivida neste mercado está, em parte, errado porque a única evolução conseguida atraves de consolas mais poderosas é a nivel gráfico. E isto chega a ser mais um obstáculo à criatividade do sector do que uma ajuda, visto que será cada vez mais complicado e dispendioso produzir grafismo realista e já existem produções de jogos a ultrapassar os custos de produçoes de filmes. Isto por sua vez irá dificultar a vida às pessoas que querem comprar jogos originais visto que em vez de a tendência para descer, os preços poderão subir para cobrir os elevados custos de produção relacionados com grafismos impressionantes e outras "comodidades" que me atrevo chamar secundárias de um bom jogo. Seguindo este raciocínio chega-se à conclusão que os jogos ficam mais complicados de fazer, o que os leva a ser mais caros. E isto só para termos uma personagem principal com todos os cabelos separadamente animados e mundos com 3D e efeitos de luz de tal forma realistas que quase conseguimos imaginar o cheiro do cenario. E de que forma isto ajuda a criatividade e inovação do sector? Irá chegar a altura em que 90% dos recursos de uma produção estiverem direcionados para criar o derradeiro motor de jogo e míseros 10% para dar a verdadeira vida e alma ao jogo? Eu sinceramente espero que não porque quando esse dia chegar muitos de nós irão parar de jogar, pois não jogamos pelo que vemos, jogamos pelo que sentimos e experienciamos. E isto não pode ser renderizado, tem que ser pensado por mentes e escrito por autores capazes de nos transportar para mundos fantásticos e historias avassaladoras. E é aqui, e em mais lado nenhum que reside o futuro dos jogos como produto cultural e enriquecedor como tem sido nestas últimas décadas. O resto são foguetes e cartazes neon.

Fim da primeira parte. :wink:
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Mensagem por pedropaulo » sexta 10 fev 2006, 21:52

Existe então o risco de colapso criativo? Não é também possivel que estudios pequenos incapazes de criar ou licenciar motores de jogo se virem para projectos assentes na criatividade?
Ou estaremos nós,publico, demasiado enfeitiçados por , como tu lhes chamas "foguetes e cartazes neon" par dar possibilidade de sobrevivencia a tais projectos?
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Mensagem por Chris » sexta 10 fev 2006, 22:06

Quando digo "Nós" refiro-me a mim e aos que tem a minha opinião. Portanto nós vamos dar preferência a esses estúdios pequenos mas que são os verdadeiros grandes da industria... Se olharmos bem foram os pequenos que tiveram todas as boas ideias para jogos, até porque no inicio todos eram pequenos e foi nessa altura em que a industria estava no seu auge na minha opinião. A questão é quanto tempo é que sobrevive uma empresa pequena antes de ser a) comprada ou b) tornar-se "grande" e esquecer as suas raizes para fazer titulos que agradam ao mainstream.

Venha la a EA ou a UbiSoft com titulos que custaram milhões, eu não os irei comprar porque não me dão entertendimento, dão me epilepsia... xD
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Mensagem por Morbus » sexta 10 fev 2006, 22:45

Esta questão é algo estranha... Como sempre, devemos olhar para a fente e para trás. Ao olhar para trás, vejo esta questão a ser debatida, exatamente da mesma forma, há uns anos atrás:

- Ai que dá tanto trabalho fazer 3D...

Ao olhar para a frente, vejo-me a pensar:

- Fogo, e estes gaijos a dizer que dantes era dificil de fazer jogos.

Eu acredito que a complexidade de fazer um jogo está sempre sempre sempre a aumentar, porque, acreditem, isto não é o incío, com certeza, mas também não é o fim! Agora os jogos pucham pela placa gráfica, sim. E imaginem só quando eles pucharem é pela velocidade de processamente e pela RAM? Imaginem só quando jogos com verdadeiras inovações a nivel conceptual exigirem do PC o processamento de mais de cem vezes (mil vezes, dez mil, cem mil, um milhão...) mais informação do que se exige agora? Jogos com motores físicos elaborados em que cada centrímetro (milímetro e por aí fora sempre a decrescer) cúbico tem as suas características específicas, capazes de criar motores físicos com estilhaços, destruições, alterações de forma, tudo muito realista... Imaginem o que vai ser preciso para processar essa informação toda? Aí não vão ser só os designers e programadores gráficos a ter trabalho, vão ser os programadores e todo aquele pessoa que trabalha no motor físico e na informação das cenas...

Acreditem, daqui a uns anos isto está mais acentuado e nós todos vamos olhar para trás e pensar: "Mas que é que nos deu na cabeça para pensar num crash criativo?".

Na minha opinião, os jogos melhores são sempre aqueles que exigem mais memória RAM (sort of...). Podem imaginar um jogo antigo como Blood Omen (1) com uns gráficos de sonho. Provavelmente, se mantivesse todo motor de jogo igual, excepto os gráficos, a memória RAM requerida não passaria dos 64Mb (se tanto...). Isto porquê? Porque só tem um tipo de ataque, só tem uma forma de posicionamento, e não tem aprofundamentos disto e daquilo... Olhamos para jogos antigos e percebemos porque é que eles não precisavam de RAM's de 1Gb. Porque não eram tão desenvolvidos, tão aprofundados conceptualmente.

Quando andarmos pela ronda dos 128Gb de memória RAM (e eu ria-me, há uns anos, de pensar em 512Mb) e com discos rígidos de Teras e Teras de espaço com velocidades de leitura astronómicas, aí sim os jogos vão ser difíceis de programar, mas aí sim, também, haverão realmente bons jogos, bem desenvolvidos.
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Mensagem por Chris » sábado 11 fev 2006, 17:45

Muito sinceramente acho que o teu ponto de vista é demasiado técnico. Pelo que parece os jogos bons para ti são os que tem efeitos e animações avançadas e motores poderosos que permitem um novo nivel de interação. Isso é bastante importante porque avançar nessa area significa criar novas possibilidades para interfaces, jogabilidade e realismo. Mas tal como vinquei no meu ponto de vista jogadores não querem efeitos especiais, jogadores querem experiencias e histórias que os façam emocionar-se. É como tu vires o Chicken Little e pensares que aquilo são animações muito boas e que trazem uma nova dimensão ao cinema, mas muito sinceramente entre uma história tão ridicula como a do chicken little, e entre um filme com 40 anos. Prefiro o filme a preto e branco, porque com toda a tecnologia ao seu dispor os patetas que criaram o Chicken little não fizem nada de jeito com ela. O mundo dos videojogos é semelhante, é tudo muito bonito ter motores poderosos e graficos impressionantes, mas de que é que isso me serve se tenho de pagar 60€ por um jogo que o único entertendimento que me dá é uns efeitos bonitos num ambiente "realista"? A minha opinião portanto é que o grafismo devia passar para segundo plano face à qualidade criativa do enredo. Porque tal como disseste daqui a pouco tempo teremos computadores 10x mais potentes do que os actuais, mas nessa altura iremos lembrar os jogos de agora que tiveram graficos excelentes, ou que realmente tiveram algo mais para nos oferecer?

E quanto à questão de já se ter pensado que fazer 3D é complicado etc. Acredita que criar uma personagem com 200 poligonos é muito, mas muito diferente de criar uma personagem com 200000. E por muito avançado que esteja a tecnologia o desafio relativo para os modeladores/animadores aumentou significativamente. [/i]
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Mensagem por pedropaulo » sábado 11 fev 2006, 18:27

Supondo que o esperado crescimento do mercado em termos de jogadores e de volume é suficiente para pelo menos minimizar prejuízos e supondo também, neste caso parece-me mais provável, a dificuldade de programação é ultrapassada restam ainda algumas questões.

Chris, referes que os jogadores não querem efeitos especiais mas os títulos de nova geração pouco tem feito além de acenar o isco do grafismo. À semelhança das relações pessoais, onde a primeira atracão é física (discutível, no Geral) jogos que à partida fogem ao mainstream como Alan Wake ou Oblivion tem como primeira medida de promoção não a notícia de uma nova IA, nova jogabilidade mas sim um lustroso motor gráfico que resplandece em screenshots.

Ora não estará a industria a criar um fosso entre editoras assente no grafismo deixando para trás aquelas que são financeira e tecnicamente menos capazes e elevando os gastos para as que têm tais vantagens forçando estas, com mais recursos, a abdicar de inovação em nome da segurança nas vendas?
Estarão a condicionar o público para que só sejam sensíveis aos gráficos?
Relembro que o nosso conceito de jogadores não encaixa no típico jogador que é o responsável pela maior percentagem de compras de jogos.

O futuro dos videojogos passa, a meu ver por uma divisão dos jogadores e por conseguinte dos jogos. Blockbusters videojogaveis que levam anos a ser construídos e custam milhõess irão assentar em formulas já batidas, evitando assim riscos de venderem pouco. No cinema exemplos não faltam.

Jogos menos atractivos graficamente mas com outros predicados apelarão a outro tipo de jogadores, em minoria, daí a impossibilidade das editoras de esticarem o orçamento.
Mas assim outra questão se levanta. Serão os jogadores “alternativos” suficientes para a indústria os levar em conta?

A EA, gigante do meio é um bom exemplo do que digo. Se continuar a apostar nos mesmos jogos e com a gula que se lhe conhece existe um risco elevado de monopólio e pior de colapso criativo.
Ou não?
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Mensagem por Death Crow » sábado 11 fev 2006, 18:54

Quem gera mais receitas? Os jogadores mainstreem ou os jogadores hardcore? Penso que serão os mainstreem já que existem em maior quantidade.
Ora como os jogadores hardcore são muito mais exigentes, ou seja, consideram todos os pormenores de um jogo, desde o aspecto gráfico à jogabilidade, IA, ect... e estão dispostos a abdicar do aspecto gráfico como disse o Chris ,que penso que seja um jogador hardcore, o objectivo de certas editoras será transformar o jogo em algo muito bonito para que se venda mais. Quantos mainstreen irão virar as costas a um HL2 para jogar um qualquer RPG com graficos medianos mas com tudo o resto que faça dele um grande jogo? Muito poucos ou talvez nenhum. Penso que será nisto que as editoras se baseiem para gerar cada vez mais receitas.
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Mensagem por Morbus » sábado 11 fev 2006, 19:04

Chris Escreveu:Muito sinceramente acho que o teu ponto de vista é demasiado técnico. Pelo que parece os jogos bons para ti são os que tem efeitos e animações avançadas e motores poderosos que permitem um novo nivel de interação. Isso é bastante importante porque avançar nessa area significa criar novas possibilidades para interfaces, jogabilidade e realismo. Mas tal como vinquei no meu ponto de vista jogadores não querem efeitos especiais, jogadores querem experiencias e histórias que os façam emocionar-se. É como tu vires o Chicken Little e pensares que aquilo são animações muito boas e que trazem uma nova dimensão ao cinema, mas muito sinceramente entre uma história tão ridicula como a do chicken little, e entre um filme com 40 anos. Prefiro o filme a preto e branco, porque com toda a tecnologia ao seu dispor os patetas que criaram o Chicken little não fizem nada de jeito com ela. O mundo dos videojogos é semelhante, é tudo muito bonito ter motores poderosos e graficos impressionantes, mas de que é que isso me serve se tenho de pagar 60€ por um jogo que o único entertendimento que me dá é uns efeitos bonitos num ambiente "realista"? A minha opinião portanto é que o grafismo devia passar para segundo plano face à qualidade criativa do enredo. Porque tal como disseste daqui a pouco tempo teremos computadores 10x mais potentes do que os actuais, mas nessa altura iremos lembrar os jogos de agora que tiveram graficos excelentes, ou que realmente tiveram algo mais para nos oferecer?

E quanto à questão de já se ter pensado que fazer 3D é complicado etc. Acredita que criar uma personagem com 200 poligonos é muito, mas muito diferente de criar uma personagem com 200000. E por muito avançado que esteja a tecnologia o desafio relativo para os modeladores/animadores aumentou significativamente.
Não sei se percebeste o que quiz dizer. A minha intenção é realçar que um bom jogo, normalmente, para ser bom, não necessita de gráficos excelentíssimos. Precisa sim, como tu disses, de um nivel de interacção avançado e realista (como se adivinha no Oblivion). Claro que a boa história é indispensável mas, que eu saiba, para se transmitir uma história não são precisos muitos recursos. No mínimo um livro chega.

O que queria realçar é que chegava a ver jogos que pediam placas de 64Mb e com memória RAM mínima de 32... Agora vejo jogos a pedir placas de 64Mb na mesma, mas com RAM's de 512... Pois é. Eu acho que os jogos têem vindo a melhorar, muito. É essa a razão pela qual eu já prefiro Underground 2 a NfS3, que eu prefiro o Sims 2 ao 1, que eu prefiro Morrowind aos jogos anteriores da saga... Os jogos têem vindo a melhorar em termos de criatividade e qualidade (gráfica ou não). E talvez cheguemos a um ponto em que nos preocupemos mais com meter mais memória RAM que nos preocupamos com meter uma placa nova. Aí sim os jogos vão ser difíceis de programar, porque, acredito, é muito mais difícil fazer um programa que nos coma 1000Mb de RAM que um que só coma 100... digo eu...

A pensar nisto, o próximo upgrade que fizer no meu PC vai incluir uma slot de 2048Mb DDR2 DualChannel @ 533Mhz (acho que é esta)... De qualquer forma isto é irrelevante. O que é importante que se note é que a informação processada e a interactividade são o futuro dos viedojogos (FPS, corridas, RPG's, hack'n slash, beat'em ups...). Os motores físicos refinados também precisam de processamento de informação (mesmo que tenham gráficos de 1999). Porque é que o motor físico de um Burnout 3 (nunca joguei) é melhor que um do Daytona USA? O Daytona até pode ter sido um excelente jogo (sem dúvida) mas agora ninguém o joga (eu até que vou dar uns toques de vez em quando mas não é para diverção, é só para matar saudades). Um jogo com os gráficos do Daytona USA com um motor físico actual seria muitíssimo melhor que um jogo com os gráficos do PGR3 (também nunca joguei) com o motor físico do Daytona... É aí que quero chegar...
Death Crow Escreveu:Quem gera mais receitas? Os jogadores mainstreem ou os jogadores hardcore? Penso que serão os mainstreem já que existem em maior quantidade.
Ora como os jogadores hardcore são muito mais exigentes, ou seja, consideram todos os pormenores de um jogo, desde o aspecto gráfico à jogabilidade, IA, ect... e estão dispostos a abdicar do aspecto gráfico como disse o Chris ,que penso que seja um jogador hardcore, o objectivo de certas editoras será transformar o jogo em algo muito bonito para que se venda mais. Quantos mainstreen irão virar as costas a um HL2 para jogar um qualquer RPG com graficos medianos mas com tudo o resto que faça dele um grande jogo? Muito poucos ou talvez nenhum. Penso que será nisto que as editoras se baseiem para gerar cada vez mais receitas.
Eu ainda à pouco tempo comecei pela primeira vez e acabei também pela primeira o HalfLife 1, com uns gráficos que não são nada comparado com o 2 (para a altura até que seriam bons). O jogo é simplesmente excelente e estou agora a jogar o 2, mas não me parece que seja tão genial como o primeiro. É muito bom, mas... ainda vou no princípio, por isso, ainda estou para ver :wink:

Quanto aos mainstream cobrirem os hardcore... bem, mesmo sendo mainstream, os jogadores não querem uma porcaria com gráficos excelentes, acho eu. Mesmo sendo mainstream, são capazes de discernir uma completa porcaria de uma porcaria (só). Além disso, não me acredito que estejam para comprar porcaria atrás de porcaria só por ter melhores gráficos (ou não... :( ).
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Mensagem por Hunter » domingo 12 fev 2006, 0:39

tal como ja li aqui,eu tambem sou da opiniao que um jogo para ser muito bom,nao precisa de ser um must em graficos.basta ver o exemplo dos rpg's.muitos deles teem uma historia,jogabilidade e som excelentes e uns graficos medianos,mas isso nao implica de serem grandes exitos.e dou-vos um exemplo(mais que obvio alias).eu neste momento estou a jogar novamente final fantasy 7 e sinceramente apesar de ser um jogo com alguns anos,quem o jogar pela primeira vez nesta altura nem vai ligar muito aos graficos,pois a historia é de tal maneira imersiva que muits esqueceriam-se por certo que teem diante deles um jogo com 8anos,mais coisa menos coisa. o Doom3 na altura que saiu foi muito badalado por ter uns graficos muitissimos bons,mas sinceramente se esse jogo tivesse uma historia decente possivelmente teria muito maior exito do que o que teve.
é por isso que dou muito mais valor à historia e jogabilidade do que à qualidade grafica,pois acho que isso nao é a unica caracteristica que conta...
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Mensagem por pedropaulo » domingo 12 fev 2006, 0:46

A questão não é se aos melhores graficos correspondem os melhores jogos. Todos sabemos que não. Mas é nos graficos que as editoras mais têm apostado.
A questão é saber se com a corrida ao foto-realismo não ficarão importantes facetas dos jogos esquecidas.
E como vais reagir o publico a um jogo que se insira dentro do estilo, por exemplo um fps, mas que não alinhe a nivel grafico com a concorrencia?
Vende o mesmo? Duvido.
Isto a meu ver pode hipotecar até certo ponto o futuro dos jogos, quanto mais não seja a nivel criativo.
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Mensagem por Hunter » domingo 12 fev 2006, 1:19

pedropaulo Escreveu:A questão não é se aos melhores graficos correspondem os melhores jogos. Todos sabemos que não. Mas é nos graficos que as editoras mais têm apostado.
A questão é saber se com a corrida ao foto-realismo não ficarão importantes facetas dos jogos esquecidas.
E como vais reagir o publico a um jogo que se insira dentro do estilo, por exemplo um fps, mas que não alinhe a nivel grafico com a concorrencia?
Vende o mesmo? Duvido.
Isto a meu ver pode hipotecar até certo ponto o futuro dos jogos, quanto mais não seja a nivel criativo.
sabes tao bem quanto eu que é graças aos fps que os videojogos evoluiram em termos graficos.mas muitas vezes isso nao é sinonimo de jogo de qualidade.mais uma vez volto com o exemplo do doom3 e ja agora do recente quake 4.ambos tinham graficos muito bons,mas nenhum deles conseguiu surpreender pela positiva.notava-se ali que faltava algo.o mal é que as editoras estao todas a cair no mesmo erro,pois ao tentarem criarem o melhor visual possivel esta de facto a esquecer outras componentes importantes.agora tu perguntas-me se isso vai influenciar o futuro???eu respondo que sim,pois esta fixacao que existe pela qualidade grafica vai ditar e muito as leis,ou seja,a tendencia sera cada vez maior para olhar um jogo segundo o seu visual e nao avaliando o resto dos seus componentes.o mal é que depois quem saira a perder serao os jogadores pois irao ser cada vez mais defraudados e arrependear-se-ao do dinheiro investido.
as vezes tenho saudades dos tempos das 16bits :(
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Mensagem por Death Crow » domingo 12 fev 2006, 1:25

Hunter Escreveu:
pedropaulo Escreveu:A questão não é se aos melhores graficos correspondem os melhores jogos. Todos sabemos que não. Mas é nos graficos que as editoras mais têm apostado.
A questão é saber se com a corrida ao foto-realismo não ficarão importantes facetas dos jogos esquecidas.
E como vais reagir o publico a um jogo que se insira dentro do estilo, por exemplo um fps, mas que não alinhe a nivel grafico com a concorrencia?
Vende o mesmo? Duvido.
Isto a meu ver pode hipotecar até certo ponto o futuro dos jogos, quanto mais não seja a nivel criativo.
sabes tao bem quanto eu que é graças aos fps que os videojogos evoluiram em termos graficos.mas muitas vezes isso nao é sinonimo de jogo de qualidade.mais uma vez volto com o exemplo do doom3 e ja agora do recente quake 4.ambos tinham graficos muito bons,mas nenhum deles conseguiu surpreender pela positiva.notava-se ali que faltava algo.o mal é que as editoras estao todas a cair no mesmo erro,pois ao tentarem criarem o melhor visual possivel esta de facto a esquecer outras componentes importantes.agora tu perguntas-me se isso vai influenciar o futuro???eu respondo que sim,pois esta fixacao que existe pela qualidade grafica vai ditar e muito as leis,ou seja,a tendencia sera cada vez maior para olhar um jogo segundo o seu visual e nao avaliando o resto dos seus componentes.o mal é que depois quem saira a perder serao os jogadores pois irao ser cada vez mais defraudados e arrependear-se-ao do dinheiro investido.
as vezes tenho saudades dos tempos das 16bits :(
Muitas das vezes são os gráficos que vendem e depois vem a desilusão mas mesmo assim a venda foi feita e é mais um ponto a fazer do grafismo!!!
Os jogos 8/16 bits mesmo conseguiam divertir mais do que muitos dos jogos que se fazem hoje e ainda conseguem divertir. Quantos de nós em vez de tarmos a jogar um FEAR ou um HL2 estamos a jogar o Streets of Rage ou o Super Mario?
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Mensagem por Hunter » domingo 12 fev 2006, 1:53

Death Crow Escreveu:
Hunter Escreveu:
pedropaulo Escreveu:A questão não é se aos melhores graficos correspondem os melhores jogos. Todos sabemos que não. Mas é nos graficos que as editoras mais têm apostado.
A questão é saber se com a corrida ao foto-realismo não ficarão importantes facetas dos jogos esquecidas.
E como vais reagir o publico a um jogo que se insira dentro do estilo, por exemplo um fps, mas que não alinhe a nivel grafico com a concorrencia?
Vende o mesmo? Duvido.
Isto a meu ver pode hipotecar até certo ponto o futuro dos jogos, quanto mais não seja a nivel criativo.
sabes tao bem quanto eu que é graças aos fps que os videojogos evoluiram em termos graficos.mas muitas vezes isso nao é sinonimo de jogo de qualidade.mais uma vez volto com o exemplo do doom3 e ja agora do recente quake 4.ambos tinham graficos muito bons,mas nenhum deles conseguiu surpreender pela positiva.notava-se ali que faltava algo.o mal é que as editoras estao todas a cair no mesmo erro,pois ao tentarem criarem o melhor visual possivel esta de facto a esquecer outras componentes importantes.agora tu perguntas-me se isso vai influenciar o futuro???eu respondo que sim,pois esta fixacao que existe pela qualidade grafica vai ditar e muito as leis,ou seja,a tendencia sera cada vez maior para olhar um jogo segundo o seu visual e nao avaliando o resto dos seus componentes.o mal é que depois quem saira a perder serao os jogadores pois irao ser cada vez mais defraudados e arrependear-se-ao do dinheiro investido.
as vezes tenho saudades dos tempos das 16bits :(
Muitas das vezes são os gráficos que vendem e depois vem a desilusão mas mesmo assim a venda foi feita e é mais um ponto a fazer do grafismo!!!
Os jogos 8/16 bits mesmo conseguiam divertir mais do que muitos dos jogos que se fazem hoje e ainda conseguem divertir. Quantos de nós em vez de tarmos a jogar um FEAR ou um HL2 estamos a jogar o Streets of Rage ou o Super Mario?
eu sou um desses.apesar de reconhecer que hoje em dia muitos jogos sao lindissimos e com detalhes de enorme beleza,divertir-me como me diverti com os jogos dessa epoca dificilmente poderei voltar a divertir-me. :(
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Mensagem por Morbus » domingo 12 fev 2006, 9:26

E se eu vos disser que a maioria dos jogos que jogo não é para me divertir? Se eu vos disser que a maioria dos jogos que jogo, jogo-os pelo prazer de os jogoar no sentido em que tiro proveiyo intrínseco dos jogos, e isso acontece principalmente nos RPG's. São poucos os jogos que eu jogo por pura diversão, mas há. Um bom jogo nem sempre é divertido à força toda...

E depois vem aquele outro (que saiu na secção Garganta Funda da MegaScore deste mes) a dizer que os videojogos são uma actividade masturbatória. Outro que fala sem saber... Sim, talvez o seja para aqueles que os jogoam por pura diversão...

Mas é importante que se tenha em conta que um jogo não é bom apenas por divertir.
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