Os videojogos estão mortos?

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A industria de videojogos está morta?

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Player-Zero
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Os videojogos estão mortos?

Mensagem por Player-Zero » quarta 21 jun 2006, 11:00

Uma entrevista recentemente feita pelo Gamasutra a Chris Crawford, uma das pessoas mais respeitadas no mundo dos videojos e fundador da Game Devolopers Conference está a ser polémica devido á sua declaração "videogames are dead" no meio de uma critica já por si muito péssimista.
Além disso segundo Crawford a solução passa por imitar-mos Hollywood.
(para não haver problemas nisto vou citar o bocado correspondente a isso)
"My advice to the gaming industry would be to sincerely copy Hollywood more closely. The gaming industry really does operate on a model very similar to Hollywood with one huge exception, and that is that they have no system for harvesting new concepts. Hollywood knows that it needs new ideas. The games industry doesn't know. Hollywood goes out of its way to provide itself with a seed stock of new talent and ideas, the games industry doesn't. Hollywood spends an enormous amount of money supporting colleges and universities, and training programs at those settings. The games industry does not. Hollywood has a system for honoring weird ideas that aren't necessarily commercial. The games industry really doesn't. That is, Hollywood actually backs these things up with real money.".

A entrevista na integral pode ser vista aqui.

Estará realmente a industria dos videojogos morta?
E se estiver será que a solução passa mesmo por imitar o modelo de Hollywood?
"Get a life! I am a gamer, i have many lives!"
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ICE
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Mensagem por ICE » quarta 21 jun 2006, 11:27

Quando no grupo Lusomundo os Jogos estão a gerar mais receitas do que os filmes, isto cá no nosso Portugal, penso que a resposta é óbvia.
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Hunter
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Mensagem por Hunter » quarta 21 jun 2006, 11:45

nem de longe...
os videojogos estao numa fase de transiçao e brevemente terão muitos mais lucros que outras "industrias"...
A jogar: Final Fantasy XII, God of War II, Devil May Cry 3
A ver: House (II), Lost (III)
A ouvir: Metallica, Evanescence, Rob Zombie, OffSpring
A visitar: Children of Ivalice, Galbadia Hotel , GameSpot
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Warhead
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Mensagem por Warhead » quarta 21 jun 2006, 12:04

Esse Chris Crawford tem a certeza do que esta para ai a dizer? Nos videojogos acho que nao ha falta de projectos originais e bem concretizados. So que ninguem vai comprar o Fahrenheit ou outros muitos bons jogos, claro que ha sempre um publico que compre esse tipo de jogos, mas para um empresa, é melhor fazer o fifa 2020 do que um Fahrenheit 2 ou parecido. Mas isto é como tudo na vida, em Holywood ja houve grandes filmes so como ninguem os viu ou muita pouca gente, "prontos", archive. Hollywood é tao boa como a EA ou outra empresa com os mesmos ideias.

Claro que a industria dos jogos pode nao estar muito evoluida, o cinema tem mais de 100 anos de existencia, os videojogos existem à pelo o menos 30 anos em valor redondo. Mas uma coisa eu sei, so precisamos de mais alguns anos e poderemos tornar esta industria numa das melhores em termos qualidade de todas as industrias de Entertainment que existem.
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Night F0x
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Mensagem por Night F0x » quarta 21 jun 2006, 12:07

Penso que isso que o Sir.Chris Crawford disse foi só para ter as atenções viradas para ele ou algo do género...n sei alguém que concorde?
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Mensagem por Morbus » quarta 21 jun 2006, 12:20

Eu acho que os jogos não estão a morrer. Uma indústria que nunca esteve tão grande como agora não pode estar a morrer. Por outro lado ele diz que está a morrer por falta de originalidade, e subentende-se que isso é independente de ter mais vendas ou menos. Então pergunto: não estará o cinema também a morrer?

O cinema, acima de tudo, acenta-se na cadeira do argumento para poder evoluir e sobreviver. Os jogos têm também essa cadeira mas não se sentam muito nela. Preferem enveredar muitas vezes por cadeiras mais simplistas (como a da diversão que proporcionam, ou como a do tempo que temos que gastar para os jogar), enquanto poucos jogos são aqueles que se sentam no argumento (isto falando metaforicamente). Por isso é que Fahrenheit é uma boa obra, porque arrisca, e porque se quer destacar pela história, e não só pela jogabilidade... Só é pena que não tenha sido bem concretizada. Talvez seja esse o verdadeiro problema dos jogos: não é falta de ideias, é falta de pessoal capaz de levar essas ideias ao topo.

Por outor lado esse senhor basea a sua argumentação num facto algo duvidoso... :roll:
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris

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Mensagem por Triper » quarta 21 jun 2006, 12:53

Tou totamente em desacordo com esse tal senhor. Se a industria de jogos estivesse morta porque razão a sony ou mesmo a microsoft iria investir em consolas novas que estariam mortas à nascença? Acho que o que se passa é que a nova geração de jogos ainda não chegou e até lá chegar ainda falta um bokado. Também acho que a nova geração de jogos irá passar pela simulação da realidade ao extremo(se é que os jogos de agora já não o tentam...) e pela total imersão do jogador no jogo - imaginem se um jogador tiver total controlo do jogo nas suas mãos, seria brutal(um jogo de carros em que viras o comando e o volante do carro vira conforme tu viras o comando, é brutal. Para meteres as mudanças clicas em r1 e r2(ps2) e assim coisas do genero)e isto é que deve ser o futuro dos jogos->RiG(Reality in Game)(acabado de inventar por mim).

Acho que esse senhor com S grande devia sair de casa e ver o que se vende nas lojas e ver que o pessoal adere a isso pois isso é sinal de que a industria de jogos não está morta mas sim em fase de transição embora alguns generos já estejam praticamente mortos em certos sistemas(um exemplo disso é os beat'em up que pouco saiem para pc) não quer dizer que os jogos já seja um negocio com tempo de morte designado mas sim uma coisa onde a imaginação é o limite e a imaginação está a sofrer uma mudança. Assim sim, assim é verdade tal como no cinema onde o que acontece agora é surgirem muitos remakes mas isso deve-se a ser uma industria já muito explorada e andarem com uma crise de ideias e a solução parecer fazer remakes com melhores graficos.Isto tudo são fases de transição pois o mundo encontra-se em constante mudança e ambas estas industrias sofrem disso.
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pedropaulo
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Mensagem por pedropaulo » quarta 21 jun 2006, 14:21

Chris Crawford refere que os jogos estão mortos sob um ponto de vista criativo. Segundo ele neste caso a industria só terá como caminho definhar e morrer.
Não concordo com ele neste ultimo ponto mas concordo no primeiro.
Os jogos são hoje algo de muito diferente do que eram à 20 anos. Atingiram um nível de complexidade e influencia social ainda difícil de avaliar. Se por um lado estudiosos das ciências humanas e sociais e ate mesmo de comportamento viram as costas ao jogos relegando-os como algo menor é também um facto que um maior numero dos mesmo estudiosos olham inebriados para algo que há muito saltou para fora do mero aspecto lúdico do que seria suposto um jogo ser.
Nolan Bushnell diz que os jogos são violentos e complexos, Miyamoto diz que são excessivamente longos. Têm ambos razão e a indústria, hoje uma máquina movido quase exclusivamente pelo desejo de lucro, está de facto moribunda sob um ponto de vista criativo.
Não acredito que a larga maioria dos jogos no mercado tenham nascido de exigências do publico. Nasceram sim do crescimento exponencial da tecnologia, de cópias ´, de inspiração "blockbusterianas".
Perdeu-se o simples mas tão complexo desejo de jogar, play for fun. Trocou-se pelo desejo de jogar para ganhar. Ganhar on-line, a solo contra o PC vs o amigo.
A competição domina hoje os jogos e sobrepõe-se ao divertimento. È claro que pode ser divertido "fragar" alguém no CS ou sovar uns orcs no WOW mas não é esse o impulso principal que nos leva a jogar.

È claramente discutível o que é ou não divertimento e não interessa ir por aí.
Não acredito no entanto que a industria venha a morrer por falta de originalidade ou novos conceitos. Porque acredito que eles irão aparecer e acredito que virão do meio dos jogadores. È irónico que a mesma tecnologia que tomou o lugar da originalidade venha a servir para finalmente diversificar os jogos a níveis semelhantes que a musica ou o cinema. O crescimento da industria sustentada em jogos que já bebem da inspiração de Hollywood, se bem que em termos qualitativos é discutível, marketing e porque não bons jogos dará azo à criação cada vez maior de subgéneros de jogos e por conseguinte de jogadores como acontece na musica ou no cinema. Nem todos gostam dos mesmos géneros e assim existe uma oferta para diversos públicos.
Creio que o mesmo acontecera nos jogos onde as superproduções só estarão ao alcance de grandes estúdio abrindo assim mercê da massificação tecnológica as portas a pequenos grupos que forçosamente para chamar a atenção terão de apoiar o jogo onde ele se poderá destacar – originalidade, jogabilidade, história.

O cenário hoje é negro mas não definitivo. Os jogos influenciam a sociedade e essa influência será cada vez maior mas o contrario também se aplica. E os consumidores por mais cegos que possam ser enquanto massa podem desenvolver consciência criativa e critica. Daí nascera ou a completa viragem nos jogos ou uma divisão em uma ou varia partes, para agradar a gregos e troianos.
Ou se calhar não e o homem tem razão. È o fim!
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Mensagem por NCalvin » quarta 21 jun 2006, 16:09

ICE Escreveu:Quando no grupo Lusomundo os Jogos estão a gerar mais receitas do que os filmes, isto cá no nosso Portugal, penso que a resposta é óbvia.
o grupo lusomundo já não tem jogos há uns tempitos...
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Mensagem por ICE » quarta 21 jun 2006, 17:43

NCalvin Escreveu:
ICE Escreveu:Quando no grupo Lusomundo os Jogos estão a gerar mais receitas do que os filmes, isto cá no nosso Portugal, penso que a resposta é óbvia.
o grupo lusomundo já não tem jogos há uns tempitos...
Não tem? Mas tinha à coisa de dois anos, quando vi a tabela de receitas deste grupo no JN. Não eram eles os representantes da Playstation? Quem é agora?
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Mensagem por Newtomic » quarta 21 jun 2006, 19:50

pedropaulo Escreveu:Chris Crawford refere que os jogos estão mortos sob um ponto de vista criativo. Segundo ele neste caso a industria só terá como caminho definhar e morrer.
Não concordo com ele neste ultimo ponto mas concordo no primeiro.
Os jogos são hoje algo de muito diferente do que eram à 20 anos. Atingiram um nível de complexidade e influencia social ainda difícil de avaliar. Se por um lado estudiosos das ciências humanas e sociais e ate mesmo de comportamento viram as costas ao jogos relegando-os como algo menor é também um facto que um maior numero dos mesmo estudiosos olham inebriados para algo que há muito saltou para fora do mero aspecto lúdico do que seria suposto um jogo ser.
Nolan Bushnell diz que os jogos são violentos e complexos, Miyamoto diz que são excessivamente longos. Têm ambos razão e a indústria, hoje uma máquina movido quase exclusivamente pelo desejo de lucro, está de facto moribunda sob um ponto de vista criativo.
Não acredito que a larga maioria dos jogos no mercado tenham nascido de exigências do publico. Nasceram sim do crescimento exponencial da tecnologia, de cópias ´, de inspiração "blockbusterianas".
Perdeu-se o simples mas tão complexo desejo de jogar, play for fun. Trocou-se pelo desejo de jogar para ganhar. Ganhar on-line, a solo contra o PC vs o amigo.
A competição domina hoje os jogos e sobrepõe-se ao divertimento. È claro que pode ser divertido "fragar" alguém no CS ou sovar uns orcs no WOW mas não é esse o impulso principal que nos leva a jogar.

È claramente discutível o que é ou não divertimento e não interessa ir por aí.
Não acredito no entanto que a industria venha a morrer por falta de originalidade ou novos conceitos. Porque acredito que eles irão aparecer e acredito que virão do meio dos jogadores. È irónico que a mesma tecnologia que tomou o lugar da originalidade venha a servir para finalmente diversificar os jogos a níveis semelhantes que a musica ou o cinema. O crescimento da industria sustentada em jogos que já bebem da inspiração de Hollywood, se bem que em termos qualitativos é discutível, marketing e porque não bons jogos dará azo à criação cada vez maior de subgéneros de jogos e por conseguinte de jogadores como acontece na musica ou no cinema. Nem todos gostam dos mesmos géneros e assim existe uma oferta para diversos públicos.
Creio que o mesmo acontecera nos jogos onde as superproduções só estarão ao alcance de grandes estúdio abrindo assim mercê da massificação tecnológica as portas a pequenos grupos que forçosamente para chamar a atenção terão de apoiar o jogo onde ele se poderá destacar – originalidade, jogabilidade, história.

O cenário hoje é negro mas não definitivo. Os jogos influenciam a sociedade e essa influência será cada vez maior mas o contrario também se aplica. E os consumidores por mais cegos que possam ser enquanto massa podem desenvolver consciência criativa e critica. Daí nascera ou a completa viragem nos jogos ou uma divisão em uma ou varia partes, para agradar a gregos e troianos.
Ou se calhar não e o homem tem razão. È o fim!
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Mensagem por Knight » quarta 21 jun 2006, 22:15

ICE Escreveu:
NCalvin Escreveu:
ICE Escreveu:Quando no grupo Lusomundo os Jogos estão a gerar mais receitas do que os filmes, isto cá no nosso Portugal, penso que a resposta é óbvia.
o grupo lusomundo já não tem jogos há uns tempitos...
Não tem? Mas tinha à coisa de dois anos, quando vi a tabela de receitas deste grupo no JN. Não eram eles os representantes da Playstation? Quem é agora?
A Sony já tem uma divisão própria em Portugal.
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Mensagem por viriato_iceview51 » quinta 22 jun 2006, 12:06

pedropaulo Escreveu:Chris Crawford refere que os jogos estão mortos sob um ponto de vista criativo. Segundo ele neste caso a industria só terá como caminho definhar e morrer.
Não concordo com ele neste ultimo ponto mas concordo no primeiro.
Os jogos são hoje algo de muito diferente do que eram à 20 anos. Atingiram um nível de complexidade e influencia social ainda difícil de avaliar. Se por um lado estudiosos das ciências humanas e sociais e ate mesmo de comportamento viram as costas ao jogos relegando-os como algo menor é também um facto que um maior numero dos mesmo estudiosos olham inebriados para algo que há muito saltou para fora do mero aspecto lúdico do que seria suposto um jogo ser.
Nolan Bushnell diz que os jogos são violentos e complexos, Miyamoto diz que são excessivamente longos. Têm ambos razão e a indústria, hoje uma máquina movido quase exclusivamente pelo desejo de lucro, está de facto moribunda sob um ponto de vista criativo.
Não acredito que a larga maioria dos jogos no mercado tenham nascido de exigências do publico. Nasceram sim do crescimento exponencial da tecnologia, de cópias ´, de inspiração "blockbusterianas".
Perdeu-se o simples mas tão complexo desejo de jogar, play for fun. Trocou-se pelo desejo de jogar para ganhar. Ganhar on-line, a solo contra o PC vs o amigo.
A competição domina hoje os jogos e sobrepõe-se ao divertimento. È claro que pode ser divertido "fragar" alguém no CS ou sovar uns orcs no WOW mas não é esse o impulso principal que nos leva a jogar.

È claramente discutível o que é ou não divertimento e não interessa ir por aí.
Não acredito no entanto que a industria venha a morrer por falta de originalidade ou novos conceitos. Porque acredito que eles irão aparecer e acredito que virão do meio dos jogadores. È irónico que a mesma tecnologia que tomou o lugar da originalidade venha a servir para finalmente diversificar os jogos a níveis semelhantes que a musica ou o cinema. O crescimento da industria sustentada em jogos que já bebem da inspiração de Hollywood, se bem que em termos qualitativos é discutível, marketing e porque não bons jogos dará azo à criação cada vez maior de subgéneros de jogos e por conseguinte de jogadores como acontece na musica ou no cinema. Nem todos gostam dos mesmos géneros e assim existe uma oferta para diversos públicos.
Creio que o mesmo acontecera nos jogos onde as superproduções só estarão ao alcance de grandes estúdio abrindo assim mercê da massificação tecnológica as portas a pequenos grupos que forçosamente para chamar a atenção terão de apoiar o jogo onde ele se poderá destacar – originalidade, jogabilidade, história.

O cenário hoje é negro mas não definitivo. Os jogos influenciam a sociedade e essa influência será cada vez maior mas o contrario também se aplica. E os consumidores por mais cegos que possam ser enquanto massa podem desenvolver consciência criativa e critica. Daí nascera ou a completa viragem nos jogos ou uma divisão em uma ou varia partes, para agradar a gregos e troianos.
Ou se calhar não e o homem tem razão. È o fim!
I couldn't have said better myself... obrigado por teres postado por mim. :wink: :D
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Mensagem por pedropaulo » quinta 22 jun 2006, 21:35

viriato_iceview51 Escreveu: I couldn't have said better myself... obrigado por teres postado por mim.
De nada, são 6E e 22 centimos s.f.f :)

De um ponto de vista pessimista existe de facto uma possibilidade de colapso da industria mas não o seria por falta de criatividade, afinal tanto as editoras como ao que parece o publico não se importa muito com isso, mas antes por um esforço economico demasiado alto.
Os enormes custos de produção quer das consolas quer dos jogos o espectro da pirataria e a possibilidade de uma estagnação ou mesmo retrocesso do mercado qundo todos esperam o contrario poderiam causar tal colapso.
Este ultimo esta de facto mais dependente de factores extra-economicos e a falta de criatividade poderia ser um deles.

De qualquer forma concordo com aqueles que defendem que as areas onde a tecnologia mais deveria ter sido usada continuam com poucos avanços comparativamente aos graficos, em particular a IA ou o tão falado storytelling.
Não sou por natureza um otimista quanto mais que não seja pelo divertimento de fazer papel de ave de mau agoiro, mas não vejo efectivamente um futuro negro para os jogos.
Venha mais uma cartola!
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Mensagem por Morbus » quinta 22 jun 2006, 23:00

pedropaulo Escreveu:
viriato_iceview51 Escreveu: I couldn't have said better myself... obrigado por teres postado por mim.
De nada, são 6E e 22 centimos s.f.f :)

De um ponto de vista pessimista existe de facto uma possibilidade de colapso da industria mas não o seria por falta de criatividade, afinal tanto as editoras como ao que parece o publico não se importa muito com isso, mas antes por um esforço economico demasiado alto.
Os enormes custos de produção quer das consolas quer dos jogos o espectro da pirataria e a possibilidade de uma estagnação ou mesmo retrocesso do mercado qundo todos esperam o contrario poderiam causar tal colapso.
Este ultimo esta de facto mais dependente de factores extra-economicos e a falta de criatividade poderia ser um deles.

De qualquer forma concordo com aqueles que defendem que as areas onde a tecnologia mais deveria ter sido usada continuam com poucos avanços comparativamente aos graficos, em particular a IA ou o tão falado storytelling.
Não sou por natureza um otimista quanto mais que não seja pelo divertimento de fazer papel de ave de mau agoiro, mas não vejo efectivamente um futuro negro para os jogos.
Venha mais uma cartola!
Eu não vejo um futuro negro para os jogos. Um dos problemas maiores dos jogos, e talvez o principal responsável pela sua ainda pouca massificação, é o preço. Nem todos têem dinheiro para comprar jogos assim, e quando muito compram um jogo por ano, ou dois. Nos filmes o caso é diferente, porque, muito embora muita gente nem sequer tenha leitor de VHS ou DVD, é muito possível que vejam os filmes ao domingo de tarde, ou ao sábado à noite, na TV. Depois temos também os grandes canais por cabo que pagam a sua parte para a produção dos filmes. No caso dos jogos a coisa muda de figura. O tempo de produção de um jogo pode chegar a atingir muitos anos, mas a média talvez ronde os dois. No cinema isso não acontece. Depois também algo muito importante a analisar é o público a que se dirige (não podia deixar de falar disto). Se por um lado fiquei esperançado pela atribuição do selo Mature a Oblivion e pensei "será que é desta que eles vão começar a fazer jogos para adultos?", fiquei também decepcionado por ver que mesmo nem assim se aceitam obras feitas para um público jovem como esta, por exemplo. O cinema tem uma grande grande fatia de obras exclusivamente feitas para adultos. Nos jogos é precisamente o contrário. E nem está correcto dizer que, ah... é o que mais diverte, porque mesmo jogos adultos podem ser divertidíssimos e aliciantes. O problema está em que um adulto quer um jogo profundo, um jogo criativo e interessante. No fundo, quer algo que seja diferente do dia a dia, daquilo que já viu. Com um adolescente não se passa o mesmo. O que um adolescente comum quer é o mesmo que um adulto: coisas novas. O problema é que aquilo que é novo para um adolescente já não é, muitas vezes, para um adulto. Depois ficamos neste impasse: será que a indústria está mesmo sem originalidade? Ou será que está apenas a dar a opurtunidade aos mais novos de usufruir de algo semelhante àquilo que os mais velhos usufruiram da idade deles? O panorama é conhecido: remakes de conceitos, gráficos mais bonitos, mais do mesmo. Mas será que tem lógica obrigar um jovem que está habituado a bons gráficos a ir jogar, por exemplo, Fallout? Eu acho que não, que era muito melhor, mais rentável e mais enriquecedor fazer um remake. Passaria-se o mesmo que se passou com o King Kong (alguém viu). Só que no cinema o leque de idades é mais largo, e não é preciso fazer remakes de 10 em 10 anos, como nos jogos... Por isso é que a secção "as saudades que eu já tinha" da mega score é que é fixe! :D
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