ICE Escreveu:Primeiro tenho de ser sincero. Não entendo a pergunta. Os jogos são Reais é claro é palpável é algo que faz parte da nossa vida, agora a estória, personagens, ambientes, em suma o mundo em que se baseiam esse é que pode ser virtual ou, melhor ficticio, pois o que é virtual nos jogos é o que nos é mostrado, mundos criados a computador isso é a definão de virtual, uma delas entenda-se, portanto Morbus vais-me desculpar mas a palavra virtual foi muito mal empregue aqui.
Pois, eu não gosto de usa-la e é contra ela que escrevo aqui. Ainda bem que tocaste na questão
ICE Escreveu:No entanto ao ler o teu post eu percebi a mensagem passada, como deves saber e para que os outros saibam muito do que aqui foi discutido já o foi também noutro tópico, que infelizmente não consigo encontrar (...)
Está
aqui
ICE Escreveu:Apesar de os jogos serem reais eles devem apenas ser um pouco da "nossa" realidade, não a "nossa" realidade per se. Como voces sabem já ouve casos de morte provocados por jogo excessivo em que tudo o resto que constitiu a nossa vida foi negligenciado a tal ponto que o individuo cessou de existir, esta é a minha critica os jogos devem ter tanta ou menor importância como passear, cinema, musica, ler, afinal não foi com esse propósito que foram criados? Mais uma forma ludica no meio de tantas outras? No entanto o que muito se tem visto ultimamente é o passar dessa barreira para o espaço das "necessidades" mais básicas, tal como já tinha referido quanto de nós não conhecemos "aquele" tal individuo que por causa dos videojogos praticamente deixou de socializar e por muito que não acreditem, socializar é uma necessidade tão grande ou quase como comer, beber e dormir, por alguma razão o ser humano sempre construiu sociedades nunca foi um animal solitário como os felinos, no inicio para serem mais eficazes a sobreviver hoje porque é bem mais do que isso, não se trata só de sobrevivência, faz parte da nossa sociabilidade e natureza. Bem sei que há jogos que permitem um nivel de socialização alto mas extremamente baixo quando comparado à convivência pessoal, que se pode experienciar em escolas, cafés, bibliotecas, shoppings, etc. Isto os jogos nunca hão de substituir e é preocupante quando começam a entrar nesta esfera, aí eu posso realmente dizer que o individuo está a viver num mundo "à la Matrix", por muito real que lhe possa parecer é falso, pois é apenas uma infima parte do total do mundo real à sua volta. Repara Morbus ninguém critica aqueles que jogam, todos nós neste fórum jogamos, estariamos a criticar-nos então o que critico, pelo menos eu, são aqueles que jogam numa proporção maior do que o que "Vivem",(...)
Desviaste-te muito do assunto mas deu perfeitamente para ver que entendeste a minha posição. Mas lembra-te de que este tópico não é para discutir (ou não seria inicialmente) o escape à realidade que são os jogos, mas a realidade que as pessoas ignoram (e por isso é que fojem para ela) que são os jogos.
ICE Escreveu:(...)Vivem em letra grande pois refiro-me a tudo o resto na vida. Um exemplo, se tu jogas 12 horas por dia, ou passas 12 horas por dia no computador, assumindo que dormes 8 ficam-te 4 horas livres, muito desse tempo será passado com necessidades básicas, comer, tomar banho, higiene pessoal, etc. agora pergunto que tempo fica para a tua familia, os teus amigos, a tua namorada? que tempo fica para o teu estudo? Ou para trabalho se for o caso? Isto é tudo menos aconselhavel e saudável, como axas que se sentem as pessoas que te rodeiam e te adoram sabendo que foram preteridas por um entertenimento? Como ficariam a tua namorada os teus pais, os teus amigos se passasses mais tempo com o computador do que com eles, a resposta que te dariam não difereria muito da resposta que os amigos e familiares de um viciado no que quer que seja dariam.
A resposta para isso é simples: eu passo IMENSO tempo no computador (não a jogar mas a trabalhar, a browsar ou a javardar com o photoshop ou assim, mas menos) e os meus pais estão habituados, é o meu estilo de vida, a minha ocupação, assim como seria a minha ocupação passar o dia todo fora com os amigos ou sair à noite e assim. Basicamente é um estilo de vida. Quanto à namorada... basta dizer que abdico do PC sempre que é preciso para estar com ela, mas é comum ela vir aqui a casa e eu à dela e passarmos algum tempo juntos, a jogar ou a fazer cenas no PC (diria mais em frente do PC
).
ICE Escreveu:Pois por muito que acredites ou não, uma pessoa assim não deve estar longe do que é considerádo estado de Vicio e isso é terrível e assustador, como pode algo ludico criar tal dependência?
Pode como pode qualquer outra coisa lúdica e não lúdica. Isso é discutido aqui uns posts antes.
ICE Escreveu:Bem esta é em forma sucinta a minha opinião, muito mais poderia dizer como saberão o Morbus e o Newtomic, no minimo.
Pena foi fujires ao tema mas não faz mal. Olha, lê só alguns dos primeiros posts que é dita muito coisa interessante (aliás, é dita durante todo o tópico mas os primeiros posts estão mais enquadrados no tema).
ICE Escreveu:Para terminar. Outer Life, como tu dizes Morbus, vida real exterior. Desculpa-me mas este é um termo muito infeliz, como pode todo o teu mundo que não faz parte dos videojogos ser "exterior"?
Como pode? Muito simples: o Morbus não é o mesmo que o Tiago, embora seja um reflexo exacto do mesmo. O meu nome aqui é Morbus e eu reconheço-me por ele. São vidas diferentes porque são universos diferentes. Não poucas vezes me vez a associar Outer Life com Outer World, da mesma maneira com que associo Morbus com Fórum MegaScore ou outros. Realmente pode não ser o termo mais correcto, mas recuso-me terminantemente a dizer "vida real" porque essa sim é tudo o que vivo e só se diferencia dos sonhos.
ICE Escreveu:Dás a entender que colocas os videojogos no patamar onde deveriam estar necessidades básicas, familia, amigos, escola, trabalho, resumindo o mais essencial à tua sobrevivencia como ser vivo e como humano que és, dá a entender que todas as coisas descritas acima fazem parte de um mundo exterior que controlas como um mero capricho pois se e algo que não pertence mais intimamente é algo que pode ser descartado controlado como controlamos um computador ou descartamos uma lata de cola.
Não, entendeste mal. Quando digo outer life ou outer world não lhe dou NENHUM sentido depressiativo, embora entenda que de certa forma possa parecer. Como disse, é só uma maneira de eu não dizer "vida real" porque ISSO É QUE NÃO.
ICE Escreveu:Não existe uma Outer Life, existe sim uma Life feita de escalas e prioridades o perigo é quando não as sabemos definir e quando defenimos algo que deveria ter uma menor consideração como algo essencial, não só videojogos, como cinema, passear, ler livros, atirarmo-nos pro chão, o que quiseres, aí sim estamos a entrar num caminho deveras perigoso que apesar de não nos poder destruir por fora, destruir-nos-á provavelmente por dentro.
Entendo o que queres dizer, concordo plenamente contigo, e fico contente por veres que entendeste o meu ponto de vista no que toca a realidade dos jogos. A sério!
Só que, como expliquei, entendeste mal o que quero dizer com outer life. (espero que leias isto)
ICE Escreveu:Um conselho a todos aqueles que encaixem na minha descrição, cuidado quando faltar a luz voçes verão que estão sozinhos no mundo.
Um argumento muitas vezes usado e que é do mais falaciosos que há. É tã falacioso como eu dizer: "Cuidado que se ficares cego, surdo e tretaplégico ficas sozinho do mundo!". Simplesmente não é um argumento plausivel. A minha avó diz muitas vezes: "Se falhar a luz ficas sem nada que fazer! Isso está mal!" e eu respondo "Sim, fico sem nada que fazer (por acaso até nem fico, mas isso não interessa para o caso). E você? Se ficar sem PERNAS fica sem nada que fazer! Enquanto eu sempre posso estar no PC!" (e ela manda-me à fava. Ela é lavradora portanto entende-se a coisa das pernas).
P.S.: Não te esqueças de ir ao tópico do site não oficial ou de veres as tuas PM, ICE.
:EDIT:
Um quote que cosumo usar algumas vezes: "Reality is an illusion, albeit a permanent one."