Como tornar um RPG mais rico???

Para falerem tudo sobre jogos e companhia

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Master Thief
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Mensagem por Master Thief » quinta 26 abr 2007, 1:30

Role-Player Escreveu:É relativo; acho que muitas vezes os jogadores vão atrás do que gostam independentemente da perspectiva. Acho que, por exemplo, o sistema de combate (tempo real/combate por turnos/tempo real com pausa/etc.) divide mais opiniões do que primeira ou terceira pessoa. De resto, tem a ver como um jogo é desenvolvido. Olha para as aventuras gráficas de antigamente e como jogos como o Myst mudaram as preferências dos jogadores.
Pessoalmente sempre fui um pouco contra a 3ª pessoa. Houve muitos jogos que não joguei por imbirração com essa perspectiva. Isto porque tive más experiencias com a jogabilidade de alguns jogos na 3ª pessoa.
Mas adorei alguns, mesmo assim. O Heretic 2 e o Tomb Raider (1), por exemplo.
Em relação ao sistema tempo real/turnos, no X-Com dava para escolheres o que mais preferisses.

E tens razão nisso de não haver coerência nas consequencias. Isso também me chateia-me duma maneira...

Agora lembrei-me de um FPS que tive o prazer de jogar. Foi mesmo um prazer. Chamava-se Strife. Não era um RPG, mas era uma especie disso. Surpreendeu-me de muitas maneiras.
No começo eras um Zé Ninguém que caiu ali de para-quedas no meio de uma vila que se encontra sob ditadura de um louco qualquer. De repente falas com um gajo que te pede um pequeno favor. Ao completares esse favor, o gajo fica-te grato e da-te um pequeno aparelho que foi das melhores coisas que vi nesse jogo. O aparelho é um computador inteligente que fala contigo, com uma voz femenina, e guia-te para onde tens que ir e ajuda-te a saber o que tens de fazer ou até como faze-lo. E é uma optima companhia para o jogo todo. Ela (o computador) guia-te para um sitio secreto onde descobres uma frente revolucionaria que te "contrata" para ajudar à libertação da vila. Depois é sempre a subir. Vais ganhando um certo poder e chegas até a participar (opcionalmente) num ataque ao castelo onde vês muitos soldados da frente revolucionaria aos tiros contra o exercito do ditador. Esse era outro ponto forte do jogo. Participar num ataque deste genero é coisa que não vi em mais jogo nenhum que tenha jogado, e é por isso que acho o ambiente dos jogos muito morto. Lembro-me que a certa altura ja tinha eu tanto poder de fogo e de resistencia que matei o proprio chefe da frente rev. e o jogo continuava. Não era isso que fazia acabar o mundo. O unico defeito do jogo... :) era ser feito no motor grafico do Doom. Mas pronto, na altura não havia nada melhor, né?

Ja não se fazem jogos como antigamente... :roll:
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 9:43

Master Thief Escreveu:Em relação ao sistema tempo real/turnos, no X-Com dava para escolheres o que mais preferisses.
A construção de níveis requer uma abordagem diferente consoante ser tempo real ou por turnos. Um sistema por turnos permite coisas que o tempo real não, e o tempo real outras que o por turnos não. Um jogo em que dá para escolheres o que queres nunca será um jogo a 100%. Um pouco como em Oblivion, que dá para escolheres entre primeira e terceira pessoa, mas jogar em terceira pessoa é MUITO pior...
Master Thief Escreveu:E tens razão nisso de não haver coerência nas consequencias. Isso também me chateia-me duma maneira...
Não é de admirar... :? Nada mesmo.
Master Thief Escreveu:O aparelho é um computador inteligente que fala contigo, com uma voz femenina, e guia-te para onde tens que ir e ajuda-te a saber o que tens de fazer ou até como faze-lo. E é uma optima companhia para o jogo todo.
Não é por nada, mas isso não é parecido com aquela gaja do Halo?
Master Thief Escreveu:Ja não se fazem jogos como antigamente... :roll:
Absolutamente, e é "estranho" ver que outras pessoas pensam como eu mas por razões diferentes.
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Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
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Mensagem por ZéPróVinho » quinta 26 abr 2007, 11:47

Morbus Escreveu:
Master Thief Escreveu:O aparelho é um computador inteligente que fala contigo, com uma voz femenina, e guia-te para onde tens que ir e ajuda-te a saber o que tens de fazer ou até como faze-lo. E é uma optima companhia para o jogo todo.
Não é por nada, mas isso não é parecido com aquela gaja do Halo?
Issa ideia encontra-se no MaM Dark Messiah ...uma voz feminina na nossa cabeça...
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Mensagem por Master Thief » quinta 26 abr 2007, 23:56

Por acaso nunca joguei nenhum deles. Nem o Halo nem o Dark Messiah. Mas gosto de me sentir acompanhado nos jogos. Mas ainda assim, curiosamente o Half-Life (1) agarrou-me muito por causa da situação inversa. O jogo cria uma grande sensação de solidão e a esperança de que vamos conseguir encontrar a superficie... mas nunca mais la chegamos. Gostei desse.
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Mensagem por ZéPróVinho » sexta 27 abr 2007, 8:49

Já agora o unico rpg que me deu essa sensação foi Vagrant Story (rpg niponico)..pois eramos nos contra o mundo (literalmente falando...).
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Mensagem por Master Thief » segunda 30 abr 2007, 3:02

Agora me lembrei porque é que isso me veio à cabeça. É que faz-me confusão estar sempre a passar ao lado da acção propriamente dita. Enquanto andam todos a fazer algo grande eu ando enfiado em cavernas ou florestas ou seja la o que for, à procura de um objectivo rebuscado, que me faz perder toda a noção do que se está a passar realmente.

Algo tipo dizerem-me:
Já reunimos um exercito e finalmente depois de tantas dificuldades, que tu, enfiado na solidão dos sitios por onde andaste, nos ajudaste a ultrapassar, vamos para a batalha que nos trará a tranquilidade que tanto esperámos. Agora enquanto nós vamos derrubar o inimigo, tu, que tão importante és, vais-te enfiar num certo buraco onde possívelmente está escondido um artefacto com o qual vamos conseguir destruir não sei quê.

(a parte sublinhada é aquela parte que nos diz que o "objecto" está certamente nesse sitio.)

Nos RPGs que tenho jogado é esse o pão-nosso de cada dia. Ou estarei eu a jogar os RPGs errados??? NWN(1)/Icewind Dale/Arx Fatalis... sei la.

Porque é que se participa sempre na acção de uma forma indirecta? Quanto a mim faz-me perder a sensação de que estou a contribuir para algo grande. Nunca vejo realmente as consequencias dos meus actos em relação ao objectivo principal do jogo.
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Mensagem por Morbus » segunda 30 abr 2007, 6:20

Master Thief Escreveu:Nos RPGs que tenho jogado é esse o pão-nosso de cada dia. Ou estarei eu a jogar os RPGs errados??? NWN(1)/Icewind Dale/Arx Fatalis... sei la.
Provavelmene andas, mas não sei... Nos que EU tenho jogado não é assim: Arcanum, Silent Storm (Tactical RPG, portanto não há muito por onde mexer) e Baldur's Gate...
Master Thief Escreveu:Nunca vejo realmente as consequencias dos meus actos em relação ao objectivo principal do jogo.
Ah! Isso é o que não falta, escolha sem consequência, ou nada de escolha e nada de consequência na mesma... Deixa lá, eu também mando vir por causa disso...
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Mensagem por pimenta » segunda 30 abr 2007, 17:56

Por acaso nas historias em que não tens escolhas há sempre consequencias, concequencias das escolhas que a historia toma por ti... Não é bem um Role Play, mas, pronto...
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Ai estes jovens de 90 anos...
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