Os videojogos estão mortos?

Para todas as conversas que não tenham lugar nos outros forums

Moderadores: Redacção, Moderadores

A industria de videojogos está morta?

Sim
2
8%
Não
24
92%
 
Total de votos: 26
Avatar do Utilizador
ICE
Expert
Mensagens: 2037
Registado: sábado 18 fev 2006, 13:33
Localização: Leça da Palmeira

Mensagem por ICE » quinta 22 jun 2006, 23:46

Morbus Escreveu:O problema está em que um adulto quer um jogo profundo, um jogo criativo e interessante. No fundo, quer algo que seja diferente do dia a dia, daquilo que já viu. Com um adolescente não se passa o mesmo.
Brockeback Mountain, American Beauty, Private Ryan, Titanic, Million Dollar Baby, Crash, Munich, Syriana. Tudo grandes blockbusters, com inumeros galardões e considerados grandes filmes. Adultos? Talvez. Diferentes daquilo que já se viu? Não, bem pelo contrário é pela sua incrivel semelhança com o que aconteceu, acontece a cada um de nós e por esse mundo fora que reside a sua força. Um argumento que no fim nos faz dizer - poderia acontecer-me a mim, que se encontra a sua magia. Agora pergunto porque não resulta isso nos jogos? Será que realmente o público quer algo tão diferente daquilo que encontra no dia a dia? Se sim porque anda toda a gente a pedir mais humanização às personagens de um videojogo? Porque ficamos estupefactos com a miss do Heavy Rain? Porque se criticou Oblivion por não incluir mais semelhanças com a realidade? Como diálogos iguais, comprimentar só porque se passou perto, não podermos bater à porta do vizinho? Ao criticarmos assim não estamos à procura da realidade num videojogo? Porque se pede cada vez mais motores de fisica realistas? Porque se berra por uma IA semelhante aquilo que encontramos online? Porque queremos nós cenários destrutiveis? Porque queremos nós sentir o comando vibrar após uma explosão? Assim, será que queremos mesmo que os jogos sejam tão diferentes do que experienciámos no dia-a-dia?

Muito sinceramente não me parece, hoje jogos que competiam com Half-Life são dadas notas muito baixas em publicações da especialidade e completos fracassos de venda exactamente porque fogem do padrão realista em que se encontram os jogos hoje. Nós queremos realidade nos jogos, infelizmente vê-se isso como falta de criatividade. O problema é que parece que se criou o cliché: + realismo - videojogo. Eu não penso assim, dái também achar que a criatividade não está tão em crise como se quer fazer crer, porque não podem os pais do Havok serem génios criativos? Porque não é considerada criatividade o efeito RagDoll. Porque não é o HDR criativo? Não foi o T&L criativo? Pixel's Shader's não são criativos? Em suma não nasce a tecnologia da própria criatividade? Para mim Lumines é diferente mas não mais criativo que um FEAR ou que um TOCA, se Lumines é criativo por ter um conceito diferente, FEAR é criativo pelo ambiente, IA, Efeitos de luz que nos apresentou. Toca é criativo por nos apresentar uma simulação automóvel imaculada. Fifa 2006..... não é criativo porque é mais do mesmo. Criatividade não falta, reciclagem esse sim o verdadeiro problema desta industria.
Avatar do Utilizador
Morbus
Master
Mensagens: 7635
Registado: terça 13 dez 2005, 11:17
Localização: Maia, Porto
Contacto:

Mensagem por Morbus » sexta 23 jun 2006, 9:39

ICE Escreveu:
Morbus Escreveu:O problema está em que um adulto quer um jogo profundo, um jogo criativo e interessante. No fundo, quer algo que seja diferente do dia a dia, daquilo que já viu. Com um adolescente não se passa o mesmo.
Brockeback Mountain, American Beauty, Private Ryan, Titanic, Million Dollar Baby, Crash, Munich, Syriana. Tudo grandes blockbusters, com inumeros galardões e considerados grandes filmes. Adultos? Talvez. Diferentes daquilo que já se viu? Não, bem pelo contrário é pela sua incrivel semelhança com o que aconteceu, acontece a cada um de nós e por esse mundo fora que reside a sua força. Um argumento que no fim nos faz dizer - poderia acontecer-me a mim, que se encontra a sua magia. Agora pergunto porque não resulta isso nos jogos? Será que realmente o público quer algo tão diferente daquilo que encontra no dia a dia? Se sim porque anda toda a gente a pedir mais humanização às personagens de um videojogo? Porque ficamos estupefactos com a miss do Heavy Rain? Porque se criticou Oblivion por não incluir mais semelhanças com a realidade? Como diálogos iguais, comprimentar só porque se passou perto, não podermos bater à porta do vizinho? Ao criticarmos assim não estamos à procura da realidade num videojogo? Porque se pede cada vez mais motores de fisica realistas? Porque se berra por uma IA semelhante aquilo que encontramos online? Porque queremos nós cenários destrutiveis? Porque queremos nós sentir o comando vibrar após uma explosão? Assim, será que queremos mesmo que os jogos sejam tão diferentes do que experienciámos no dia-a-dia?

Muito sinceramente não me parece, hoje jogos que competiam com Half-Life são dadas notas muito baixas em publicações da especialidade e completos fracassos de venda exactamente porque fogem do padrão realista em que se encontram os jogos hoje. Nós queremos realidade nos jogos, infelizmente vê-se isso como falta de criatividade. O problema é que parece que se criou o cliché: + realismo - videojogo. Eu não penso assim, dái também achar que a criatividade não está tão em crise como se quer fazer crer, porque não podem os pais do Havok serem génios criativos? Porque não é considerada criatividade o efeito RagDoll. Porque não é o HDR criativo? Não foi o T&L criativo? Pixel's Shader's não são criativos? Em suma não nasce a tecnologia da própria criatividade? Para mim Lumines é diferente mas não mais criativo que um FEAR ou que um TOCA, se Lumines é criativo por ter um conceito diferente, FEAR é criativo pelo ambiente, IA, Efeitos de luz que nos apresentou. Toca é criativo por nos apresentar uma simulação automóvel imaculada. Fifa 2006..... não é criativo porque é mais do mesmo. Criatividade não falta, reciclagem esse sim o verdadeiro problema desta industria.
Talvez isso seja porque o que eu quiz dizer fosse o dia a dia como os jogos comuns, os jogos que se fizeram até agora... Tens razão no que dizes.
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris

_____________________________________________________________________________________

Imagem
Imagem
Avatar do Utilizador
The ruller
Junior
Mensagens: 80
Registado: sexta 11 mar 2005, 16:06
Localização: Lisboa
Contacto:

Mensagem por The ruller » quinta 29 jun 2006, 15:19

A indústria está morta? Nem pensar, ainda por cima quando os videojogos cada vez mais têm mais adeptos e mais receitas. E quando se vê as filas e filas de espera quando sai uma nova consola (foi a loucura na América no lançamento da Xbox 360, a loucura no lançamento da nova versão da DS, a DS Lite, no Japão), e o esgotamento de alguns jogos logo no lançamento, acho que a resposta ao tópico é um grande "NÃO"! [-X
Avatar do Utilizador
ICE
Expert
Mensagens: 2037
Registado: sábado 18 fev 2006, 13:33
Localização: Leça da Palmeira

Mensagem por ICE » quinta 29 jun 2006, 18:37

The ruller Escreveu:A indústria está morta? Nem pensar, ainda por cima quando os videojogos cada vez mais têm mais adeptos e mais receitas. E quando se vê as filas e filas de espera quando sai uma nova consola (foi a loucura na América no lançamento da Xbox 360, a loucura no lançamento da nova versão da DS, a DS Lite, no Japão), e o esgotamento de alguns jogos logo no lançamento, acho que a resposta ao tópico é um grande "NÃO"! [-X
O problema é que realmente existem mais adeptos e com isso se gera mais dinheiro bruto mas não mais receitas. Vejam o recente exemplo da UbiSoft. Subiu em vendas de 532 milhões para 547 milhões mas os lucros desceram de 25 milhões para 12 milhões. Apesar de vendar mais não retira mais dividendos daí porque os jogos estão-se a tornar carissímos na sua produção. Esse é um problema que deve ser ponderado o mais rapidamente possível.
Avatar do Utilizador
pedropaulo
Moderador||Moderadora
Mensagens: 3242
Registado: quarta 09 jul 2003, 22:20

Mensagem por pedropaulo » quinta 29 jun 2006, 19:25

A questão do tópico não é para levar à letra. Claro que uma industria que gera biliões não esta em risco de morrer.
Mas mesmo os elefantes têm ataques cardíacos -irra que analogia terrível-.
Uma indústria refém de meia dúzia de editoras não é saudável, uma indústria onde Heavy Rain, que ainda não é sequer um jogo tem mais notoriedade que uma obra maior como é Fahrenheit arrisca-se de facto a ter um colapso.
Creio que não é verdade afirmar que não existem jogos inovadores ou originais. Eles existem mas não são promovidos ao nível que alguns, menores em qualidade, são.
Não são promovidos pelas mesmas empresas que dominam o mercado, e que aparentemente ignoram possíveis ventos de mudança.
A DS é um exemplo claro disso. Antes de ser uma inovação é uma reinvenção, algo que os críticos mais ferozes condenavam ao fracasso e mesmo os mais moderados adivinham um futuro pouco auspicioso.
Surpreendentemente teve e tem um crescimento enorme sustentado em gráficos medianos, preços acessíveis uma jogabilidade diferente.
Tudo o que a industria parece nao querer seguir.
E se os elefantes se não morrem podem-se abater.
Avatar do Utilizador
ICE
Expert
Mensagens: 2037
Registado: sábado 18 fev 2006, 13:33
Localização: Leça da Palmeira

Mensagem por ICE » quinta 29 jun 2006, 19:55

Não querendo ser pessimista ou conformista até porque acho que realmente já estava na hora de se alargar horizontes nesta àrea. No entanto temos de perceber algo os jogos como mass media que são vão sofrer cada vez mais de males que outros sofrem e estão cá à bem mais tempo. Falo de Cinema e Musica e porque não literatura? O facto é que parece que todos estes meios chegam a uma determinada maturidade e é cada vez mais dificil ser original e evoluir e missão impossível revolucionar. Principalmente quando existem milhões de cifrões a marcar o caminho. Não digo para nos conformar-mos com a situação mas para não sermos tão críticos e para nos apercebermos que no fundo, se pensarmos bem, é a ordem natural das coisas.

Uma coisa que a vida me ensinou a melhor forma de se educar é a educação comob recompensa e não como castigo. Não critiquemos ou ataquemos aqueles que tem medo de ir mais além mas recompensemos aqueles que foram. O que quero dizer é deixemos de comprar Fifas e passemos a comprar Fahreinheits ou In Memoriams, bem sei que dizer é fácil fazer é dificil, mas era a melhor forma que tinhamos de educar aqueles que teimam em não tentar. Afinal temos que estar muito agradecidos por ainda termos jogos destes por ainda existirem Myamotos, Molineux's, Kojimas.... deixemo-nos de nos queixar dos outros e passemos a adorar estes.
Avatar do Utilizador
Newtomic
Master
Mensagens: 7198
Registado: sábado 06 nov 2004, 1:36
Localização: fim do Mundo!
Contacto:

Mensagem por Newtomic » sexta 30 jun 2006, 22:37

ICE Escreveu:Não querendo ser pessimista ou conformista até porque acho que realmente já estava na hora de se alargar horizontes nesta àrea. No entanto temos de perceber algo os jogos como mass media que são vão sofrer cada vez mais de males que outros sofrem e estão cá à bem mais tempo. Falo de Cinema e Musica e porque não literatura? O facto é que parece que todos estes meios chegam a uma determinada maturidade e é cada vez mais dificil ser original e evoluir e missão impossível revolucionar. Principalmente quando existem milhões de cifrões a marcar o caminho. Não digo para nos conformar-mos com a situação mas para não sermos tão críticos e para nos apercebermos que no fundo, se pensarmos bem, é a ordem natural das coisas.

Uma coisa que a vida me ensinou a melhor forma de se educar é a educação comob recompensa e não como castigo. Não critiquemos ou ataquemos aqueles que tem medo de ir mais além mas recompensemos aqueles que foram. O que quero dizer é deixemos de comprar Fifas e passemos a comprar Fahreinheits ou In Memoriams, bem sei que dizer é fácil fazer é dificil, mas era a melhor forma que tinhamos de educar aqueles que teimam em não tentar. Afinal temos que estar muito agradecidos por ainda termos jogos destes por ainda existirem Myamotos, Molineux's, Kojimas.... deixemo-nos de nos queixar dos outros e passemos a adorar estes.
Ora nem +. 8)
Gostos são gostos e estes não se discutem!
Mega Score “Rules ... but ... RGB “Sucks
Newtomic (Shit main page)Campeonato TrackMania NationsNtm FirefoxO Pessoal do Fórum e a sua Idade! (2007-03-22 09h59)

Imagem
Avatar do Utilizador
Fiery Dragon
Junior
Mensagens: 77
Registado: terça 13 dez 2005, 19:41
Localização: Maia

Mensagem por Fiery Dragon » segunda 03 jul 2006, 22:24

Eu como jogadora menos hardcore olho a pergunta e penso: será que estão mesmo mortos? Será que esta pergunta tem lógica? Então há tantos jogos por aí que eu gostava de jogar e estará a indústria morta? Em minha opinião não, principalmente quando saem para o mercada grande variedade de conteúdos, coisa que dantes não existia. Certo que a evolução em termos de originalidade poderia ter sido maior, mas houve, é um facto, e também houve evolução a nível de diversidade. Talvez uma pessoa que jogue todos os grandes jogos possa pensar que os jogos tão mortos (porque simplesmente está farto) mas eu não vejo as coisas assim. Há muitos jogos que eu gostava de jogar, e simplesmente, quando olho para a lista penso e digo: fogo, onde vou arranjar tempo e dinheiro para jogar todos estes jogos? Não, sinceramente, a indústria não está morta.

BTW, lembrei-me agora que estive para comprar uma DS (mas acabei por desistir da ideia em prole de amealhar uns trocos para uma 360 ou uma 7800...), e isto só me faz pensar que a indústria não está mesmo morta. Parece que o pessoal se esquece que os jogos não só PC e consolas de topo, e a DS, pelos jogos que já vi e joguei (nitendogs :lol: ) é uma espécie de lufada de ar fresco... (digo espécie porque não é propriamente uma revolução, a meu ver).

Mais uma vez, não, os jogos não estão a morrer. Pelo menos para mim.
Imagem
Avatar do Utilizador
AndRL
Senior
Mensagens: 212
Registado: terça 04 jul 2006, 9:59
Localização: Leiria
Contacto:

Mensagem por AndRL » segunda 07 ago 2006, 10:01

Como se pode considerar uma indústria morta quando está a render milhões.Cada vez mais se fala em videojogos.Perguntem às vossas mães/pais se quando eram garotos ouviram falar em pong,tetris ou pac-man.A televisão agora também faz publicidade a jogos, à programas com um cantinho (ou todo como um velho programa da SIC)a falar de jogos (obrigado MS :mrgreen: :D =D> ).
Imagem
Imagem
O meu blog O meu site O meu forumuma espécie de clone do da megascore mas mais personalizado
Avatar do Utilizador
pedropaulo
Moderador||Moderadora
Mensagens: 3242
Registado: quarta 09 jul 2003, 22:20

Mensagem por pedropaulo » segunda 07 ago 2006, 10:38

AndRL Escreveu:Como se pode considerar uma indústria morta quando está a render milhões.Cada vez mais se fala em videojogos.Perguntem às vossas mães/pais se quando eram garotos ouviram falar em pong,tetris ou pac-man.A televisão agora também faz publicidade a jogos, à programas com um cantinho (ou todo como um velho programa da SIC)a falar de jogos (obrigado MS :mrgreen: :D =D> ).
O facto de a industria ser rentavel nao significa que não esteja a morrer.
E o sentido "morte" não é literal diz respeito a campos onde de facto se vê uma estagnação e pouco ou nenhum avanço que deixados de parte podem fazer com que exista um periodo morto sob diversos pontos que levará os jogadores a procurar alternativas fora do que alguma, creio que se pode dizer, industria pretende que os jogos sejam.
Essas alternativas surgiriam sob a forma de jogos, que jogos? mas existe a possibilidade de eles perderem adeptos, ao contrario do que pensa vir a acontecer.
Não é um cenario afastado tendo em conta que outras industrais tiveram e tem cenarios semelhantes.
Responder