CARTA DE DESPEDIDA

Para falar sobre a vossa revista preferida

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Mensagem por Role-Player » quarta 25 abr 2007, 20:06

NCalvin Escreveu:também há uma diferença entre "estão a interpretar-me mal porque não era aquilo que eu queria dizer" e "eu queria comunicar uma ideia mas o que eu escrevi pode levar a interpretar de outra forma".
Claro, mas acho que a diferença mais importante a salientar é que nenhuma dessas situações está em causa :P Primeiro, porque mais uma vez, e até porque sei que dar a minha palavra não chega, se eu quiser dizer algo certifico-me sempre que digo tudo o que tenho a dizer; se não há mais nada no que escrevo é porque não quis dizer mais nada. Qualquer outra coisa será interpretação - mais ou menos correcta - de terceiros.

Segundo, porque tudo o que eu queria dizer está lá: era apenas e só aquilo, sem segundas intenções. A ideia que eu queria comunicar era a minha decepção relativa a uma companhia ou serviço simplesmente manter o seu nome de raíz sem considerar as diferenças de consumidores e mercados. Aliás, o meu comentário inicial é vago ao ponto de nem sequer referir a MyGames e cingir-se apenas ao uso de expressões ou nomes em inglês mesmo quando isso pode não se aplicar a todas as fatias de mercado.

Isto é o mesmo problema que o Gonçalo não percebeu aquando da nossa tertúlia: podes achar que está lá uma coisa ou que aquilo pode ter outro significado, mas se o que lá está é só aquilo então não podes assumir que a tua interpretação daquilo é a correcta. O que conta é o que lá está - não o que pensas que está ou pode estar.

este é um dos dilemas que faz a prática do jornalismo uma coisa tão mais complicada do que parece.
Compreendo perfeitamente.
Última edição por Role-Player em quarta 25 abr 2007, 20:08, editado 1 vez no total.
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Mensagem por NCalvin » quarta 25 abr 2007, 20:07

é o problema da comunicação: tens de pensar q estás a comunicar para um público e dentro de um contexto, caso contrário há mal entendidos como este
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Mensagem por Role-Player » quarta 25 abr 2007, 20:11

^É possível. Já disse mais que uma vez que não acho que seja bom comunicador e por ser consideravelmente reservado é que problemas de expressão, textual ou verbal, acontecem. Nesse âmbito, é com honestidade que admito que nem tudo o que digo possa estar bem expressado. Mas há alturas em que sei que aquilo até está simples e fácil de compreender... E depois vem alguém que deita aquilo tudo por terra :lol:
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Mensagem por NCalvin » quarta 25 abr 2007, 20:14

Role-Player Escreveu:^É possível. Já disse mais que uma vez que não acho que seja bom comunicador e por ser consideravelmente reservado é que problemas de expressão, textual ou verbal, acontecem. Nesse âmbito, é com honestidade que admito que nem tudo o que digo possa estar bem expressado. Mas há alturas em que sei que aquilo até está simples e fácil de compreender... E depois vem alguém que deita aquilo tudo por terra :lol:
és um bom comunicador e escreves bem, mas como me ensinaram na escola de jornalismo, se alguém não compreende bem o que escrevemos, por melhor que esteja escrito, a responsabilidade é nossa.
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Mensagem por Morbus » quarta 25 abr 2007, 20:46

NCalvin Escreveu:és um bom comunicador e escreves bem, mas como me ensinaram na escola de jornalismo, se alguém não compreende bem o que escrevemos, por melhor que esteja escrito, a responsabilidade é nossa.
Isso é uma verdade maior que a que possa parecer... Um comunicador tem SEMPRE que saber adaptar o seu discurso ao seu público. Qualquer comunicador que ele seja, de um professor a um político, passando por um jornalista, obviamente.
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Mensagem por Role-Player » quarta 25 abr 2007, 22:52

Obrigado pelo elogio, apesar de não concordar muito com ele. Não é contra ti Nelson, é que eu e os elogios temos um historial de guerra, só isso :)

Mas quanto a essa ideia, isso não é uma generalização? Cabe sempre ao comunicador expressar bem as suas ideias mas podem haver algumas situações em que a culpa não é do orador mas sim do público... Há situações onde não há ruído entre comunicador e receptor e mesmo assim, algo se perde na transmissão: ora porque o público assume algo a partir de uma frase, ou porque recorre a argumentos ou respostas falaciosas, ou porque é tão irrascível como aqueles senhores que ignoram os protestos e argumentos dos jogadores e regurgitam o argumento de que os videojogos bestificam os jogadores, etc....

Não estou a dizer que seja esse o caso aqui - se bem que mantenho que o que escrevi não devia ser tomado como algo mais sem ser o que está expresso - mas parece-me uma noção com algumas falhas. Em publicidade é a mesma coisa, há sempre um ou outro caso de clientes que não aceitam as nossas ideias por muito boas que sejam porque têm uma ideia feita do que querem e não aceitam nada em contrário, mesmo que a nossa ideia seja tirar o rosa choque e o lilás das letras na página de acesso ao site deles :lol:
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Mensagem por Newtomic » quinta 26 abr 2007, 2:42

Chronicles Escreveu:Eu cá axo que a RGB se andou a borrifar para a MS estes ultimos meses, ou simplesmente se cansou dela. É triste mas é a verdade...
Meses? Então e que tal anos?... :-s Parece-me uma resposta bem + acertada. :twisted:
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Mensagem por Master_Zica » quinta 26 abr 2007, 6:33

Por acaso, sobre a distribuição no Brasil, eu lembro-me de já ter visto há uns bons anos na Mega Score a notícia da expansão ultramarina da revista, mas tinha ficado com a ideia de que a edição do Brasil era diferente em termos de conteúdos - e a foto que acompanhava a peça tinha algumas pessoas em frente ao que seria, julgo, a filial da RGB, o que me leva a perguntar: há uma redacção brasileira da Mega Score que cria de raíz os conteúdos da edição brasileira? Se não os cria, pode-se dizer que simplesmente os adapta? Ou essas pessoas não têm nada a ver com jornalismo e são simplesmente o "pessoal do escritório"?

Em caso de serem jornalistas, era curioso saber o que aconteceu do outro lado do Atlântico.
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Mensagem por NCalvin » quinta 26 abr 2007, 8:50

Role-Player Escreveu:Obrigado pelo elogio, apesar de não concordar muito com ele. Não é contra ti Nelson, é que eu e os elogios temos um historial de guerra, só isso :)
estou a ver que não concordas com NADA do que eu digo, seja crítica ou elogio! lol
Role-Player Escreveu: Mas quanto a essa ideia, isso não é uma generalização? Cabe sempre ao comunicador expressar bem as suas ideias mas podem haver algumas situações em que a culpa não é do orador mas sim do público...
é uma generalização necessária. se começas a assumir que a culpa é do público, mesmo que seja o mais certo é começares a acomodar-te a um certo autismo do tipo "eu aqui do lado de cá e eles todos do lado de lá" que só vai dar maus resultados. Naturalmente que é uma posicao tentadora... Agora, também não se pode incorrer no segundo pecado, que é achar que o público é burro. por isso é que isto é tão complicado...
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Mensagem por NCalvin » quinta 26 abr 2007, 8:53

Master_Zica Escreveu:Por acaso, sobre a distribuição no Brasil, eu lembro-me de já ter visto há uns bons anos na Mega Score a notícia da expansão ultramarina da revista, mas tinha ficado com a ideia de que a edição do Brasil era diferente em termos de conteúdos - e a foto que acompanhava a peça tinha algumas pessoas em frente ao que seria, julgo, a filial da RGB, o que me leva a perguntar: há uma redacção brasileira da Mega Score que cria de raíz os conteúdos da edição brasileira? Se não os cria, pode-se dizer que simplesmente os adapta? Ou essas pessoas não têm nada a ver com jornalismo e são simplesmente o "pessoal do escritório"?

Em caso de serem jornalistas, era curioso saber o que aconteceu do outro lado do Atlântico.
a Mega Score brasileira era "localizada" por uma equipa brasileira, tal como aqui há revistas localizadas de edições estrangeiras. A Mega Score brasil já acabou há uns anitos. O Brasil é muito proteccionista e a distribuição lá "é fogo!" (para usar uma expressão dos nossos irmãos de Língua).
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Mensagem por Role-Player » quinta 26 abr 2007, 13:13

NCalvin Escreveu:estou a ver que não concordas com NADA do que eu digo, seja crítica ou elogio! lol
Como disse, não é pessoal :) É defeito de fabrico. Não sei como lidar com elogios, simplesmente.

Role-Player Escreveu:é uma generalização necessária.
Claro, e percebo que seja complicado. Só acho que não me parece fiável quando se coloca num extremo (ou seja, a culpa é sempre do emissor e nunca do receptor) em vez de a meio do caminho (ou seja, a culpa tanto pode ser do emissor quanto do receptor). Mas é compreensível que na realidade não se possa optar por considerar todos os lados.
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Mensagem por Morbus » quinta 26 abr 2007, 15:08

Role-Player Escreveu:Claro, e percebo que seja complicado. Só acho que não me parece fiável quando se coloca num extremo (ou seja, a culpa é sempre do emissor e nunca do receptor) em vez de a meio do caminho (ou seja, a culpa tanto pode ser do emissor quanto do receptor). Mas é compreensível que na realidade não se possa optar por considerar todos os lados.
Na minha opinião, e da maneira que eu vejo as coisas, a culpa é sempre do emissor por uma questão teórica. É que nesta questão que é activo é o emissor e não o receptor (que é passívo). Dessa maneira, se o emissor quer transmitir algo vai ter que saber adaptar a sua comunicação ao receptor, entender a sua linguagem e adaptar a sua à dele. Se um receptor é culto, o emissor saberá com certeza falar para ele, e não há problema (desde que o emissor seja culto também). Se o receptor for estranjeiro, por exemplo, seu o emissor se virar para ele a falar em português, e se ele não entender, a culpa é do emissor e não do receptor. Mesmo na hipotéctica situação em que o receptor não conhece qualquer tipo de linguagem que se adapte à mensagem que se quer transmitir, a culpa da falha de transmição é sempre do emissor, na medida em que ele é que está "a fazer a coisa" e não o receptor. Quando muito que se cala-se, que não havia problema. Se eu fosse pregar o satanismo para em frente da PID de quem era a culpa de eu ser morto: minha ou da PID? XD Era minha porque fui burro e fui eu que agi primeiro para desencadear a sequência de eventos...

A questão complica-se, no entanto, quando há uma certa dualidade de funções numa comunicação, em que o receptor é ele próprio imissor ao mesmo tempo, até um certo ponto. No etanto, de um ponto de vista teórico-conceptual, a culpa terá sempre de ser do emissor, seja ele que for.
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Mensagem por cinemaniac » quinta 26 abr 2007, 18:16

Morbus Escreveu:
Role-Player Escreveu:Claro, e percebo que seja complicado. Só acho que não me parece fiável quando se coloca num extremo (ou seja, a culpa é sempre do emissor e nunca do receptor) em vez de a meio do caminho (ou seja, a culpa tanto pode ser do emissor quanto do receptor). Mas é compreensível que na realidade não se possa optar por considerar todos os lados.
Na minha opinião, e da maneira que eu vejo as coisas, a culpa é sempre do emissor por uma questão teórica. É que nesta questão que é activo é o emissor e não o receptor (que é passívo). Dessa maneira, se o emissor quer transmitir algo vai ter que saber adaptar a sua comunicação ao receptor, entender a sua linguagem e adaptar a sua à dele. Se um receptor é culto, o emissor saberá com certeza falar para ele, e não há problema (desde que o emissor seja culto também). Se o receptor for estranjeiro, por exemplo, seu o emissor se virar para ele a falar em português, e se ele não entender, a culpa é do emissor e não do receptor. Mesmo na hipotéctica situação em que o receptor não conhece qualquer tipo de linguagem que se adapte à mensagem que se quer transmitir, a culpa da falha de transmição é sempre do emissor, na medida em que ele é que está "a fazer a coisa" e não o receptor. Quando muito que se cala-se, que não havia problema. Se eu fosse pregar o satanismo para em frente da PID de quem era a culpa de eu ser morto: minha ou da PID? XD Era minha porque fui burro e fui eu que agi primeiro para desencadear a sequência de eventos...

A questão complica-se, no entanto, quando há uma certa dualidade de funções numa comunicação, em que o receptor é ele próprio imissor ao mesmo tempo, até um certo ponto. No etanto, de um ponto de vista teórico-conceptual, a culpa terá sempre de ser do emissor, seja ele que for.
PID? não estás a querer dizer PIDE?
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A VER: HOUSE | HEROES
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Mensagem por NCalvin » sexta 27 abr 2007, 23:50

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Mensagem por John 5 » sábado 28 abr 2007, 18:32

Tipo, metade da redacção vai-se embora? então assim o que é feito da Mega Score? Mesmo que va malta diferente para lá fica tudo diferente! è como uma revista nova, e não a velha mega score. E aind apor cima é logo tudo assim de repente? a minha revista perferida... caramba...
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