O motivo pelo qual acho, que esse suporte (virtual, no fundo), nunca vingará (como mass media pago) tem a haver com o facto, que renega todo e qualquer sentimento primário de posse.viriato_iceview51 Escreveu:[Comentario]Ora estava eu para postar isto no Conversas da treta, quando lembrei-me que ja ca havia um topico sobre o assunto dos jogos usados.
Publishers: Evolve or Die
Interessante o artigo postado acima! Que fala na vontade das editoras (mais uma vez) em destruir o mercado paralelo da compra de jogos usados. Ao mesmo tempo em que falam na evolucao gradual do mercado para a distribuicao digital (i.e. Steam, Nintendo Virtual Machine, etc...).
E comecei a pensar na saida da Revolution, que permitira fazer o download de jogos antigos em troca de um certo sistema de preco e nao so, o sistema Phantom que vai funcionar precisamente nesse estilo sem nenhum suporte fisico fora a memoria da propria consola.
E pergunto-me, sera' que essa nao se tornara o futuro da distribuicao de jogos de video?! Um sistema que vira a matar por completo a utilizacao de suportes fisicos (HD-DVD, Blu-ray, DVD) e por consequente o mercado paralelo...
Estranhamente esse parece-me ser o caminho mais logico da industria de entretenimento, alias nao e' por acaso que ja se dispoe do Video-On-Demand que funciona tal e qual dessa maneira! O aumento constante da velocidade de acesso a Internet, vai revolucionar por completo o sistema que hoje conhecemos... e ao em vez de a consola fazer o load de niveis e banda sonora pelo suporte fisico, o fara atravez da vossa ligacao a Internet de banda larga.
La se vao as disquetes GBA, ou os DVD's e CD's de casa com filmes, jogos e pouco mais. Tudo estara armazenado na vossa banda larga, chega-se a casa liga-se a televisao e escolhe-se que programa quer se ver (incluindo filmes DVD) ou que album quer se ouvir.
Agora caricaturando um pouco, o nosso sistema capitalista vai levar-nos [talvez] ao monopolio do nosso mercado pelas grandes corporacoes e as nossas lojas de conveniencia deixarao de existir. Alias compreenda-se que este e' o caminho seguido por todas as corporacoes tecnologicas (Microsoft, Google, etc...).
Porque acham que, existindo a pirataria, ainda se vendem tantos jogos? Por ser ilegal ou imoral?
Porque acham que as edições de coleccionador vendem muito, e muitas vezes são compradas por pessoas com a edição normal?
A resposta é simples, é uma questão de EGO. De poder dizer "Eu tenho", "Aquilo é meu e faz-me sentir mais especial". É o desejo subconsciente de posse, inserido lá pela comunicação social deste sistema capitalista. Quem não olha frequentemente para a prateleira, só para ver as capas de alguns dos jogos que marcaram a sua experiência? Quem não guarda jogos, que nunca mais jogará, só para ter a certeza que eles ficarão na sua prateleira, a apanhar pó, como uma doce e amarga lembrança de memórias passadas?
Ao renegar esse sentimento, estão a negar um dos maiores motivos de venda de jogos em relação à pirataria. Por isso, pelo menos num futuro próximo, o mercado do download directo nunca se sobreporá ao da venda directa.
Nas palavras de Guy Ritchie no seu último (e incompreendido) filme:
"There is something about yourself that you don't know. Something that you will deny even exists, until it's too late to do anything about it. It's the only reason you get up in the morning. The only reason you suffer the shitty puss, the blood, the sweat and the tears. This is because you want people to know how good, attractive, generous, funny, wild and clever you really are. Fear or revere me, but please, think I'm special. We share an addiction. We're approval junkies. We're all in it for the slap on the back and the gold watch. The hip-hip-hoo-fuckin' rah. Look at the clever boy with the badge, polishing his trophy. Shine on you crazy diamond, because we're just monkeys wrapped in suits, begging for the approval of others. "