Mega Score nº 139 - Abril 2007

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bravojohny
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Mensagem por bravojohny » quinta 12 abr 2007, 9:52

Muito boa esta edição de Abril. Ainda estou a ler os conteúdos, e achei bastnte precisa a análise do Fred ao Motorstorm. É um jogo que ando a jogar e deixa assim um sabor de contrastes: bom nos resultados que se esperam dele, mas falhas nos loadings e nas opções de jogo desapontam um pouco, dando quase a impressão que os programadores se detiveram apenas na experiência de jogo. Por certo que mais opções de corrida aumentariam a longevidade.
E os parabéns ao GroundZero por contestar com rigor o chorrilho de idiotices que escreveu o João Aguiar na Super Interessante. Tomara que essa revista publique a carta aberta, assim justificando a necessidade do contraditório.
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Mensagem por Role-Player » sexta 13 abr 2007, 8:08

Morbus Escreveu:ROLE-PLAYEEER! Dá-me aqui uma ajudinha :mrgreen:
Não tenho estado presente por isso não pude ver isto mais cedo. Tempo + dinheiro + mulheres = ohmeudeusondepáraaminhavida. Mas também não sei no que seria suposto ajudar, Morbus.... Opiniões são opiniões.

Ainda não joguei o Gothic 3 a sério. Que é como quem diz, ainda há alguns aspectos do jogo sobre os quais ainda não estou ciente. Mas em termos de liberdade há aqui uma questão a ter em conta: estamos a falar da liberdade para definir um personagem ao longo da narrativa ou a liberdade para explorar um mundo virtual enorme? É que são coisas coisas diferentes, e sem dúvida algo em que o Gothic 3 - talvez bem mais do que os seus predecessores e até outros RPGs no mercado actual - ganha ao Bloodlines, que não usa um mundo extensivo mas funciona antes a partir de 'hubs', cada um com mapas adjacentes. Dito isto, em termos de role-play acho que o Gothic 3 deixa-nos fazer muita coisa mas nem todas me parecem tão interessantes ou bem desenvolvidas como no Bloodlines. Acho que o aspecto que mais gostei no G3 foram as facções, algo que não tem tanto impacto no Bloodlines visto só existirem duas - os Anarchs e a Camarilla - e nas raras vezes em que podemos decidir para qual trabalhamos, não interessa muito para qual o fazemos.

As hipóteses de desenvolvimento de personagem estão mais ou menos ao mesmo nível. Habilidades periféricas - como cozinhar - já eram porreiras em jogos como o Ultima VII mas são mais reveladoras de um mundo virtual cheio de possibilidades de interacção do que role-play propriamente dito. Não acho que o Bloodlines não esteja ao mesmo nível por ser pior - ambos têm metas de design diferentes. Já o Arcanum, por exemplo, seria mais comparável ao Gothic 3 devido ao largo número de possibilidades que tem. Claro que por comparação o Bloodlines não tem tantas quanto o G3 mas a quantidade não interessa, é o que se faz com ela. O Deus Ex não era pior que o Morrowind porque não permitia roubar NPCs; simplesmente concentrava-se noutras coisas. E o G3 pareceu-me usar o combate como método para resolver muitas 'quests' - algo que não é tão presente no Bloodlines devido ao uso que se podem dar às múltiplas 'skills', pelo menos antes do final do jogo.

Além disso, o Bloodlines não é uma IP original da Troika - não sei até que ponto é que as regras do material original foram adaptadas no videojogo e por associação, não sei se as 'skills' são limitadas por aderência ao material ou por decisão da companhia.


Quanto à análise propriamente dita do G3 na Mega Score... Compreendo perfeitamente que o estado do jogo, ou de qualquer jogo, cuja estabilidade seja questionável e até péssima mereça uma crítica cerrada - coisa que a análise faz, de resto. O maior problema que tive com a análise foi que passou mais tempo a relatar de modo anedótico um má decisão de design - o muito amaldiçoado "stun lock" - do que a falar dos outros aspectos do jogo. Se eu não conhecesse minimamente o jogo até podia julgar pela vossa análise que o Gothic 3 é um misto de fighting one-on-one com simulador de matança de javalis, porque é quase só isto que o artigo menciona. A versão do jogo que obtiveram era tão má que nem vos permitiu avançar mais pelo jogo? As pessoas são capazes de ficar a saber mais sobre o jogo a partir dos posts do stika do que a análise, o que é preocupante... Dado que os posts dele nem sequer estão a tentar fazer uma análise.

Também achei divertido quando dizem que o jogo é um "Oblivion wannabe" quando em certas coisas o Gothic 3 ultrapassa o Oblivion, especialmente nas facções e na maneira como as decisões do jogador têm consequências mais profundas e duradouras no mundo.



PS: Cinco estrelas para Deus Ex: Invisible War? Ok...
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Mensagem por Role-Player » sexta 13 abr 2007, 8:10

Ah! E muito obrigado por me terem possibilitado ganhar o passatempo Spectrobes :) Achei estranho porque tinha dito aqui nos fórums que me tinha enganado no nome de um dos personagens - uma letra a mais e uma a menos - e como tal sugeri que a minha entrada no concurso devesse ser ignorada, mas agradeço à mesma.

Acho que é capaz de ser a primeira vez que ganho um passatempo deste género.
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Mensagem por Morbus » sexta 13 abr 2007, 9:26

Role-Player Escreveu:Ainda não joguei o Gothic 3 a sério. Que é como quem diz, ainda há alguns aspectos do jogo sobre os quais ainda não estou ciente. Mas em termos de liberdade há aqui uma questão a ter em conta: estamos a falar da liberdade para definir um personagem ao longo da narrativa ou a liberdade para explorar um mundo virtual enorme? É que são coisas coisas diferentes, e sem dúvida algo em que o Gothic 3 - talvez bem mais do que os seus predecessores e até outros RPGs no mercado actual - ganha ao Bloodlines, que não usa um mundo extensivo mas funciona antes a partir de 'hubs', cada um com mapas adjacentes. Dito isto, em termos de role-play acho que o Gothic 3 deixa-nos fazer muita coisa mas nem todas me parecem tão interessantes ou bem desenvolvidas como no Bloodlines. Acho que o aspecto que mais gostei no G3 foram as facções, algo que não tem tanto impacto no Bloodlines visto só existirem duas - os Anarchs e a Camarilla - e nas raras vezes em que podemos decidir para qual trabalhamos, não interessa muito para qual o fazemos.
Exacto, como disse, o G3 é uma sandbox plena, e o VTMB é um RPG mais virado para a narrativa. Nesse ponto não se pode comparar (ou pode?). O que estava a comparar era o role-play em si (o Bloodlines tem 3 facções, os Sabbat também contam :P).
Role-Player Escreveu:(...) E o G3 pareceu-me usar o combate como método para resolver muitas 'quests' - algo que não é tão presente no Bloodlines devido ao uso que se podem dar às múltiplas 'skills', pelo menos antes do final do jogo.
Era sobre esse tipo de role-play que eu estava a falar.
Role-Player Escreveu:Além disso, o Bloodlines não é uma IP original da Troika - não sei até que ponto é que as regras do material original foram adaptadas no videojogo e por associação, não sei se as 'skills' são limitadas por aderência ao material ou por decisão da companhia.
É o World of Darkness da White Wolf, e sim, há algumas limitações, porque é canon.
Role-Player Escreveu:O maior problema que tive com a análise foi que passou mais tempo a relatar de modo anedótico um má decisão de design - o muito amaldiçoado "stun lock" - do que a falar dos outros aspectos do jogo.
Verdade. Foi sobre essa questão que esta discussão começou. Se bem me lembro (não vou ver agora), eu disse que a análise não fala praticamente nada do jogo em si, e sublinhei que também não há muito que dizer... (e usei um smile)
Role-Player Escreveu:A versão do jogo que obtiveram era tão má que nem vos permitiu avançar mais pelo jogo?
Será possível que eles recebam uma versão diferente da que está à venda? :-k Se assim for, a culpa não é deles mas sim da distribuidora, e portanto serves them right.
Role-Player Escreveu:As pessoas são capazes de ficar a saber mais sobre o jogo a partir dos posts do stika do que a análise, o que é preocupante... Dado que os posts dele nem sequer estão a tentar fazer uma análise.
Exactamente...
Role-Player Escreveu:Também achei divertido quando dizem que o jogo é um "Oblivion wannabe" quando em certas coisas o Gothic 3 ultrapassa o Oblivion
No campo do Role-Play, pelo menos, sem dúvida, como tu dizes.
Role-Player Escreveu:PS: Cinco estrelas para Deus Ex: Invisible War? Ok...
E 4 estrelas para o Fallout 2 :P Colocando-o ao mesmo nível de um signstar. E 5 estrelas recomendado a oblivion... :P Mas as coisas não podem ser comparadas dessa maneira, é mais complexo do que parece. Quando joguei pela primeira vez DXIW gostei bastante do jogo, mas como um FPS e nunca como um sucessor do primeiro DX, porque nunca o tinha jogado. Quando joguei o primeiro vi o porquê de o segundo ser tão criticado.
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Mensagem por Bu77erCup242 » domingo 15 abr 2007, 18:04

Entao e o Bloodlines tem 3 "faccoes"....e por isso que o Roleplay de computador nao passam de clones dos Livros de Uma Aventura Fantastica, e sempre a mesma coisa sao os "bons" contra os "maus", ou os "Bons" contra os "mais ou mens bons" conra os "maus". Existem centenas de afiliacoes no World of Darkness muitas delas repressentadas no jogo. No entanto todas elas passam para segundo plano fasse a alguns intersses pessoais ou conflitos de interesses.
Mas ponto, o mundo nos jogos ainda e preto e branco.
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Mensagem por Morbus » domingo 15 abr 2007, 18:09

Bu77erCup242 Escreveu:Entao e o Bloodlines tem 3 "faccoes"....e por isso que o Roleplay de computador ao anda, e sempre a mesma coisa sao os "bons" contra os "maus", ou os "Bons" contra os "mais ou mens bons" conra os "maus".
Tens toda a razão! É EXACTAMENTE por isso! (não estou a ser irónico) Olha para KotOR. É PRECISAMENTE por isso que muitos não gostam de KotOR, por ser light contra dark (embora seja esse o canon, mas enfim). Apesar de tudo, em Bloodlines não é os bons contra os maus. É MUITO mais profundo, e, pelo que disseste, ou é de mim ou nunca jogaste o jogo ;) (ou então não entendi o que disseste - não admira, sem acentos :twisted: )

Anyway, não se se ainda não reparaste, mas os RPG's estão mesmo parados desde que se fez o Baldur's Gate 2 e o Fallout. Eles ainda são o estado de arte.
Bu77erCup242 Escreveu:Mas ponto, o mundo nos jgos ainda e preto e branco.
O actual, sim, sem dúvida, apesar de Gothic 3 não ser assim tão linear quanto isso, mas não foge muito, apesar de tudo.

:EDIT:
Quando disseste roleplay de computador estás-te a referir ao computador só ou às consolas também? É que nas consolas ainda anda piro que no PC :-()~

:EDIT2:
Anda pior que no PC, tendo em conta que os jogos de aventuras não são RPG, porque se contares com os jogos de aventuras, não te sei responder, porque eu não gosto do género.
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Mensagem por Bu77erCup242 » domingo 15 abr 2007, 18:24

Esse nao é m problam do KOTOR mas sim de todos os Roleplays no PC/Consolas ( para deixar esclarecido ).
Depois dizem que encaram a personagem, encaram o que ? Grande roleplay, eu sou o SuperKnight, nao tenho passado nem personalidade, digo umas coisa que nao sao escolhidas por mim e o meu objectivo na via e clicar nos orc porque eles deixam cair espadas +1. Grande roleplay.

O jogo tipico de Roleplaypassa-se asim, tu es um jogo do Reino X, e o Rei/Presidente chama-te para ir matar os mostros na foresta e la vais tu. Nao dialogas com ele, nao negocais os contapartidas, fazes o que o programador te diz. Parace que é escrito para um publico de 10 anos. Eu quero poder aliar-me aos monstro, quero ter sido eu a polos la para benefeciar quando os expulsar, quer seduzir uma dama da corte para ter algum poder politio...e nao so quando o tipo que escreveu o livro interactivo decidir.
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Mensagem por Morbus » domingo 15 abr 2007, 18:37

Bu77erCup242 Escreveu:Esse nao é m problam do KOTOR mas sim de todos os Roleplays no PC/Consolas ( para deixar esclarecido ).
Esclarecido. Mas não é de todos. É de QUASE todos, e por quase todos entendo 99,9% dos RPG's. Mas há alguns que escapam. Nem todos são a preto e branco. Fallout (fogo, até eu fico cansado de me "ouvir" dizer o nome do jogo xD) não é assim, e só não digo mais porque simplesmente não sou hardcore no assunto. Baldur's Gate também não é propriamente preto e branco, pelo menos não é tanto como KotOR.
Bu77erCup242 Escreveu:Depois dizem que encaram a personagem, encaram o que ? Grande roleplay, eu sou o SuperKnight, nao tenho passado nem personalidade, digo umas coisa que nao sao escolhidas por mim e o meu objectivo na via e clicar nos orc porque eles deixam cair espadas +1. Grande roleplay.

O jogo tipico de Roleplaypassa-se asim, tu es um jogo do Reino X, e o Rei/Presidente chama-te para ir matar os mostros na foresta e la vais tu. Nao dialogas com ele, nao negocais os contapartidas, fazes o que o programador te diz. Parace que é escrito para um publico de 10 anos. Eu quero poder aliar-me aos monstro, quero ter sido eu a polos la para benefeciar quando os expulsar, quer seduzir uma dama da corte para ter algum poder politio...e nao so quando o tipo que escreveu o livro interactivo decidir.
Concordo, mas, felizmente, há algumas pérolas do passado que escapam disso.
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Mensagem por Bu77erCup242 » domingo 15 abr 2007, 18:40

...eu nao conheco nenhum. Podias me informar acerca de algum, tinha muito gosto em experimentar.
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Mensagem por Morbus » domingo 15 abr 2007, 18:47

Bu77erCup242 Escreveu:...eu nao conheco nenhum. Podias me informar acerca de algum, tinha muito gosto em experimentar.
Já jogaste Fallout 1 e 2 certo? Experimenta a saga Baldur's Gate (na FNAC por 10€), excelente. Não é tão sandbox como Fallout, é mais virada para a história, e talvez gostes disso. Experimenta também Arcanum, e dá uns toques no Temple of Elemental Evil, que, apesar de não ser "aquela coisa" e tal, é um bom jogo de role-play, apesar de tudo. Depois o que há de facto são RPG's mais antigos, dos quais eu conheço pouco, e são praticamente impossíveis de arranjar e jogar. Posso-te dizer o Ultima VII, por exemplo, de 92, salvo erro. É considerado o melhor da série.

Na generalidade, experimenta pesquisar nas listas de best CRPG's of all time, e no top 10 costuma aparecer excelentes RPG's, praticamente todos antigos. Não esperes encontrar fartura, contudo. Sabes tão bem como eu como a indústria está: uma porcaria [xx(]. Mas provavelmente eu sofro isso mais na pele que tu...
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Mensagem por Bu77erCup242 » domingo 15 abr 2007, 18:53

...podias me dar um exemplo do Roleplay desses jogos, porque tal como nos ultimos nao o vejo em lado nenhum.
Baldur Gate ? Pode ser um historia bem escrita, mas Roleplay. Ola eu sou este tipo aqui, e tenho aqui esta quest para ir matar aquele mostros, isto e fazer role play ? Nao
E uma histoa uma avertura fantastica mais nada. Um aventura fantastica "Senhir podia nos ajudar, ha us mostro que estao a atacar a aldeia durante a noite. Vai ara 214 se dizes que ajudas, para 156 se dizes que nao" E que em todos os roleplays de computador e a mesma coisa. Podes ter mais opecoes mas sao sempre limitadas por que escreveu a historia, nao fazes roleplay nenhum.
A nao ser que a defenicao de roleplay seja clicar nos montros e matalos,fazer umas quest genericas e apanhar equipamento.
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Mensagem por FuSiOnShArK » domingo 15 abr 2007, 19:14

Bu77erCup242 Escreveu:"Senhir podia nos ajudar, ha us mostro que estao a atacar a aldeia durante a noite. Vai ara 214 se dizes que ajudas, para 156 se dizes que nao"
Os RPG's são assim mesmo. Tens um vasto leque de quests, das quais umas são obrigatórias e as outras são opcionais. Nalguns jogos, essas quests interferem mesmo no carácter do personagem e no desenrolar dos acontecimentos. E sim, tens muitos equipamentos pra recolher (tanto pra melhorar o arsenal como pra trocar por dinheiro), bem como montros pra matar q.b.

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Mensagem por Morbus » domingo 15 abr 2007, 19:38

Bu77erCup242 Escreveu:...podias me dar um exemplo do Roleplay desses jogos, porque tal como nos ultimos nao o vejo em lado nenhum.
Claro. Vamos por partes e vou-me só referir a fallout, que, como sabes, é aquele jogo que tenho como estado de arte. Para já, o motor do Fallout faz com que as acções da tua personagem se baseie apenas nos skills dela, e não nos teus skills. Por isso, não precisas de ser rápido no rato para teres um excelente sniper, ou não precisas de ter reflexos para teres uma personagem rápida e ágil. Isto facilita o role-play de sobremaneira. Além disso, as escolhas (que são muitas) nos diálogos, são afectadas pelas características da personagem. Uma personagem com alto carisma, vai ter melhores resultados num diálogo, e, melhor que tudo (e isto é excelente no que toca role-play), as escolhas que tens para o diálogo são afectadas pela inteligência da tua personagem. Uma personagem inteligente vai ter acesso a linhas inteligentes, por assim dizer, enquanto uma personagem estúpida vai ter acesso a linhas estúpidas :P No que toca o sistema de combate, não se pode dizer que está perfeito, mas está equilibrado, e sentes muita recompensa por desenvolveres a tua personagem. Também há uma quantidade muito boa de skills perks e traits, e a criação da personagem é eficaz e equilibrada (e profunda e divertida também).
Passando há mecânica de jogo em si, o role-play de Fallout, pode-se dizer, é único na indústria dos videojogos. Não conheço mais nenhum jogo que seja como fallout, o que é, francamente, uma GRANDE pena. Fallout surgiu para quebrar com a estupidez e monotonia de muitos dos RPG's anteriores, e também para abrir um novo caminho na indústira. Naquela altura, o caminho que se pensava ser o futuro era o tempo real, a primeira pessoa (ou terceira pessoa behind the backs), e a cinematização dos jogos (Tomb Raider saiu por essa altura). Fallout surgiu para abrir uma alternativa bem diferente: abraçar aquilo que os RPG's de computador tentam emitar desde o início: os RPG's pen&paper. Por essa razão, Fallout é baseado em turnos (para aumentar a táctica usada no combate), tem uma camera top-down isometric, para simular a table-top view dos jogos P&P e acenta num sistema baseado no GURPS (o SPECIAL), que é um ruleset pen & paper. Além disso, toda a mecânica do jogo é bastante diferente do que nos estávamos e estamos habituados a ver: ao contrário de termos um jogo fortemente dedicado a contar uma história (por mais branched que ela seja), Fallout é fortemente dedicado a fazer com que o jogador entre num setting. Fallout tem história, no entanto, mas é uma história MUITO básica que eu posso contar em poucas palavras sem fazer spoiler algum, porque o sumo do jogo, o sumo do estilo de RPG's que Fallout tenta imitar e consequentemente criar (no campo dos CRPG's), não é a história, mas sim o role-play que se pode e tem que fazer a partir do setting dado. A história de Fallout é simplíssima (e a de FO2 simplíssima é) e resume-se a quatro pequenas frases: buscar um water chip, trazer o water chip, os mutantes estão misteriosamente a desenvolver-se e estão a tornar-se perigosos, e matar o boss dos mutantes. TUDO, e eu estou a falar a sério, TUDO o resto é OPCIONAL, todos os outros capítulos da história são opcionais. Por isso é que o role-play é simplesmente fenomenal. Tu entras numa cidade, que já estava lá antes de tu chegares, com uma história dela, com lutas dela, com coisas dela, e tu vais entrar pelo meio dessas coisas todas e ter a tua influência nas pessoas, nas guerrinhas, na política, TUDO dependendo da maneira como jogas. Podes nem sequer visitar uma determinada cidade, e, no final do jogo (no fim do jogo há uma série de diapositivos que contam o que acontece depois do jogo acabar, e o mesmo acontece com FO2, apesar de tu poderes continuar a jogar - no primeiro não podes por questões mais importantes), vais saber que essa cidade foi aniquilada, e nunca se chegou a tornar a New Californian Republic que aparece no FO2. Podes escolher agir de uma determinada maneira face aos ghouls de uma determinada cidade, e depois tudo tem repercussões (algumas fatais para eles). Podes escolher dizer onde o vault está e depois há mais probabilidades de o volt ser atacado e destruído, e tu falhares a tua missão principal. Mas tudo o que eu estou a dizer é básico, comparado com a imensidão de hipóteses de role-play que tens em Fallout e Fallout 2. É tudo tão soberbo, o setting é tão bem desenvolvido, há tanto para explorar, para conhecer, que tu realmente sentes-te DENTRO do mundo de jogo, e não dentro de uma história que te querem CONTAR. Em Fallout, tu realmente crias a tua própria história. Sim, porque tudo aquilo, na história, que tu não podes controlar, são decisões de outros, e é portanto considerado setting, e não história em si (numa determinada escala de análise). Se os mutantes atacam, atacam porque eram para atacar, e não porque tu concluiste a missão. O mundo de fallout vive sozinho, não precisa do jogador para nada, e por isso é que o jogador sente que está a entrar dentro de um mundo com vida, ao contrário de estar a ver uma história a ser contada (de novo, por mais branched que seja).

Mas voltando há questão principal, o sistema de reputação de Fallout não é um sistema baseado dos aligments de D&D, nada disso, e MUITO menos na dicotomia Light&Darkness de Star Wars. É um sistema baseado em reputação geral e local, onde podes ver quem gosta de ti e quem não gosta, e o a tua reputação geral. Em FO2, a tua aldeia natal tem-te como um idolo, porque és o chosen one (porque passas um trial e também por questões de linhagem), mas na cidade ao lado, se fizeres asneiras (a melhor maneira é matar os putos :twisted: ) és perseguido, e ninguém gosta de ti (à partida). Isso depois vai afectar a reputação geral do personagem do jogador, e numa nova cidade em que entres é provável que essa reputação se reflicta na atitude das pessoas face a ti.

E depois, há tanta coisa para fazer, e coisas tão engenhosamente programadas, que é delicioso.

Overall, há coisas importantes que o FO1 havia de ter, e é o FO2 que as tem (nomeadamente a maior vastidão do mundo de jogo), e há coisas importantes que o FO2 havia de ter e é o FO1 que as tem (nomeadamente o menor enfase na história e o maior enfase no role-play). Por isso, os jogos são são bem apreciados depois de jogares os dois.
Bu77erCup242 Escreveu:Baldur Gate ? Pode ser um historia bem escrita, mas Roleplay. Ola eu sou este tipo aqui, e tenho aqui esta quest para ir matar aquele mostros, isto e fazer role play ? Nao
Nada disso. É um role-play melhor que Vampire ou que KotOR. Muito bom mesmo, MUITO MUITO bom. Não pode ser comparado com o de fallout porque o design de jogo é diferente, mas é um role-play muito bom, e a história é muito boa também. O único problema é mesmo o sistema de combate, que é Real Time with Pause, quando seria muito melhor que fosse por turnos, dado a natureza do jogo. RTwP aplica-se melhor a jogos como NWN que são muito mais centrados no combate e menos no role-play em si.
Bu77erCup242 Escreveu:E uma histoa uma avertura fantastica mais nada.
É uma aventura fantástica, sim, mas só a podes avaliar verdadeiramente quando tiveres acabado pelo menos o segundo jogo (sem ter jogado o primeiro). E aí, duvido muito que te arrependas. É várias vezes considerado como o melhor RPG de sempre, e isso quer dizer algo.
Bu77erCup242 Escreveu:Um aventura fantastica "Senhir podia nos ajudar, ha us mostro que estao a atacar a aldeia durante a noite. Vai ara 214 se dizes que ajudas, para 156 se dizes que nao" E que em todos os roleplays de computador e a mesma coisa. Podes ter mais opecoes mas sao sempre limitadas por que escreveu a historia, nao fazes roleplay nenhum.
No caso de Baldur's Gate isso aplica-se, mas não notas. No caso de Fallout não se aplica. Mas quanto a Baldur's Gate, há twists tão bons, segredos altamente, um plot muito bem escrito, níveis tão fenomenais, diálogos tão imersivos e com tantas escolhas... A sério, são bastantes horas de jogo, mas são muito boas. Encontras algumas quests como as que dizes (afinal de contas, é um jogo da BioWare :roll: ) mas o main plot é totalmente diferente, e a maioria das side quests não são assim.
FuSiOnShArK Escreveu:Os RPG's são assim mesmo. Tens um vasto leque de quests, das quais umas são obrigatórias e as outras são opcionais. Nalguns jogos, essas quests interferem mesmo no carácter do personagem e no desenrolar dos acontecimentos. E sim, tens muitos equipamentos pra recolher (tanto pra melhorar o arsenal como pra trocar por dinheiro), bem como montros pra matar q.b.

Se queres um jogo sem objectivos, só me ocorrem os Sims ou coisa do género.
Desculpa que te diga, mas tens o teu conceito de RPG MUITO distorcido. Os maus RPG's são assim... :roll: Acho que aqui alguém não percebe muito de game design... :roll: Anyway, Sims é um RPG, no seu sentido mais extremo. Eu estou a tentar desenvolver um conceito para um jogo (a desenvolver como um mod para o futuro AfterFall) que se baseia no The Sims, e vai ser um RPG ;)
Última edição por Morbus em domingo 15 abr 2007, 19:41, editado 1 vez no total.
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Mensagem por dark_soul » domingo 15 abr 2007, 19:40

É pá Morbus, já pensaste na vida de escritor? É que só de olhar pró tamanho dos posts perde-se logo a vontade de se ler :P
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Mensagem por Morbus » domingo 15 abr 2007, 19:43

dark_soul Escreveu:É pá Morbus, já pensaste na vida de escritor? É que só de olhar pró tamanho dos posts perde-se logo a vontade de se ler :P
Não leias, joga Fallout e cala-te :mrgreen:
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