KOTOR

Para falerem tudo sobre jogos e companhia

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NCalvin
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Mensagem por NCalvin » quarta 01 fev 2006, 12:51

Morbus Escreveu:
Eu também o joguei todo de seguida (até porque o tinha que entregar depressa) e não sabia dos cortes. Só que comigo, fiquei logo com a impressão de que aquele final era muito pior que o do 1º. Pode não ser pior, mas eu gostei muito mais do final do primeiro.

P.S.: E as lacunas na história sentia-as porque fiquei sempre com aquela sensação de que o jogo ainda não tinha acabado...
embora tenha adorado (A-D-O-R-A-D-O) o primeiro jogo, senti exactamente o contrário: o pior é o final, completamente estereotipado, o típico happy ending hollywoodesco que já se viu em trinta mil filmes.

O KOTOR 2 é mais ambíguo, sim, mas desde quando é que isso é uma coisa má?
Aliás, o problema das narrativas dos videojogos é precisamente serem tão lineares, tão explicativas, tão telenovelescas.
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Mensagem por Morbus » quarta 01 fev 2006, 12:59

NCalvin Escreveu:
Morbus Escreveu:
Eu também o joguei todo de seguida (até porque o tinha que entregar depressa) e não sabia dos cortes. Só que comigo, fiquei logo com a impressão de que aquele final era muito pior que o do 1º. Pode não ser pior, mas eu gostei muito mais do final do primeiro.

P.S.: E as lacunas na história sentia-as porque fiquei sempre com aquela sensação de que o jogo ainda não tinha acabado...
embora tenha adorado (A-D-O-R-A-D-O) o primeiro jogo, senti exactamente o contrário: o pior é o final, completamente estereotipado, o típico happy ending hollywoodesco que já se viu em trinta mil filmes.

O KOTOR 2 é mais ambíguo, sim, mas desde quando é que isso é uma coisa má?
Aliás, o problema das narrativas dos videojogos é precisamente serem tão lineares, tão explicativas, tão telenovelescas.
Ok, vê-se perfeitamente que só estamos a discutir aqui uma coisa: gostos. Tu gostas mais de finais diferentes e originais (eu também) e eu gosto mais de finais dignos desse nome (finais mesmo que há MESMO um fim). Se gostas de finais assim, abíguos, é natural que tenhas gostado do fim de KOTOR2, porque é isso mesmo que ele é! Eu gostava mais que eles mostrassem mesmo o que aconteceu nas cenas "que faltam" (estou a falar daquelas que sinto falta, não das que foram cortadas).

Porque há uma diferênça importante entre o cinema e os jogos (ou pelo menos eu acho que há): no cinema estamos a ver a história de um terceiro contada por um segundo. Nos jogos estamos a jogar a história de um primeiro modificada por esse mesmo primeiro (nós). Se não temos acesso a partes de nós é porque somos amenésicos...

É óbvio que há cenas jogadas em que o herói (nós) não entra. Mas essas cenas só servem mesmo para nos contar aquilo que o herói também sabe, como é o caso da divisão da equipa no final em Malachor V (excelente ideia).
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Mensagem por Prime Operative » quarta 01 fev 2006, 13:03

NCalvin Escreveu:
Morbus Escreveu:
Eu também o joguei todo de seguida (até porque o tinha que entregar depressa) e não sabia dos cortes. Só que comigo, fiquei logo com a impressão de que aquele final era muito pior que o do 1º. Pode não ser pior, mas eu gostei muito mais do final do primeiro.

P.S.: E as lacunas na história sentia-as porque fiquei sempre com aquela sensação de que o jogo ainda não tinha acabado...
embora tenha adorado (A-D-O-R-A-D-O) o primeiro jogo, senti exactamente o contrário: o pior é o final, completamente estereotipado, o típico happy ending hollywoodesco que já se viu em trinta mil filmes.

O KOTOR 2 é mais ambíguo, sim, mas desde quando é que isso é uma coisa má?
Aliás, o problema das narrativas dos videojogos é precisamente serem tão lineares, tão explicativas, tão telenovelescas.
Concordo plenamente... Aliás, ainda há pouco tempo se falou aqui sobre overexposure e underexposure num outro tópico.

Mas tal como disse, sempre senti que faltava qualquer coisa naquela "final run".

Em primeiro lugar, a minha impressão inicialmente era de que o Exilado tinha ido para Malachor V sozinho devido aos seus planos.

Porém, tanto a Mira como o Remote apareciam lá.

Mas o que mais me incomodou foi o tratamento que foi dado ao Bao-Dur. O jogo dá a entender que ele morreu mas que tinha deixado o seu andróide preparado para ajudar o nosso personagem. O problema é que não dá qualquer atenção a este evento. Se formos dar uma olhadela ao conteúdo cortado, vemos que o zabrak se teria sacrificado pelo grupo no planeta dos andróides.
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Mensagem por Maedhros » quarta 01 fev 2006, 15:27

NCalvin Escreveu:
Maedhros Escreveu:Toda aquela história de a Kreya nos contar o que aconteceria aos nossos companheiros, em vez de podermos ter direito a um final a sério, pareceu-me uma ideia muito infeliz.
nos jogos como no cinema, não é preciso MOSTRAR na tela sempre tudo -a nossa imaginação cumpre esse papel perfeitamente, às vezes melhor. acho que o facto de ela "contar" o que aconteceu aos companheiros, sem que essas previsões seja necessariamente verdadeiras - o que deixa sempre uma margem para a incerteza - até deu ao final um tom mais dramático à coisa.
Certo, ninguém disse que tinnham de mostrar tudo. Imaginar, em si, não tem mal nenhum (afinal de contas, todos tivemos de imaginar 3/4 da trama do torment, e não é por isso que deixa de ser um grande jogo), mas nos dias que correm, esperava mais da Obsidian.

Mas eu discordo de ti, é quando afirmas que dá um tom mais dramático ao final. Um simples monólogo (que era o final do jogo), não me parece algo de muito dramático, mesmo com um excelente voice-acting. Sempre fui picuinhas com este tipo de coisas, pois sou um homem do cinema, e acho que os jogos, deviam tentar explorar barreiras emocionais idênticas, em vez de caírem em "armadilhas" como esta.

Não digo que tivesse de haver uma gloriosa FMV (apesar de nos dias de hoje, com a tecnologia existente, isso seria o mais lógico), mas pelo menos uma cutscene em que os nossos companheiros lutassem ao nosso lado, e talvez até se tivessem de sacrificar (como era pretendido pela Obsidian) ajudava muito mais ao buildup da cena final. Lembro que esta cenas estão lá, embora incompletas e mal editadas.

Assim, em vez de sermos galardoados com um simples monólogo, sem companheiros, com meia dúzia de desculpas esfarrapadas para o facto, teríamos uma épica batalha final, onde o sacrifício dos nossos companheiros teria um significado, seguido do monólogo de Kreya. Quem não preferiria o segundo final?

Contínuo a achar que o nível de malachor é o pior do jogo, as personagens desaparecem, existem ambiguídades no contexto das cenas (sobretudo o Bao-dur e os robôs), e a estranha sensação de que falta algo ali. Eu até gostei de o final ser em aberto, a ideia de que o exilado parte para o Outer Rim, é uma ideia muito "Star Wars", mas achei que o buildup era simplesmente incompleto. Enfim, é a minha opinião, mas não me impede de achar o kotor2 um dos melhores jogos que já joguei.
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Mensagem por NCalvin » quarta 01 fev 2006, 16:56

Maedhros Escreveu:
NCalvin Escreveu:
Maedhros Escreveu:Toda aquela história de a Kreya nos contar o que aconteceria aos nossos companheiros, em vez de podermos ter direito a um final a sério, pareceu-me uma ideia muito infeliz.
nos jogos como no cinema, não é preciso MOSTRAR na tela sempre tudo -a nossa imaginação cumpre esse papel perfeitamente, às vezes melhor. acho que o facto de ela "contar" o que aconteceu aos companheiros, sem que essas previsões seja necessariamente verdadeiras - o que deixa sempre uma margem para a incerteza - até deu ao final um tom mais dramático à coisa.
Certo, ninguém disse que tinnham de mostrar tudo. Imaginar, em si, não tem mal nenhum (afinal de contas, todos tivemos de imaginar 3/4 da trama do torment, e não é por isso que deixa de ser um grande jogo), mas nos dias que correm, esperava mais da Obsidian.

Mas eu discordo de ti, é quando afirmas que dá um tom mais dramático ao final. Um simples monólogo (que era o final do jogo), não me parece algo de muito dramático, mesmo com um excelente voice-acting. Sempre fui picuinhas com este tipo de coisas, pois sou um homem do cinema, e acho que os jogos, deviam tentar explorar barreiras emocionais idênticas, em vez de caírem em "armadilhas" como esta.

Não digo que tivesse de haver uma gloriosa FMV (apesar de nos dias de hoje, com a tecnologia existente, isso seria o mais lógico), mas pelo menos uma cutscene em que os nossos companheiros lutassem ao nosso lado, e talvez até se tivessem de sacrificar (como era pretendido pela Obsidian) ajudava muito mais ao buildup da cena final. Lembro que esta cenas estão lá, embora incompletas e mal editadas.

Assim, em vez de sermos galardoados com um simples monólogo, sem companheiros, com meia dúzia de desculpas esfarrapadas para o facto, teríamos uma épica batalha final, onde o sacrifício dos nossos companheiros teria um significado, seguido do monólogo de Kreya. Quem não preferiria o segundo final?

Contínuo a achar que o nível de malachor é o pior do jogo, as personagens desaparecem, existem ambiguídades no contexto das cenas (sobretudo o Bao-dur e os robôs), e a estranha sensação de que falta algo ali. Eu até gostei de o final ser em aberto, a ideia de que o exilado parte para o Outer Rim, é uma ideia muito "Star Wars", mas achei que o buildup era simplesmente incompleto. Enfim, é a minha opinião, mas não me impede de achar o kotor2 um dos melhores jogos que já joguei.
pessoalmente achei romântica a ideia de que os nossos companheiros de viagem têm um destino que vai para além do nosso. E um FMV nem sempre garante um maior "punch" emocional. É como te digo: achei o final do primeiro KOTOR muito mais anticlimático e emocionalmente vazio. Ok, a Obsidian foi forçada a deixar cair muitas ideias que podiam ter melhorado o produto final... mas também podiam ter piorado. Como se vê no cinema, nem sempre as visões mais "puras" dos realizadores são melhores que as versões que foram submetidas a um espartilho imposto pelos estúdios. Como exemplo, dou o Apocalypse Now Redux, que para mim é uma revisão completamente inchada e self important de uma obra-prima. Para mim, o KOTOR 2 funcionou do primeiro ao último minuto.

Claro que como há gente que prefere a versão Redux, compreendo e aceito que há muita gente que prefere esta revisão do Coppola, assim como aceito e compreendo que há muita gente que preferia um tratamento diferente para o KOTOR2. É sinal de que o jogo é capaz de produzir respostas emocionais em diferentes pessoas e de as pôr a debater, e isso é afinal o que todos os jogos deveriam ser capazes de almejar. O que só prova a grandeza do KOTOR :-)
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Mensagem por Maedhros » quarta 01 fev 2006, 17:31

NCalvin Escreveu: pessoalmente achei romântica a ideia de que os nossos companheiros de viagem têm um destino que vai para além do nosso. E um FMV nem sempre garante um maior "punch" emocional. É como te digo: achei o final do primeiro KOTOR muito mais anticlimático e emocionalmente vazio. Ok, a Obsidian foi forçada a deixar cair muitas ideias que podiam ter melhorado o produto final... mas também podiam ter piorado. Como se vê no cinema, nem sempre as visões mais "puras" dos realizadores são melhores que as versões que foram submetidas a um espartilho imposto pelos estúdios. Como exemplo, dou o Apocalypse Now Redux, que para mim é uma revisão completamente inchada e self important de uma obra-prima. Para mim, o KOTOR 2 funcionou do primeiro ao último minuto.

Claro que como há gente que prefere a versão Redux, compreendo e aceito que há muita gente que prefere esta revisão do Coppola, assim como aceito e compreendo que há muita gente que preferia um tratamento diferente para o KOTOR2. É sinal de que o jogo é capaz de produzir respostas emocionais em diferentes pessoas e de as pôr a debater, e isso é afinal o que todos os jogos deveriam ser capazes de almejar. O que só prova a grandeza do KOTOR :-)
Apocalypse Now Redux é um caso diferente. A montagem original do Apocalypse Now tinha o aval de Coppola, e foi apenas necessária devido à exagerada duração do filme, que (juntamente com outros aspectos), prejudicava bastante o filme. É uma prática muito comum nos filmes, e, se às vezes prejudica a obra, muitas vezes tem todo o sentido. Para além disso, Apocalypse Now, não tem nenhum momento em que as cenas cortadas interfiram na acção. O mesmo não se pode dizer do KOTOR II. Só isso mostra a diferença entre as duas montagens, uma foi feita por motivos artísticos e/ou comerciais, a outra por falta de tempo para completar a obra.

No caso de KOTOR II, o final original tinha muito mais emoção e build up que na versão retail. Acho que isso é consensual, só não verá, quem não quiser. Eu percebo, que não tenham notado esse vazio tanto como eu, mas eu sempre achei que isso prejudicava o jogo, e não sou o único.

Quem não acha, que um final digno de Torment, não ficaria melhor no KOTOR II?

Quanto ao final de KOTOR, anticlimático ou não, foi executado na perfeição. Sempre achei que a história do primeiro KOTOR era inferior à de Sith lords. Mas o final de KOTOR era épico, esclarecedor, e não ignorava o papel que cada personagen tinha a desempenhar. Nunca, por um momento, duvidei da "veracidade" e "completude" da obra. O mesmo, nunca direi de Sith Lords, onde todo o trabalho da construção de personagens (tão bem delineado ao longo do jogo), se parece esvair nos últimos momentos, "só porque a nave se despenha". Enfim, são visões diferentes da mesma obra. E sim, isso é a prova de que Sith Lords é um grande jogo (nunca disse o contrário...), mas é também a grande prova, de que o final não é concensual. As grandes obras, são vistas pelos seus admiradores como perfeitas. Eu admiro Sith Lords, mas não o acho perfeito.

Para além disso, toda esta conversa, tem um motivo. Concordemos ou não, que o final poderia estar melhor, acho claro, que houve interferência da produtora LucasArts sobre a visão artística da Obsidian, e este tipo de interferência, quanto mais não seja por questões de princípios éticos, deve ser sempre criticada, seja em jogos, filmes, ou qualquer outra forma de arte.
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Mensagem por NCalvin » quarta 01 fev 2006, 17:44

Maedhros Escreveu: Apocalypse Now Redux é um caso diferente. A montagem original do Apocalypse Now tinha o aval de Coppola, e foi apenas necessária devido à exagerada duração do filme, que (juntamente com outros aspectos), prejudicava bastante o filme. É uma prática muito comum nos filmes, e, se às vezes prejudica a obra, muitas vezes tem todo o sentido. Para além disso, Apocalypse Now, não tem nenhum momento em que as cenas cortadas interfiram na acção. O mesmo não se pode dizer do KOTOR II. Só isso mostra a diferença entre as duas montagens, uma foi feita por motivos artísticos e/ou comerciais, a outra por falta de tempo para completar a obra.

No caso de KOTOR II, o final original tinha muito mais emoção e build up que na versão retail. Acho que isso é consensual, só não verá, quem não quiser. Eu percebo, que não tenham notado esse vazio tanto como eu, mas eu sempre achei que isso prejudicava o jogo, e não sou o único.
A montagem do primeiro Apocalypse Now também foi justificada pelo facto do orçamento e tempo previstos para a rodagem terem sido ultrapassados até ao absurdo, portanto não vejo assim tanta diferença. Seja como for, não me interessam os motivos logísticos e/ou comerciais que levam uma obra a ser o que é, interessa-me que a partir do momento que sai é uma obra singular que tem de ser avaliada como tal e não em bases especulativas sobre o que seria ou poderia ser.

Compreendo que aches que prejudica o jogo, e compreendo também que não sejas o único. Mas esse argumento, tal como o "só não verá, quem não quiser", também joga a meu favor: eu não me senti defraudado, e também não sou o único a achá-lo. É um empate técnico. Não é um final consensual? Pois não, mas isso não é necessariamente mau: é bom.
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Mensagem por Prime Operative » quarta 01 fev 2006, 18:00

Bom, começo agora eu a discordar do Maedhros... Acho que o monólogo final foi uma óptima maneira de terminar o jogo e deixar-nos a saber o que aconteceu aos nossos companheiros a partir daí. E sou da opinião que o vídeo final da Ebon Hawk a partir para o desconhecido é a maneira perfeita de acabar o jogo (ignorando o facto de que passei Korriban a julgar que a Hawk tinha ido para o céu das naves, o que agora sei que teria acontecido se não fosse pelo conteúdo cortado).

Lembrou-me bastante do fim dos Fallouts com o Ron Perlman a contar-nos como tínhamos influenciado o mundo à nossa volta.
Última edição por Prime Operative em quarta 01 fev 2006, 18:08, editado 1 vez no total.
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Mensagem por Maedhros » quarta 01 fev 2006, 18:05

NCalvin Escreveu: A montagem do primeiro Apocalypse Now também foi justificada pelo facto do orçamento e tempo previstos para a rodagem terem sido ultrapassados até ao absurdo, portanto não vejo assim tanta diferença. Seja como for, não me interessam os motivos logísticos e/ou comerciais que levam uma obra a ser o que é, interessa-me que a partir do momento que sai é uma obra singular que tem de ser avaliada como tal e não em bases especulativas sobre o que seria ou poderia ser.

Compreendo que aches que prejudica o jogo, e compreendo também que não sejas o único. Mas esse argumento, tal como o "só não verá, quem não quiser", também joga a meu favor: eu não me senti defraudado, e também não sou o único a achá-lo. É um empate técnico. Não é um final consensual? Pois não, mas isso não é necessariamente mau: é bom.
A montagem de Apocalypse now não é justificada por "orçamento e tempo previstos para a rodagem terem sido ultrapassados até ao absurdo". A montagem foi feita após o facto, e Redux é a prova de que a obra foi toda filmada a tempo de ser mostrada ao grande público. Foi excluída por aumentar o tempo de filme, para além de um limite razoável, e por conter algumas cenas de nudismo (práticas de montagem muito comuns nas décadas 70-80).

Claro que as obras são avaliadas pelo produto final, não contesto isso, por ser assim, é que estou a contestar o final de Sith Lords. Mas ignorar a história por detrás de uma obra de arte é absurdo. A visão de Coppola foi transmitida com fidelidade em Apocalypse Now, enquanto que a visão da Obsidian não foi necessariamente cumprida em Sith Lords (pelo menos, do meu ponto de vista, claro).

O ,"só não verá quem não quiser", não é argumento nenhum. É uma mera constatação do facto de, que se vires o conteúdo que foi retirado de Sith Lords, com uma mente aberta, (seja no futuro mod ou nos ficheiros de jogo) verás que o final original é melhor. Pelo menos, ainda estou para ver quem não pense assim.

Eu nunca disse que o final de KOTOR II era mau, simplesmente está alguns furos abaixo do resto da obra, e mostra inconsistências graves, que denotam um jogo incompleto. Percebo que nem todos tenham essa visão, mas eu acho que é clara.
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Mensagem por NCalvin » quarta 01 fev 2006, 18:16

Maedhros Escreveu:
NCalvin Escreveu: A montagem do primeiro Apocalypse Now também foi justificada pelo facto do orçamento e tempo previstos para a rodagem terem sido ultrapassados até ao absurdo, portanto não vejo assim tanta diferença. Seja como for, não me interessam os motivos logísticos e/ou comerciais que levam uma obra a ser o que é, interessa-me que a partir do momento que sai é uma obra singular que tem de ser avaliada como tal e não em bases especulativas sobre o que seria ou poderia ser.

Compreendo que aches que prejudica o jogo, e compreendo também que não sejas o único. Mas esse argumento, tal como o "só não verá, quem não quiser", também joga a meu favor: eu não me senti defraudado, e também não sou o único a achá-lo. É um empate técnico. Não é um final consensual? Pois não, mas isso não é necessariamente mau: é bom.
A montagem de Apocalypse now não é justificada por "orçamento e tempo previstos para a rodagem terem sido ultrapassados até ao absurdo". A montagem foi feita após o facto, e Redux é a prova de que a obra foi toda filmada a tempo de ser mostrada ao grande público. Foi excluída por aumentar o tempo de filme, para além de um limite razoável, e por conter algumas cenas de nudismo (práticas de montagem muito comuns nas décadas 70-80).

Claro que as obras são avaliadas pelo produto final, não contesto isso, por ser assim, é que estou a contestar o final de Sith Lords. Mas ignorar a história por detrás de uma obra de arte é absurdo. A visão de Coppola foi transmitida com fidelidade em Apocalypse Now, enquanto que a visão da Obsidian não foi necessariamente cumprida em Sith Lords (pelo menos, do meu ponto de vista, claro).

O ,"só não verá quem não quiser", não é argumento nenhum. É uma mera constatação do facto de, que se vires o conteúdo que foi retirado de Sith Lords, com uma mente aberta, (seja no futuro mod ou nos ficheiros de jogo) verás que o final original é melhor. Pelo menos, ainda estou para ver quem não pense assim.

Eu nunca disse que o final de KOTOR II era mau, simplesmente está alguns furos abaixo do resto da obra, e mostra inconsistências graves, que denotam um jogo incompleto. Percebo que nem todos tenham essa visão, mas eu acho que é clara.
Claro que a montagem foi feita após os problemas referidos, mas se o Coppola achava importante o filme ultrapassar os 200 minutos de filme agora, porque não o achou na altura? Quanto ao corte de cenas de nudismo ser comum nos anos 70 e 80... bom, nunca houve tanta nudez no cinema como nessas décadas.

A visão de Coppola foi transmitida com fidelidade no primeiro? Então porque revê-la mais de 20 anos depois?

"O ,"só não verá quem não quiser", não é argumento nenhum. É uma mera constatação do facto de, que se vires o conteúdo que foi retirado de Sith Lords, com uma mente aberta, (seja no futuro mod ou nos ficheiros de jogo) verás que o final original é melhor. Pelo menos, ainda estou para ver quem não pense assim."

Não sei se seria melhor ou não, porque esse final não existe senão no papel, portanto estás a ver-me a mim. Se existir de outra forma qualquer, estarei cá para dar a minha opinião, embora à partida eu considere extremamente negativo esse tipo de revisionismos, especialmente neste caso em que nem sequer é feito pelos autores.
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Mensagem por Maedhros » quarta 01 fev 2006, 18:19

Prime Operative Escreveu:Bom, começo agora eu a discordar do Morbus... Acho que o monólogo final foi uma óptima maneira de terminar o jogo e deixar-nos a saber o que aconteceu aos nossos companheiros a partir daí. E sou da opinião que o vídeo final da Ebon Hawk a partir para o desconhecido é a maneira perfeita de acabar o jogo (ignorando o facto de que passei Korriban a julgar que a Hawk tinha ido para o céu das naves, o que agora sei que teria acontecido se não fosse pelo conteúdo cortado).

Lembrou-me bastante do fim dos Fallouts com o Ron Perlman a contar-nos como tínhamos influenciado o mundo à nossa volta.
Mas não achas que falta build up até ao momento do monólogo?
O monólogo, em si, está muito bem escrito (nuca questionei isso). Mas sem o resto, parece-me uma desculpa infeliz para final. A completa falta de consequência, às acções do exilado, perpetuada pela voz de Kreya, deixou-me um sentido de vazio e de falta de profundidade.

Houve momentos em que o monólogo me fez lembrar o típico final de rpg japonês, em que temos direito a um curto texto sobre o destino de cada personagem. Será, que era esse o final ideal para uma obra, que desafia tantas convenções?

A parte da nave a a partir para o desconhecido, faz todo o sentido, e encaixa bem na Natureza do Universo Star Wars, mas, como tudo o resto, pareceu-me mais uma nota em falso, sem qualquer ressonância no resto do final. Enfim, não me quero prolongar mais, no assunto. Todos nós concordamos, que Sith Lords é um dos melhores rpg's de sempre, fiquemo-nos por esse consenso.
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Mensagem por Prime Operative » quarta 01 fev 2006, 18:25

Maedhros Escreveu: Todos nós concordamos, que Sith Lords é um dos melhores rpg's de sempre, fiquemo-nos por esse consenso.
Sim, porque parece-me que é a única coisa em que vamos concordar completamente no que toca ao jogo :D
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Mensagem por Maedhros » quarta 01 fev 2006, 18:51

NCalvin Escreveu: Claro que a montagem foi feita após os problemas referidos, mas se o Coppola achava importante o filme ultrapassar os 200 minutos de filme agora, porque não o achou na altura? Quanto ao corte de cenas de nudismo ser comum nos anos 70 e 80... bom, nunca houve tanta nudez no cinema como nessas décadas.

A visão de Coppola foi transmitida com fidelidade no primeiro? Então porque revê-la mais de 20 anos depois?

"O ,"só não verá quem não quiser", não é argumento nenhum. É uma mera constatação do facto de, que se vires o conteúdo que foi retirado de Sith Lords, com uma mente aberta, (seja no futuro mod ou nos ficheiros de jogo) verás que o final original é melhor. Pelo menos, ainda estou para ver quem não pense assim."

Não sei se seria melhor ou não, porque esse final não existe senão no papel, portanto estás a ver-me a mim. Se existir de outra forma qualquer, estarei cá para dar a minha opinião, embora à partida eu considere extremamente negativo esse tipo de revisionismos, especialmente neste caso em que nem sequer é feito pelos autores.
1. Deixemo-nos de retóricas. Se Coppola soubesse das ondas de choque, que o seu filme iria provocar nas audiências e na crítica, na altura em que fez o filme, ele teria alterado muitas coisa na obra, não?

A questão é, que ele (e a produtora), sabiam do risco (comercial e crítico) que era lançar um filme de 200 minutos para as salas de cinema. Um risco financeiro que estava em causa, sobretudo devido ao custo do filme.

Ele reveu Apocalypse Now, 20 anos depois, para mostar a obra completa que tinha feito, tal como (quase) todos os realizadores fazem hoje em dia. Ele hoje sabe, que Apocalypse Now é uma obra de referência, e tudo o que ele faça relacionado com ela será um sucesso, e uma oportunidade para que a sua visão artística lhe dê mais dinheiro e reconhecimento. Como disse, quase todos os realizadores fazem isso, e não é sinal de que não estivessem contentes com as montagens originais.

2. Nudez. A nudez sempre causou escândalo em países conservadores (EUA, UK, etc...), e mesmo tendo saído muitos filmes com esse conteúdos, esse facto não esconde que muitos não fossem prejudicados por esse conteúdo. Aconselho-te a ir ver as listas de filmes banidos, durante essas décadas, por conterem conteúdos adultos. Encontrarás lá, grande parte das obras primas feitas nesses anos ("O Último Tango em Paris", "Laranja Mecânica", etc.).

Portanto, esse é motivo de sobra, para muitas cenas de nudismo caírem na sala de montagem. Eram tempos diferentes, em que o nudismo era olhado como pornografia por muitos países (democráticos ou não). Estranhamente, Portugal, sempre teve acesso a estas películas (viva o 25 de Abril), e Coimbra, por exemplo (e porque é a minha cidade), era um local onde muitos europeus vinham ver certos filmes proibidos nos seus países de origem.

3. O final não existe meramente no papel. Está (quase) completamente delineado em scripts, e existem muitos ficheiros de som com as falas previstas das personagens. A equipa que está a restaurar o final está (alegadamente) a usar os scripts como referência, de forma a não se desviar o jogo do intuito inicial da Obsidian.

A Obsidian nunca poderia fazer o final que desejava, pois as claúsulas do contrato com a Lucas Arts nunca o permitiriam. Mesmo sendo feita, por amadores, a Lucas Arts ainda levantou alguns problemas (devido à sua política anti-mod). Não nos esqueçamos, que os ficheiros usados foram fornecidos pela própria Obsidian, e eu, pessoalmente, vejo esse acto como Freud veria, "nós não o podemos fazer, mas talvez vocês o possam fazer por nós."

Concluindo: já percebi, que fui o único a estranhar o final. E por isso, esta discussão deixou de ter interesse. Pelo menos, deu para esgrimir argumentos. Espero que KOTOR III, seja tão bom, ou melhor, que o II.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine

A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
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Mensagem por NCalvin » quarta 01 fev 2006, 19:03

Maedhros Escreveu:
1. Deixemo-nos de retóricas. Se Coppola soubesse das ondas de choque, que o seu filme iria provocar nas audiências e na crítica, na altura em que fez o filme, ele teria alterado muitas coisa na obra, não?

A questão é, que ele (e a produtora), sabiam do risco (comercial e crítico) que era lançar um filme de 200 minutos para as salas de cinema. Um risco financeiro que estava em causa, sobretudo devido ao custo do filme.

Ele reveu Apocalypse Now, 20 anos depois, para mostar a obra completa que tinha feito, tal como (quase) todos os realizadores fazem hoje em dia. Ele hoje sabe, que Apocalypse Now é uma obra de referência, e tudo o que ele faça relacionado com ela será um sucesso, e uma oportunidade para que a sua visão artística lhe dê mais dinheiro e reconhecimento. Como disse, quase todos os realizadores fazem isso, e não é sinal de que não estivessem contentes com as montagens originais.
óbvio, mas nesse caso não me fales da fidelidade da obra original à visão do autor.
Maedhros Escreveu: 2. Nudez. A nudez sempre causou escândalo em países conservadores (EUA, UK, etc...), e mesmo tendo saído muitos filmes com esse conteúdos, esse facto não esconde que muitos não fossem prejudicados por esse conteúdo. Aconselho-te a ir ver as listas de filmes banidos, durante essas décadas, por conterem conteúdos adultos. Encontrarás lá, grande parte das obras primas feitas nesses anos ("O Último Tango em Paris", "Laranja Mecânica", etc.).

Portanto, esse é motivo de sobra, para muitas cenas de nudismo caírem na sala de montagem. Eram tempos diferentes, em que o nudismo era olhado como pornografia por muitos países (democráticos ou não). Estranhamente, Portugal, sempre teve acesso a estas películas (viva o 25 de Abril), e Coimbra, por exemplo (e porque é a minha cidade), era um local onde muitos europeus vinham ver certos filmes proibidos nos seus países de origem.
Não preciso de ver as listas. Devem ser poucos os video nastys e filmes banidos que não tenho em minha casa, e procuro sempre DVDs sem cenas cortadas pela censura, portanto sei perfeitamente do que estou a falar. Invocaste o facto de terem sido cortadas cenas de nudez no primeiro Apocalypse Now como um dos motivos para justificar uma revisão e é por isso que o comentei, mas não tem qualquer relevância para o debate.
Maedhros Escreveu: 3. O final não existe meramente no papel. Está (quase) completamente delineado em scripts, e existem muitos ficheiros de som com as falas previstas das personagens. A equipa que está a restaurar o final está (alegadamente) a usar os scripts como referência, de forma a não se desviar o jogo do intuito inicial da Obsidian.
Existe "no papel" é uma expressão que usei para significar que não estão na obra final. A equipa que está a restaurar o final é constituída por voluntários que não estão satisfeitos com o KOTOR 2 tal como ele existe agora, portanto o resultado que daí sairá terá tanto valor como uma restauração da Mona Lisa em que os "restauradores" acharam que um sorriso menos ambíguo seria mais esclarecedor, ou que esculpissem uma nova cabeça para a Vénus de Samotrácia.
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Mensagem por Morbus » quarta 01 fev 2006, 19:40

Maedhros: sabes bem que não és o único aqui a estranhar o final. Eu também estranhei, especialmente a parte da nava se escaqueirar lá em baixo (dramatiquíssimo) e depois toca a levantar voo... [xx(] Para além de ser uma coisa totalmente inexplicada é um Deus Ex Machina puro...

- Ai, e agora como é que ele sai do planeta se a nave se desfez?
- Oh! Isso resolve-se já! - E toca de por a nave a sair num final "triunfante" com o planeta em cacos atrás dela... [xx(]

Quanto ao valor do Mod ou da revisão NCalvin, eu (que sou eu não quer dizer que esteja certo) aprecio uma obra pela obra e não pelo autor. Se entender que o final da correcção é melhor que o final do original, entendo-o e não quero saber de quem o fez. Mas isso sou eu, e entendo muito bem que haja outros que não o façam...
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris

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