Jogos de Role-Play

Para falerem tudo sobre jogos e companhia

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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 0:07

Role-Player Escreveu:Quanto a jogos de computador não serem RPGs, discordo; quanto muito são mais limitados do que os PnP mas as bases ainda lá estão.
Mas sabes em que contexto se diz que os CRPG's não são RPG's não sabes? (as coisas têm que ser contextualizadas). Eu também discordo, até porque à P&P que são mais limitadores que alguns CPRG's... E continuam a ser RPG's, tal como disse.
Role-Player Escreveu:Mas se o Chris pensa o contrário ou de modo diferente, isso é com ele. Só posso discordar e dizer porquê - como aliás, acabei de fazer. Quem discorda que discorde.
:-k Acho que tens razão... Mas continuo a não me dar bem com deixar os outros ter a opinião deles sem discordar quando são contra a minha... :? Não sei, mas dizer "pensas assim? Tudo bem..." não vai com a minha maneira de ser. Se não concordo digo isso e explico porquê, e espero que o outro faça o mesmo de forma a que eu fique a saber mais... :? Aliás, isso é a base da discussão.
Role-Player Escreveu:Não é por me chamar "Role-Player" que sou uma autoridade.
Não, não é por isso :P
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Mensagem por Hunter » quinta 26 abr 2007, 0:08

Morbus Escreveu:
Hunter Escreveu:So se for verdade para ele, pois para mim nao é- Mas acho que tanto eu como milhares de pessoas somos incultos...
Quanto a ti não interessa, mas quanto aos milhares de pessoas, ai podes ter a certeza! Não duvides. :?
Duvido sim. Ja pensaste uma unica vez que fosse que possas estar errado na tua abordagem sobre o genero??? Ja pensaste que os videojogos conseguem transmitir de uma forma mais detalhada e complexa aquilo que os livros nao conseguem? JA pensaste por acaso o que era um rpg sem historia??? Por amor de Deus, sejamos coerentes...
Por exemplo: o que seria da saga Final Fantasy sem a sua componente principal que é a historia??? Decerto que nao teria metade dos fãs que tem...
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 0:16

Hunter Escreveu:Duvido sim. Ja pensaste uma unica vez que fosse que possas estar errado na tua abordagem sobre o genero???
Já! Claro que já! :-s Se não tivesse pensado nisso como pensas que eu tinha a certeza do que digo? :?
Hunter Escreveu:Ja pensaste que os videojogos conseguem transmitir de uma forma mais detalhada e complexa aquilo que os livros nao conseguem?
Não sei se estás bem a perceber a questão... A sério que não... Percebes alguma coisa do que se está a falar? :? Sabes o que são RPG's de papel e lápis?
Hunter Escreveu:JA pensaste por acaso o que era um rpg sem historia??? Por amor de Deus, sejamos coerentes...
Outra vez a mesma história? Mas tu não lês? Parece que estou a falar com uma parede... :roll:
Hunter Escreveu:Por exemplo: o que seria da saga Final Fantasy sem a sua componente principal que é a historia??? Decerto que nao teria metade dos fãs que tem...
Obviamente que não. E o que seria de Fallout sem a sua componente principal: a jogabilidade. Não tinha fã nenhum, isso te garanto... O que seria de a triologia O Padrinho sem história? Não tinha fãs nenhuns, nem se faziam três filmes sequer. O que seria de Richards Burn Rally sem jogabilidade? Não tinha ninguém que o jogasse... A não ser pelos gráficos... :roll:

Eu não vou discutir mais contigo enquanto tu não responderes aos argumentos que dei e que tu passaste à frente como se concordasses com eles.
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Mensagem por Chris » quinta 26 abr 2007, 0:45

O que não percebo é que como conseguem chamar de Role Play a algo que na vossa definição não necessita de uma história, e aonde a personagem que joga o jogo é completamente dependente daquilo que nós queremos fazer. Como é que se pode fazer um papel que não existe? Num jogo como por exemplo FinalFantasy existe um papel determinado e uma finalidade para as nossas acções, o mesmo acontece em jogos como KOTOR, mesmo havendo finais alternativos e ramificações temos um leque de papeis limitados que existem e quando decidimos como iremos jogar estamos a tomar posição e a escolher um desses papeis a seguir. Mas segundo percebi na definição do Morbus não existe realmente uma finalidade, como ele disse no Fallout a história não faz diferença e não é necessária, ora se isto não se verifica e se de uma forma ideal podemos fazer a nossa personagem da forma que queremos e joga-la no setting sem restrições e sem história, que possivel papel estamos a desempenhar? A meu ver nenhum. É por isso que digo que RPGs precisam forçosamente de uma história mais ou menos linear para que realmente possamos vestir o papel de uma personagem e desempenhar esse mesmo papel.

Desculpem lá as repetições, o meu vocabulário é muito restrito.
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Mensagem por Hunter » quinta 26 abr 2007, 1:11

Morbus Escreveu:
Hunter Escreveu:Duvido sim. Ja pensaste uma unica vez que fosse que possas estar errado na tua abordagem sobre o genero???
Já! Claro que já! :-s Se não tivesse pensado nisso como pensas que eu tinha a certeza do que digo? :?
Hunter Escreveu:Ja pensaste que os videojogos conseguem transmitir de uma forma mais detalhada e complexa aquilo que os livros nao conseguem?
Não sei se estás bem a perceber a questão... A sério que não... Percebes alguma coisa do que se está a falar? :? Sabes o que são RPG's de papel e lápis?
Hunter Escreveu:JA pensaste por acaso o que era um rpg sem historia??? Por amor de Deus, sejamos coerentes...
Outra vez a mesma história? Mas tu não lês? Parece que estou a falar com uma parede... :roll:
Hunter Escreveu:Por exemplo: o que seria da saga Final Fantasy sem a sua componente principal que é a historia??? Decerto que nao teria metade dos fãs que tem...
Obviamente que não. E o que seria de Fallout sem a sua componente principal: a jogabilidade. Não tinha fã nenhum, isso te garanto... O que seria de a triologia O Padrinho sem história? Não tinha fãs nenhuns, nem se faziam três filmes sequer. O que seria de Richards Burn Rally sem jogabilidade? Não tinha ninguém que o jogasse... A não ser pelos gráficos... :roll:

Eu não vou discutir mais contigo enquanto tu não responderes aos argumentos que dei e que tu passaste à frente como se concordasses com eles.
eu ja te referi que nao concordo com os teus argumentos. E para o caso de nao saberes, sim, eu ja joguei e muito os rpg's de lapis e papel. Nao tivesse eu feito colecçao desses e livros e ai sim podias chamar-me "nao entendido".
Mas visto que estas a falar com uma parede... É normal esse tipo de resposta quando a conversa nao nos agrada...
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Mensagem por Role-Player » quinta 26 abr 2007, 1:50

Chris Escreveu:O que não percebo é que como conseguem chamar de Role Play a algo que na vossa definição não necessita de uma história e aonde a personagem que joga o jogo é completamente dependente daquilo que nós queremos fazer.
Pen and Paper não é um RPG?

Depende do contexto em que estamos a usar o termo "estória". Estamos a falar de estória tradicional, de algo que nos é contado? Ou de estória enquanto um conjunto de experiências que podem ser organizadas numa narrativa sequencial? Uma coisa é sentarmo-nos e observarmos a estória de um qualquer Final Fantasy, a outra é definirmos nós como uma estória decorre e agrupar todos os eventos significativos e estruturá-los como uma estória. A estória do Fallout, por exemplo, não é linear: não precisamos de ir de ponto A para B para C. Podemos ir de A para C, de B para A ou esquecer tudo isso e saltar para o ponto D. Nesse aspecto, a estória é como nós avançamos pelo mundo virtual. De que maneira estás a encarar o termo? Estarei errado em assumir que te referes à maneira tradicional?

Como já disse, se retiramos a estória retiramos o apelo de um mundo virtual bem estruturado mas a estória não é necessária para criar as bases de um mundo virtual nem para criar contexto para o papel do jogador. Podes perfeitamente reduzir o Final Fantasy VII a um objectivo - destruir o Sephiroth. Não quer dizer que não haja um rol de eventos e situações por detrás de tudo isso ou que não haja uma estória, mas a estória só serve para glorificar esse objectivo, e o mesmo acontece com tantos outros RPGs. Olha para a série Elder Scrolls: tem um mundo virtual com uma história riquíssima e uma estória linear. A história cria o mundo virtual onde os personagens podem existir e a estória dá o contexto para os jogadores - mas os jogadores podem perfeitamente vestir papéis sem terem que tocar nos pontos obrigatórios da estória. Eles não precisam de a seguir para representar os papéis que escolhem representar. Um lutador aguerrido não precisa de seguir a estória linear para representar ferocidade em combate; um diplomata ganancioso não precisa de seguir a estória para enganar e mentir a outros personagens, e por aí fora.

A questão é, se uma estória apenas é um objectivo elaborado, precisamos de uma ideia de estória (ou seja, "o Príncipe das Trevas regressou da sua prisão etérea no Limbo Azul e invadiu o mundo de Killomatic e raptou a princesa Mordred - apenas tu, como último dos Saltaricos Sarapicos do Oeste, tens o poder e a força necessária para resgatar a Espada Maravilha +12 da Profundeza Infernal Que Por Acaso Tresanda a Enxofre") ou de um objectivo (ou seja, "salva a princesa")? Acho que ninguém nega a importância da estória em termos de ser eficaz na criação de mundos virtuais e de contexto para o jogador; o Planescape: Torment resultou precisamente por causa da estória e de como ela era contada. Mas no seu nível mais básico, precisamos disso para que um RPG mantenha a sua jogabilidade? Eu digo que não. Estórias são sempre boas mas o género já existia - e 'role-play'já existia - sem haver uma ideia clara de estória incorporada no jogo.

Além disso, o papel de um personagem não é exclusivamente definido pelo seu percurso através de uma estória linear. Um protagonista que salve uma cidade de invasores claramente está a ter um papel no mundo virtual. Detesto usar o mesmo exemplo, mas é eficaz: no Fallout, as tuas decisões podem salvar ou condenar comunidades inteiras - o teu personagem está inegavelmente a desempenhar um papel no mundo, um papel que tu escolheste. E não está a fazê-lo através da estória principal mas sim através de cenários opcionais - no entanto não é por isso que não podes escolher um papel e desempenhá-lo.

Como é que se pode fazer um papel que não existe?
Em Pen and Paper, não há uma estória propriamente dita: os Game Masters criam cenários que permitem aos jogadores vestir papéis e dedicarem-se às interacções entre personagens, à expressão e caracterização dos mesmos. A estória é uma "desculpa", por assim dizer, tanto quanto o é nas versões electrónicas: só serve para criar um cenário e um contexto onde os personagens podem ser representados. O papel existe mas cabe aos jogadores decidirem como o representar. A diferença está aí: em Pen and Paper e em alguns RPGs ocidentais, os jogadores podem - tendo em conta as limitações inerentes ao género quanto transposto para formato electrónico - decidir que papel é que os personagens vão ter no mundo virtual e na estória que lhes é apresentado. Nos jogos como o Final Fantasy, porém, os jogadores não representam um papel: regra geral, tu não defines o que eles dizem, fazem, quais as suas razões para estarem ali; nem defines o que acontece na narrativa principal. Concordo com a tua frase mas discordo de como a aplicas - se há algum sítio onde um papel não existe é precisamente em jogos como o Final Fantasy, onde nunca podemos dizer o que quer que seja sobre o personagem que, na maior parte do tempo, está em piloto automático. Aí, não estamos a representar nenhum papel: estamos a ver o papel dos personagens a ser representado.

Num jogo como por exemplo FinalFantasy existe um papel determinado e uma finalidade para as nossas acções. É por isso que digo que RPGs precisam forçosamente de uma história mais ou menos linear para que realmente possamos vestir o papel de uma personagem e desempenhar esse mesmo papel.
E porque é que deixa de ser um RPG se formos nós a determinar o papel e a finalidade para as nossas acções? Discordo com o que disseste pelas razões expressadas anteriormente porque no Final Fantasy os personagens desenvolvem-se independentemente das nossas acções. O Squall há-de ser sempre um idiota que manda as pessoas falarem com as paredes independentemente de eu querer que ele seja mais social, por exemplo. E o mesmo se aplica a tantos outros personagens.
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Mensagem por Chris » quinta 26 abr 2007, 2:13

Sim, estou a falar no sentido tradicional, e esta pode ser uma má analogia e já a fiz no outro post mas toma como exemplo um actor. Um actor tem um papel pre-determinado num filme, com certeza os actores de vez em quando improvisam as suas falas e acções para se adequarem à situação, mas seguem um script rigoroso que os leva a uma conclusão que é o final da história. A mesma coisa acontece num RPG, fazemos o nosso papel, escolhemos pequenas variações e experiênciamos o final que foi criado pelos designers. Isto para mim é desempenhar um papel. Ora eu não estou a dizer que é pior ou melhor mas estar num mundo com um certo setting e ter liberdade completa para fazer o que bem nos apetece, isso para mim é outra coisa senão desempenhar um papel.

Não quero parecer snob mas:

role /roʊl/ [rohl]
–noun

- a part or character played by an actor or actress.

dedução para jogos:

- a part or character played by a gamer

Ou seja, existe uma história predefenida para nós desempenharmos o papel de uma personagem e joga-la nessa história.

Ora se não existe história e a personagem é completamente aleatória (criada por nós em todos os aspectos) onde é que está o papel? Estou sempre a bater na mesma tecla :\
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Mensagem por Role-Player » quinta 26 abr 2007, 2:32

Chris Escreveu:Ora se não existe história e a personagem é completamente aleatória (criada por nós em todos os aspectos) onde é que está o papel? Estou sempre a bater na mesma tecla :\
O papel é aquele que tu quiseres e definires. O personagem há-de ter sempre um objectivo dentro da estória principal, mas pode ter outro fora dela. É aí que entram as nossas decisões.

No Baldur's Gate hás-de ser sempre um filho ou filha de Bhall. É o papel do personagem na estória principal, mas fora dela podes desempenhar o papel que quiseres dentro dos limites do jogo: um dwarf pouco social, um Bardo ganancioso que anda com a cabeça a prémio, um lutador que se especializa em fisgas, e por aí fora. No Fallout hás-de sempre ser um Vault Dweller à procura do Water Chip mas podes decidir o que fazer. Podes ajudar o Vault 13, podes ignorá-los e deixar os seus habitantes morrer, podes esquecer o chip e impedir directamente a ameaça mutante. Neste último, tens um objectivo (salvar o Vault 13) mas tu decides como fazer isso. Podes até não querer salvá-lo e juntares-te ao Master. Os designers dão-te um tema e um objectivo, e tu defines como a estória se desenrola e como o teu personagem se comporta.

Se não há um contexto propriamente dito (nenhum grande monstro para matar, nenhuma princesa para salvar) podes sempre criar o teu contexto. Em muitos RPGs (não em todos, infelizmente), podes determinar as personalidades dos teus personagens e expressar um papel através de diálogos, acções no mundo virtual e pelo uso das habilidades do personagem. Isto permite que fora da estória - e em alguns casos, dentro dela - tu decidas o papel. Algumas das melhores experiências de 'role-play' que tenho com RPGs electrónicos parte precisamente disso - ignorar a estória principal e ir definindo a personalidade do personagem pelo mundo virtual.
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 10:22

Chris Escreveu:O que não percebo é que como conseguem chamar de Role Play a algo que na vossa definição não necessita de uma história, e aonde a personagem que joga o jogo é completamente dependente daquilo que nós queremos fazer. Como é que se pode fazer um papel que não existe?
Crias esse papel. Aí é que é a base dos RPG's...
Chris Escreveu:Mas segundo percebi na definição do Morbus não existe realmente uma finalidade, como ele disse no Fallout a história não faz diferença e não é necessária, ora se isto não se verifica e se de uma forma ideal podemos fazer a nossa personagem da forma que queremos e joga-la no setting sem restrições e sem história, que possivel papel estamos a desempenhar? A meu ver nenhum.
Desepenhas o mesmo tipo de papel que desempanhas na vida real. Ou o papel só existe se for criado pelos outros? :|
Hunter Escreveu:eu ja te referi que nao concordo com os teus argumentos.
Hunter Escreveu:E para o caso de nao saberes, sim, eu ja joguei e muito os rpg's de lapis e papel. Nao tivesse eu feito colecçao desses e livros e ai sim podias chamar-me "nao entendido".
Ahem... Por acaso os RPG's de papel e lápis que estás a falar não são as Aventuras Fantásticas pois não? :? É que os RPG's de papel e lápis mais desenvolvidos e complexos (aos quais eu me refiro OBVIAMENTE) são os RPG's como Dungeons & Dragons e afins... E esses são com PESSOAS, mais que com livros... :|
Hunter Escreveu:Mas visto que estas a falar com uma parede... É normal esse tipo de resposta quando a conversa nao nos agrada...
Conversa?! :shock: Que conversa? O que tu tens feito é dizer que eu estou errado e que não faço lógica, ainda estou para ver UM ARGUMENTO da tua parte que contradiga o que eu disse... :roll:

Volto-te a perguntar: sabes o que são os bons RPG's de papel e lápis? É porque quando dizes que eles não têm capacidade como os RPG's de computador só mostras ignorância, mais nada. É que não é uma questão de opiniões, é uma questão de factos. Eu não tinha lógica se dissesse que acho que uma PlayStation 2 é mais forte que a XBox360, e não podia dizer "Ah! São opiniões" é uma questão de saber. E dizer que os CRPG's são conseguem coisas melhores que os PnPRPG's só mostra que não sabes... :|
Role-Player Escreveu:Depende do contexto em que estamos a usar o termo "estória". Estamos a falar de estória tradicional, de algo que nos é contado? Ou de estória enquanto um conjunto de experiências que podem ser organizadas numa narrativa sequencial? Uma coisa é sentarmo-nos e observarmos a estória de um qualquer Final Fantasy, a outra é definirmos nós como uma estória decorre e agrupar todos os eventos significativos e estruturá-los como uma estória. A estória do Fallout, por exemplo, não é linear: não precisamos de ir de ponto A para B para C. Podemos ir de A para C, de B para A ou esquecer tudo isso e saltar para o ponto D. Nesse aspecto, a estória é como nós avançamos pelo mundo virtual.
O que eu me admiro é porque é que é preciso explicar estas coisas tão básicas?
Role-Player Escreveu:Estórias são sempre boas mas o género já existia - e 'role-play'já existia - sem haver uma ideia clara de estória incorporada no jogo.
Exactamente como eu penso.
Role-Player Escreveu:Detesto usar o mesmo exemplo, mas é eficaz: no Fallout *snip*
É uma pena que não haja muitos mais exemplos semelhantes, mas é um facto que eu também detesto estar sempre a repetir o mesmo título :( Se até a mim me incomoda, fará aos outros :P
Role-Player Escreveu:*snip* E não está a fazê-lo através da estória principal mas sim através de cenários opcionais - no entanto não é por isso que não podes escolher um papel e desempenhá-lo.
Eu chamo a esses "cenários opcionais" (ponho as aspas porquem em Fallout tudo é opcional, de um ponto de vista do design) setting eles próprios. Não são a história do jogo, são parte do setting, do ambiente do jogo, que está lá quer o jogador entre quer não. O Harold vai ser sempre velho, os mutantes vão sempre invadir, o vault vai sempre perder água até morrer de cede, o Enclave vai sempre ter o seu plano e vai sempre atacar a aldeia, et cetera.
Role-Player Escreveu:Em Pen and Paper, não há uma estória propriamente dita *snip*
Outra coisa que eu estranho: porque é que é preciso dizer mais que isto? :roll:
Role-Player Escreveu:Aí, não estamos a representar nenhum papel: estamos a ver o papel dos personagens a ser representado.
Exactamente como eu disse há bocado: "Essa é precisamente a diferença entre um RPG e um Livro (ou um filme vá) ;) Tu crias o teu role, e não simplesmente segues."
Chris Escreveu:*snip* A mesma coisa acontece num RPG *snip*
Com a excepção de que num RPG, idealmente, somos nós a criar o guião, e não o autor do setting... Depois segues esse guião tal e qual como um actor. É essa a base do role-play, quer seja no cinema, no teatro, na música ou nos jogos.
Chris Escreveu:fazemos o nosso papel, escolhemos pequenas variações e experiênciamos o final que foi criado pelos designers. Isto para mim é desempenhar um papel.
Diz-me uma coisa: tu no cinema estás a desempenhar um papel? Não. Porquê? Porque não és tu que MANDAS naquilo. Da mesma maneira, nos jogos em que não MANDAS naquilo também não desempenhas papel. E só desempenhas papel quando realmente MANDAS, quer seja na espada que usas, na fala que escolhes ou na personalidade que queres que a personagem tenha... :?
Chris Escreveu:Ou seja, existe uma história predefenida para nós desempenharmos o papel de uma personagem e joga-la nessa história.
És tu que defines a história, não o autor do RPG :roll: (nos que é assim, claro).
Chris Escreveu:Ora se não existe história e a personagem é completamente aleatória (criada por nós em todos os aspectos) onde é que está o papel? Estou sempre a bater na mesma tecla :\
És tu que o crias (pela enésima vez). Como o Roe-Player disse, mas eu estou a responder aos posts por ordem, sem ler em detalhe o que vem a seguir :P
Role-Player Escreveu:Os designers dão-te um tema e um objectivo, e tu defines como a estória se desenrola e como o teu personagem se comporta.
Por esse mesmo facto é que eu disse que Fallout não tem história (e também disse que tinha porque á uma coisa que não podemos controlar (infelizmente), que é o que disseste ainda agora: o passado do Vault Dweller). Era muito mais interessante se pudesses mandar o tanso do overseer logo às couves, no início do jogo, e depois vinha OUTRO vault dweller fazer a missão que era para ti, e depois podias tu interajir com ele, incluivé impedi-lo de concretizar a missão. Na minha opinião, isso é uma coisa que iria ajudar MUITO Fallout: escolher o background, tanto no primeiro como no segundo. Um pouco como no Temple of Elemental Evil, embora mais desenvolvido e aplicado ao setting. E era uma coisa fácil de implementar no jogo. Bastante fácil até... :?
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Mensagem por FuSiOnShArK » quinta 26 abr 2007, 10:35

Resumidamente e um bocado a cru, o que eu acho que pode definir um RPG é a manipulação da personagem que controlamos (acções, personalidade, etc), mais do que propriamente os cenários onde decorre a acção (história incluída).
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Mensagem por Hunter » quinta 26 abr 2007, 10:40

Se eu sou ignorante vou deixar-te com a tua tese, mas se dizes que ainda nao te dei argumentos, eu respondo-te que ja fiz varios posts com argumentos de resposta aos teus pedidos. Se nao os consideras resposta, problema teu, mas para mim continuas e muito, errado na tua abordagem... Porquê???Ja o disse anteriormente.
PS: Acho piada a esta m3rd4. As pessoas pouco conhecem de rpg's, mas falam como se fosses experts... #-o
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 10:42

Hunter Escreveu:Se eu sou ignorante vou deixar-te com a tua tese
Mas tu ainda não percebeste que não é a MINHA tese, Hunter? :?
FuSiOnShArK Escreveu:Resumidamente e um bocado a cru, o que eu acho que pode definir um RPG é a manipulação da personagem que controlamos (acções, personalidade, etc), mais do que propriamente os cenários onde decorre a acção (história incluída).
Ora nem mais.

:EDIT:

Já agora deixo o link para o expoente máximo dos RPG's:

http://en.wikipedia.org/wiki/Freeform_role-playing_game

Era disto que eu estava a falar, e é disto que o FusionShark fala quando diz o que disse.
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Mensagem por Hunter » quinta 26 abr 2007, 10:47

Morbus Escreveu:
Hunter Escreveu:Se eu sou ignorante vou deixar-te com a tua tese
Mas tu ainda não percebeste que não é a MINHA tese, Hunter? :?
Se nao é a tua tese, entao estas a ser manipulado por outras teses, o que para mim ainda é pior
Morbus Escreveu:
FuSiOnShArK Escreveu:Resumidamente e um bocado a cru, o que eu acho que pode definir um RPG é a manipulação da personagem que controlamos (acções, personalidade, etc), mais do que propriamente os cenários onde decorre a acção (história incluída).
Ora nem mais.
Mas isso qualquer rpg possui. Agora o que falaram aqui foi que dispensava-se a historia e o combate, coisa que para mim é absolutamente estupida
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 10:58

Hunter Escreveu:Se nao é a tua tese, entao estas a ser manipulado por outras teses, o que para mim ainda é pior
:sigh: :roll: Tipo, não é a ÚNICA tese (por acaso leste algum dos links que postei?) e, além disso, eu posso escolher fazer a minha se não concordar com as existentes... :roll: Além disso, a tua "tese" também não é tua, a não ser que não tenhas lido nada de nada ou que tenhas lido MUITO. As coisas estão praticamente todas ditas... Quando alguém diz que tem uma tese dele é desconfiar, porque o mais provável que alguém já disse a mesma coisa... Ao menos eu sei quem diz e porque diz, e sei ver os argumentos de todas as teses e depois escolher com a qual concordo, e justificar porquê...
Hunter Escreveu:Mas isso qualquer rpg possui.
Aherm... Não era essa a intenção? :-s Acho que com essa tua frase qualquer pessoa pode ver qual é o teu objectivo nesta discussão. Eu já sabia qual era, mas assim tenho a certeza... :roll:
Hunter Escreveu:Agora o que falaram aqui foi que dispensava-se a historia e o combate, coisa que para mim é absolutamente estupida
:roll: Mas tu leste o tópico? :roll: Desculpa que te diga, mas tu não tens QUALQUER BASE de argumentos para dizer que é estúpido não precisar de história nem de combate... Para além de que isso é simplesmente errado, o único argumento que deste foi que Final Fantasy não era nada sem história, o que, para além de ser uma falácia, é completamente irrelevante para a questão, como eu mostrei com o meu reply à tua afirmação...

Já te perguntei há muito tempo, e volto-te a perguntar: o que é que tu lês sobre RPG's?
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Hunter
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Mensagem por Hunter » quinta 26 abr 2007, 11:09

Morbus Escreveu:
Hunter Escreveu:Se nao é a tua tese, entao estas a ser manipulado por outras teses, o que para mim ainda é pior
:sigh: :roll: Tipo, não é a ÚNICA tese (por acaso leste algum dos links que postei?) e, além disso, eu posso escolher fazer a minha se não concordar com as existentes... :roll: Além disso, a tua "tese" também não é tua, a não ser que não tenhas lido nada de nada ou que tenhas lido MUITO. As coisas estão praticamente todas ditas... Quando alguém diz que tem uma tese dele é desconfiar, porque o mais provável que alguém já disse a mesma coisa... Ao menos eu sei quem diz e porque diz, e sei ver os argumentos de todas as teses e depois escolher com a qual concordo, e justificar porquê...
Hunter Escreveu:Mas isso qualquer rpg possui.
Aherm... Não era essa a intenção? :-s Acho que com essa tua frase qualquer pessoa pode ver qual é o teu objectivo nesta discussão. Eu já sabia qual era, mas assim tenho a certeza... :roll:
Hunter Escreveu:Agora o que falaram aqui foi que dispensava-se a historia e o combate, coisa que para mim é absolutamente estupida
:roll: Mas tu leste o tópico? :roll: Desculpa que te diga, mas tu não tens QUALQUER BASE de argumentos para dizer que é estúpido não precisar de história nem de combate... Para além de que isso é simplesmente errado, o único argumento que deste foi que Final Fantasy não era nada sem história, o que, para além de ser uma falácia, é completamente irrelevante para a questão, como eu mostrei com o meu reply à tua afirmação...

Já te perguntei há muito tempo, e volto-te a perguntar: o que é que tu lês sobre RPG's?
Eu nao preciso de ler para ter teses proprias ou opinioes pessoais, que quer queiram quer nao, têm que respeitar. A seguir, se dizes que o que falei é uma falacia, entao meu amigo visita os foruns da saga e depois conversamos. em terceiro luggar, para alguem que defende tanto a historia nos videojogos ( Fahrenheit anywhere?) e depois diz que dispensa essas mesmas historias nos rpg's, acho que é um pouco ambiguo e altamente ilogico. E para responder-te à ultima pergunta, NAO, eu nao leio muito sobre rpg's pelo simples facto de nao precisar de ler ppara fundamentar as minhas opinioes. O que os outros dizem ou deixam de dizer é-me irrelevante. Tenho as minhas convicçoes e opinioes e delas nao abdico por nada... Espero ter sido esclarecedor
A jogar: Final Fantasy XII, God of War II, Devil May Cry 3
A ver: House (II), Lost (III)
A ouvir: Metallica, Evanescence, Rob Zombie, OffSpring
A visitar: Children of Ivalice, Galbadia Hotel , GameSpot
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