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Maedhros
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Mensagem por Maedhros » sexta 03 fev 2006, 12:53

viriato_iceview51 Escreveu:[Comentario]Ora estava eu para postar isto no Conversas da treta, quando lembrei-me que ja ca havia um topico sobre o assunto dos jogos usados.

Publishers: Evolve or Die

Interessante o artigo postado acima! Que fala na vontade das editoras (mais uma vez) em destruir o mercado paralelo da compra de jogos usados. Ao mesmo tempo em que falam na evolucao gradual do mercado para a distribuicao digital (i.e. Steam, Nintendo Virtual Machine, etc...).

E comecei a pensar na saida da Revolution, que permitira fazer o download de jogos antigos em troca de um certo sistema de preco e nao so, o sistema Phantom que vai funcionar precisamente nesse estilo sem nenhum suporte fisico fora a memoria da propria consola.

E pergunto-me, sera' que essa nao se tornara o futuro da distribuicao de jogos de video?! Um sistema que vira a matar por completo a utilizacao de suportes fisicos (HD-DVD, Blu-ray, DVD) e por consequente o mercado paralelo...

Estranhamente esse parece-me ser o caminho mais logico da industria de entretenimento, alias nao e' por acaso que ja se dispoe do Video-On-Demand que funciona tal e qual dessa maneira! O aumento constante da velocidade de acesso a Internet, vai revolucionar por completo o sistema que hoje conhecemos... e ao em vez de a consola fazer o load de niveis e banda sonora pelo suporte fisico, o fara atravez da vossa ligacao a Internet de banda larga.

La se vao as disquetes GBA, ou os DVD's e CD's de casa com filmes, jogos e pouco mais. Tudo estara armazenado na vossa banda larga, chega-se a casa liga-se a televisao e escolhe-se que programa quer se ver (incluindo filmes DVD) ou que album quer se ouvir.

Agora caricaturando um pouco, o nosso sistema capitalista vai levar-nos [talvez] ao monopolio do nosso mercado pelas grandes corporacoes e as nossas lojas de conveniencia deixarao de existir. Alias compreenda-se que este e' o caminho seguido por todas as corporacoes tecnologicas (Microsoft, Google, etc...).
O motivo pelo qual acho, que esse suporte (virtual, no fundo), nunca vingará (como mass media pago) tem a haver com o facto, que renega todo e qualquer sentimento primário de posse.

Porque acham que, existindo a pirataria, ainda se vendem tantos jogos? Por ser ilegal ou imoral?

Porque acham que as edições de coleccionador vendem muito, e muitas vezes são compradas por pessoas com a edição normal?

A resposta é simples, é uma questão de EGO. De poder dizer "Eu tenho", "Aquilo é meu e faz-me sentir mais especial". É o desejo subconsciente de posse, inserido lá pela comunicação social deste sistema capitalista. Quem não olha frequentemente para a prateleira, só para ver as capas de alguns dos jogos que marcaram a sua experiência? Quem não guarda jogos, que nunca mais jogará, só para ter a certeza que eles ficarão na sua prateleira, a apanhar pó, como uma doce e amarga lembrança de memórias passadas?

Ao renegar esse sentimento, estão a negar um dos maiores motivos de venda de jogos em relação à pirataria. Por isso, pelo menos num futuro próximo, o mercado do download directo nunca se sobreporá ao da venda directa.

Nas palavras de Guy Ritchie no seu último (e incompreendido) filme:
"There is something about yourself that you don't know. Something that you will deny even exists, until it's too late to do anything about it. It's the only reason you get up in the morning. The only reason you suffer the shitty puss, the blood, the sweat and the tears. This is because you want people to know how good, attractive, generous, funny, wild and clever you really are. Fear or revere me, but please, think I'm special. We share an addiction. We're approval junkies. We're all in it for the slap on the back and the gold watch. The hip-hip-hoo-fuckin' rah. Look at the clever boy with the badge, polishing his trophy. Shine on you crazy diamond, because we're just monkeys wrapped in suits, begging for the approval of others. "
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine

A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
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Mensagem por Morbus » sexta 03 fev 2006, 13:03

Maedhros Escreveu:O motivo pelo qual acho, que esse suporte (virtual, no fundo), nunca vingará (como mass media pago) tem a haver com o facto, que renega todo e qualquer sentimento primário de posse.

Porque acham que, existindo a pirataria, ainda se vendem tantos jogos? Por ser ilegal ou imoral?

Porque acham que as edições de coleccionador vendem muito, e muitas vezes são compradas por pessoas com a edição normal?

A resposta é simples, é uma questão de EGO. De poder dizer "Eu tenho", "Aquilo é meu e faz-me sentir mais especial". É o desejo subconsciente de posse, inserido lá pela comunicação social deste sistema capitalista. Quem não olha frequentemente para a prateleira, só para ver as capas de alguns dos jogos que marcaram a sua experiência? Quem não guarda jogos, que nunca mais jogará, só para ter a certeza que eles ficarão na sua prateleira, a apanhar pó, como uma doce e amarga lembrança de memórias passadas?

Ao renegar esse sentimento, estão a negar um dos maiores motivos de venda de jogos em relação à pirataria. Por isso, pelo menos num futuro próximo, o mercado do download directo nunca se sobreporá ao da venda directa.

Nas palavras de Guy Ritchie no seu último (e incompreendido) filme:
"There is something about yourself that you don't know. Something that you will deny even exists, until it's too late to do anything about it. It's the only reason you get up in the morning. The only reason you suffer the shitty puss, the blood, the sweat and the tears. This is because you want people to know how good, attractive, generous, funny, wild and clever you really are. Fear or revere me, but please, think I'm special. We share an addiction. We're approval junkies. We're all in it for the slap on the back and the gold watch. The hip-hip-hoo-fuckin' rah. Look at the clever boy with the badge, polishing his trophy. Shine on you crazy diamond, because we're just monkeys wrapped in suits, begging for the approval of others. "
Exacto, porquê sakar um jogo comprado e pagar por ele quando se pode sakar um jogo pirata de borla? A não ser que eles consigam fazer algo para acabar com a pirataria de vez, e que ponham os jogos online a realmente baixo preço (esta é uma premissa indispensabilíssima), a venda on-line nunca mas nunca suplantará a venda a vulso (é assim que se diz? :P ).

Quanto à sitação a itálico... Quando comecei a ler estava a pensar para mim mesmo: "Exactamente, isto está excelentemente bem dito! Sim senhor". Mas quando cheguei a meio do texto e li o resto, toda essa excelcidade se desvaneceu: "Estragou tudo!". Não é necessáriamente pelas posses que cada um quer ser reconhecido. Isso é o mais comum nesta sociedade mas não é SEMPRE assim...
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
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Mensagem por Maedhros » sexta 03 fev 2006, 13:10

Morbus Escreveu: Exacto, porquê sakar um jogo comprado e pagar por ele quando se pode sakar um jogo pirata de borla? A não ser que eles consigam fazer algo para acabar com a pirataria de vez, e que ponham os jogos online a realmente baixo preço (esta é uma premissa indispensabilíssima), a venda on-line nunca mas nunca suplantará a venda a vulso (é assim que se diz? :P ).

Quanto à sitação a itálico... Quando comecei a ler estava a pensar para mim mesmo: "Exactamente, isto está excelentemente bem dito! Sim senhor". Mas quando cheguei a meio do texto e li o resto, toda essa excelcidade se desvaneceu: "Estragou tudo!". Não é necessáriamente pelas posses que cada um quer ser reconhecido. Isso é o mais comum nesta sociedade mas não é SEMPRE assim...
[OFF-TOPIC]
Morbus... a citação forma um todo. E faz referência a mais que as posses... "This is because you want people to know how good, attractive, generous, funny, wild and clever you really are." Não é só a parte do "Look at the clever boy with the badge, polishing his trophy."
E todos nós procuramos aprovação (até eu, enquanto escrevo estas palavras), seja sobre que forma for...
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Mensagem por Morbus » sexta 03 fev 2006, 13:16

Exactamente, por isso é que eu disse que o princípio esta excelentemente bem dito. Mas se achas que forma um todo tudo bem. Talvez eu não tenha interpretado bem... Só queria chamar a atenção que também se quer aprovação de outras formas (como a que tu referiste agora).
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Mensagem por viriato_iceview51 » sexta 03 fev 2006, 13:56

[Comentario] E verdade que este topico parece entrar fora do tema, mas na verdade o problema dos jogos usados nao se reside somente a eles, mas sim a uma tendencia mais generalizada do que aquilo que e' evidente.

Estou de acordo com o que dizem, o sentimento de posse e' algo inigualavel... Mas agora pergunto-vos a que preco, no futuro, teremos ainda esse tipo de mercado?!

Pessoalmente, e' como o mercado de vinis (disco de vinil), que ainda existe como paralelo e ha pessoas que ainda compram, com a conviccao ou argumentacao de que eles soam melhor que um CD ou MP3?! Acho uma razao absurda, apesar de ter um especial "feeling" ter um disco de vinil, mete-lo a tocar e escutar aquele som que faz antes da musica comecar.

Mas mais uma vez, a que preco teremos tal tipo de mercado?! A verdade, e' que eu penso que esse mercado existira, mas vai ser considerado "niche" assim como o de cassetes de video hoje em dia.

As pessoas que gostam de manter a tendencia de hoje, serao os velhos de amanha (sem querer ser insultuoso), "a minha boa televisao a preto e branco tem melhor qualidade de imagem que a tua HD". Ou pelo menos e' assim que eu vejo, apesar de no fundo eu gostar de ter os meus jogos ali na prateleira e ter o trabalho de mete-lo na consola sempre que quero jogar um. Sao coisas `as quais te habituas! Mas ai esta e' tudo uma questao de habito...
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Mensagem por Maedhros » sexta 03 fev 2006, 15:36

viriato_iceview51 Escreveu:[Comentario] E verdade que este topico parece entrar fora do tema, mas na verdade o problema dos jogos usados nao se reside somente a eles, mas sim a uma tendencia mais generalizada do que aquilo que e' evidente.

Estou de acordo com o que dizem, o sentimento de posse e' algo inigualavel... Mas agora pergunto-vos a que preco, no futuro, teremos ainda esse tipo de mercado?!

Pessoalmente, e' como o mercado de vinis (disco de vinil), que ainda existe como paralelo e ha pessoas que ainda compram, com a conviccao ou argumentacao de que eles soam melhor que um CD ou MP3?! Acho uma razao absurda, apesar de ter um especial "feeling" ter um disco de vinil, mete-lo a tocar e escutar aquele som que faz antes da musica comecar.

Mas mais uma vez, a que preco teremos tal tipo de mercado?! A verdade, e' que eu penso que esse mercado existira, mas vai ser considerado "niche" assim como o de cassetes de video hoje em dia.

As pessoas que gostam de manter a tendencia de hoje, serao os velhos de amanha (sem querer ser insultuoso), "a minha boa televisao a preto e branco tem melhor qualidade de imagem que a tua HD". Ou pelo menos e' assim que eu vejo, apesar de no fundo eu gostar de ter os meus jogos ali na prateleira e ter o trabalho de mete-lo na consola sempre que quero jogar um. Sao coisas `as quais te habituas! Mas ai esta e' tudo uma questao de habito...
Acho a tua argumentação sem sentido nenhum Viriato... onde é que um filme, jogo ou qualquer outra obra de arte tem "pior qualidade" por estar num suporte digital diferente? Desde quando? Que eu saiba, pouco interessa se o Half life 2 foi descarregado pelo steam, ou instalado via cd ou DVD, ou, no futuro, via HD-DVD ou Bluray.

Portanto, as tuas comparações não têm cabimento neste contexto. Lembra-te que usaste exemplos em que a qualidade do meio intereferia com a qualidade do conteúdo. Essas questões não se põem num debate suporte físico vs. download. Até porque se fizeres o download, vais ter que armazenar os jogos em algum lado, de preferência com um backup num suporte físico removível, evitando problemas aquando de formatações ou ataques ao teu pc.

O problema de usar um suporte físico não universal, prender-se-á sempre com questões de hardware, das suas limitações em termos de esperança de vida (sai um formato novo de x em x anos), compatibilidade e preço. Nesse campo, a distribuição de jogos via web, tem claras vantagens. Mas, a curto ou a médio prazo, não creio que se sobreponha ao mercado de venda directa, pelos motivos que já enumerei.

Não se trata aqui de discutir o próximo "grande formato", os jogos já são distribuídos via web, desde que existe banda larga (embora ilegalmente), e apesar de isso diminuir as vendas, não as parou. A dedução lógica desta premissa, é que a distribuição paga dos mesmos jogos também não o fará.
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Mensagem por viriato_iceview51 » sexta 03 fev 2006, 16:17

Maedhros Escreveu:
viriato_iceview51 Escreveu:[Comentario] E verdade que este topico parece entrar fora do tema, mas na verdade o problema dos jogos usados nao se reside somente a eles, mas sim a uma tendencia mais generalizada do que aquilo que e' evidente.

Estou de acordo com o que dizem, o sentimento de posse e' algo inigualavel... Mas agora pergunto-vos a que preco, no futuro, teremos ainda esse tipo de mercado?!

Pessoalmente, e' como o mercado de vinis (disco de vinil), que ainda existe como paralelo e ha pessoas que ainda compram, com a conviccao ou argumentacao de que eles soam melhor que um CD ou MP3?! Acho uma razao absurda, apesar de ter um especial "feeling" ter um disco de vinil, mete-lo a tocar e escutar aquele som que faz antes da musica comecar.

Mas mais uma vez, a que preco teremos tal tipo de mercado?! A verdade, e' que eu penso que esse mercado existira, mas vai ser considerado "niche" assim como o de cassetes de video hoje em dia.

As pessoas que gostam de manter a tendencia de hoje, serao os velhos de amanha (sem querer ser insultuoso), "a minha boa televisao a preto e branco tem melhor qualidade de imagem que a tua HD". Ou pelo menos e' assim que eu vejo, apesar de no fundo eu gostar de ter os meus jogos ali na prateleira e ter o trabalho de mete-lo na consola sempre que quero jogar um. Sao coisas `as quais te habituas! Mas ai esta e' tudo uma questao de habito...
Acho a tua argumentação sem sentido nenhum Viriato... onde é que um filme, jogo ou qualquer outra obra de arte tem "pior qualidade" por estar num suporte digital diferente? Desde quando? Que eu saiba, pouco interessa se o Half life 2 foi descarregado pelo steam, ou instalado via cd ou DVD, ou, no futuro, via HD-DVD ou Bluray.

Portanto, as tuas comparações não têm cabimento neste contexto. Lembra-te que usaste exemplos em que a qualidade do meio intereferia com a qualidade do conteúdo. Essas questões não se põem num debate suporte físico vs. download. Até porque se fizeres o download, vais ter que armazenar os jogos em algum lado, de preferência com um backup num suporte físico removível, evitando problemas aquando de formatações ou ataques ao teu pc.

O problema de usar um suporte físico não universal, prender-se-á sempre com questões de hardware, das suas limitações em termos de esperança de vida (sai um formato novo de x em x anos), compatibilidade e preço. Nesse campo, a distribuição de jogos via web, tem claras vantagens. Mas, a curto ou a médio prazo, não creio que se sobreponha ao mercado de venda directa, pelos motivos que já enumerei.

Não se trata aqui de discutir o próximo "grande formato", os jogos já são distribuídos via web, desde que existe banda larga (embora ilegalmente), e apesar de isso diminuir as vendas, não as parou. A dedução lógica desta premissa, é que a distribuição paga dos mesmos jogos também não o fará.
Eu nunca disse que os conteudos tivessem uma qualidade diferente dependendo do suporte. Quando mencionei os vinis e razao pela qual alguns ainda o compram, nao era para fazer de modo nenhum uma comparacao quanto a qualidade do conteudo. E isso aplica-se no facto de ter mencionado a historia do "velho".

Quando fiz a mencao desses mesmos suportes (vinil, televisao a preto e branco), falava da tendencia em preferir um suporte ou objecto em relacao aos produtos de amanha ou de hoje, muitas das vezes por uma questao de afinidade.

E quando menciono fazer o download dos seus filmes, ou mesmo jogos... parto de um principio, que nao existira um suporte fisico de armazenamento. Porque como podemos constatar, hoje em dia ja podemos meter as nossas fotografias, musicas e sei la que mais, na internet. Porque existem servicos para tal!

Da mesma maneira como existirao, daqui a uns 10 anos, servicos que nao te exigirao o uso de um suporte fisico de modo a que possas obter um filme ou jogo. Tudo estara na net a tua disposicao, sem necessidades do cliente ter um suporte de armazenamento [tudo isso estara incluido no servico que esta a ser provido ao cliente].

So espero que desta vez me faca entender. Imagina uma televisao que necessita somente de duas fichas, uma para a corrente e outra para a banda larga e ai teras musica, videos e imagens a tua disposicao com o uso do proprio comando. La se foram os leitores de DVD, CD e sei la que mais.

[EDIT] Se eu tivesse a fazer uma comparacao, tal e qual a que tu entendeste... e' que nem para mim estaria a fazer sentido.
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Mensagem por Morbus » sexta 03 fev 2006, 16:29

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Estou de acordo com o que dizem, o sentimento de posse e' algo inigualavel... Mas agora pergunto-vos a que preco, no futuro, teremos ainda esse tipo de mercado?!

Pessoalmente, e' como o mercado de vinis (disco de vinil), que ainda existe como paralelo e ha pessoas que ainda compram, com a conviccao ou argumentacao de que eles soam melhor que um CD ou MP3?! Acho uma razao absurda, apesar de ter um especial "feeling" ter um disco de vinil, mete-lo a tocar e escutar aquele som que faz antes da musica comecar.

Mas mais uma vez, a que preco teremos tal tipo de mercado?! A verdade, e' que eu penso que esse mercado existira, mas vai ser considerado "niche" assim como o de cassetes de video hoje em dia.

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Eu nunca disse que os conteudos tivessem uma qualidade diferente dependendo do suporte. Quando mencionei os vinis e razao pela qual alguns ainda o compram, nao era para fazer de modo nenhum uma comparacao quanto a qualidade do conteudo. E isso aplica-se no facto de ter mencionado a historia do "velho".

Quando fiz a mencao desses mesmos suportes (vinil, televisao a preto e branco), falava da tendencia em preferir um suporte ou objecto em relacao aos produtos de amanha ou de hoje, muitas das vezes por uma questao de afinidade.

E quando menciono fazer o download dos seus filmes, ou mesmo jogos... parto de um principio, que nao existira um suporte fisico de armazenamento. Porque como podemos constatar, hoje em dia ja podemos meter as nossas fotografias, musicas e sei la que mais, na internet. Porque existem servicos para tal!

Da mesma maneira como existirao, daqui a uns 10 anos, servicos que nao te exigirao o uso de um suporte fisico de modo a que possas obter um filme ou jogo. Tudo estara na net a tua disposicao, sem necessidades do cliente ter um suporte de armazenamento [tudo isso estara incluido no servico que esta a ser provido ao cliente].

So espero que desta vez me faca entender. Imagina uma televisao que necessita somente de duas fichas, uma para a corrente e outra para a banda larga e ai teras musica, videos e imagens a tua disposicao com o uso do proprio comando. La se foram os leitores de DVD, CD e sei la que mais.

[EDIT] Se eu tivesse a fazer uma comparacao, tal e qual a que tu entendeste... e' que nem para mim estaria a fazer sentido.
Acho que tens razão no que dizes. Mas não acho que isso esteja para muito breve. Seria preciso várias coisas, entre elas a distribuição global da Banda Larga (e tinha que ser bastante rápida, muitíssimo mais que a de agora, porque, no futuro, a informação que um jogo vai necessitar para ser jogado como dizes vai ser exorbitante, tipo, tinhamos que ter, por todo o mundo, net a 2 Gb de banda...) e a implantação da net de borla (que acredito não estar assim tão distante no tempo). Aí sim se poderia fazer algo como dizes. Antes disso, acho, ainda vamos assistir ao aparecimento de uma nova geração de suporte amovível a seguir desta que vem, e depois outras e, quem sabe, ainda outra... Por isso, daqui a uns vinte anos talvez isso seja possível... :wink:
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Mensagem por viriato_iceview51 » sexta 03 fev 2006, 16:37

Sim, mas voltando ao principio mais uma vez... esse a meu ver e' o caminho talvez mais viavel para os videojogos. Caso eles queiram eliminar definitivamente o mercado de jogos usados [o que acho pouco provavel]!
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Mensagem por Dark_Apprentice » sexta 03 fev 2006, 17:36

não sei se já foi dito, uma vez que não tive paciencia para ler tudo, mas no Japão (segundo li) há uma lei que obriga o pagamente de um imposto para a venda de filmes (japoneses) em segunda mão, e que estavam a pensar introduzir essa mesma regra aos jogos (li na coluna "kanpai" da gamespy acho eu).
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Mensagem por Morbus » sexta 03 fev 2006, 18:50

Dark_Apprentice Escreveu:não sei se já foi dito, uma vez que não tive paciencia para ler tudo, mas no Japão (segundo li) há uma lei que obriga o pagamente de um imposto para a venda de filmes (japoneses) em segunda mão, e que estavam a pensar introduzir essa mesma regra aos jogos (li na coluna "kanpai" da gamespy acho eu).
Isso sim seria uma medida boa de fazer com que as produtoras também ganhassem com os jogos em segunda mão. :aplausos: :aplausos:

Tipo: comprávamos um jogo por 50€ e dpois vedíamo-lo por 35€. O imposto, imagine-se, sería tipo o IVA ou coisa do género. Tipo assim, 25% sobre o valor levado ao cliente, ou seja 8€75 (25% de 35€). Desta forma, nós, em vez de vendermos o jogo a 35€ passávamos a vendê-lo a 43€74 (35€ + 8€75) sendo que depois tinhamos que pagar 10€94 à produtora. Desta forma ficávamos a ganhar sempre o mesmo (basicamente) só o preço é que subia.

Pode ser, no entanto que esse imposto seja sobre o preço original (ou actual) do jogo, mas vai tudo dar ao mesmo, ou seja, basta aumentar o preço do jogo usado.

Esse imposto só vem aumentar os preços dos jogos usados e fazer como que este mercado dê algum dinheiro às produtoras, mas não vem acabar com o mercado, como é óbvio.

No entanto, não estou a ver que esse imposto desse muito resultado (pelo menos cá em portugal) porque também não estou a ver o possoal a não fugir ao imposto (nada mais fácil)...
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Mensagem por Dark_Apprentice » sexta 03 fev 2006, 19:44

obviamente que não é nesses moldes... se assim fosse o mercado do cinema japonês já tinha desaparecido á muito...

esse imposto não se aplica á venda de mim para ti ou de fulano para sicrano. esse imposto (que seria bastante reduzido), seria aplicado apenas e, lojas que GANHAM dinheiro com a venda de jogos em segunda mão... por exemplo o MIAU ou a Cash Converters (ou CashLand).

Esse imposto só foi pensado no japão e obviamente que lá é que seria bem aplicado, cá só serviria para chular mais uns cobres ao pessoal.
Esse imposto foi pensado porque... imaginem o seguinte! eu que sou um fanático de Final Fantasy comprava o jogo no dia do lançamento gastava 60€. acabava-o em 3 dias... (há muita gente assim no japão, note-se) e depois vendia-o por 10/20€... a loja vendia um jogo, com praticamente uma semana, por 40€ ou 45€ (um jogo acabadissimo de sair!!!!).

é por causa deste fenómeno, e obviamente outros... que no Japão o mercado dos video-jogos decresceu cerca de 25% entre 2003 e 2004 ou qq coisa assim

estou a falar de cabeça de uma coisa que eu li... não estou 100% seguro!
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Mensagem por Maedhros » sexta 03 fev 2006, 19:52

Dark_Apprentice Escreveu:obviamente que não é nesses moldes... se assim fosse o mercado do cinema japonês já tinha desaparecido á muito...

esse imposto não se aplica á venda de mim para ti ou de fulano para sicrano. esse imposto (que seria bastante reduzido), seria aplicado apenas e, lojas que GANHAM dinheiro com a venda de jogos em segunda mão... por exemplo o MIAU ou a Cash Converters (ou CashLand).

Esse imposto só foi pensado no japão e obviamente que lá é que seria bem aplicado, cá só serviria para chular mais uns cobres ao pessoal.
Esse imposto foi pensado porque... imaginem o seguinte! eu que sou um fanático de Final Fantasy comprava o jogo no dia do lançamento gastava 60€. acabava-o em 3 dias... (há muita gente assim no japão, note-se) e depois vendia-o por 10/20€... a loja vendia um jogo, com praticamente uma semana, por 40€ ou 45€ (um jogo acabadissimo de sair!!!!).

é por causa deste fenómeno, e obviamente outros... que no Japão o mercado dos video-jogos decresceu cerca de 25% entre 2003 e 2004 ou qq coisa assim

estou a falar de cabeça de uma coisa que eu li... não estou 100% seguro!
Só um reparo... O miau não vende jogos, é meramente um site onde podes colocar leilões e vendas, e que cobra uma percentagem rizível. Não tem nada em comum com a Cash converters, a Nivelx, Gamestage ou qualquer outra loja de jogos em segunda mão.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine

A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
A jogar: "Xenosaga Episode III - Also Sprach Zarathustra", "Dead Rising"
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Mensagem por Maedhros » sexta 03 fev 2006, 20:06

viriato_iceview51 Escreveu:Eu nunca disse que os conteudos tivessem uma qualidade diferente dependendo do suporte. Quando mencionei os vinis e razao pela qual alguns ainda o compram, nao era para fazer de modo nenhum uma comparacao quanto a qualidade do conteudo. E isso aplica-se no facto de ter mencionado a historia do "velho".

Quando fiz a mencao desses mesmos suportes (vinil, televisao a preto e branco), falava da tendencia em preferir um suporte ou objecto em relacao aos produtos de amanha ou de hoje, muitas das vezes por uma questao de afinidade.

E quando menciono fazer o download dos seus filmes, ou mesmo jogos... parto de um principio, que nao existira um suporte fisico de armazenamento. Porque como podemos constatar, hoje em dia ja podemos meter as nossas fotografias, musicas e sei la que mais, na internet. Porque existem servicos para tal!

Da mesma maneira como existirao, daqui a uns 10 anos, servicos que nao te exigirao o uso de um suporte fisico de modo a que possas obter um filme ou jogo. Tudo estara na net a tua disposicao, sem necessidades do cliente ter um suporte de armazenamento [tudo isso estara incluido no servico que esta a ser provido ao cliente].

So espero que desta vez me faca entender. Imagina uma televisao que necessita somente de duas fichas, uma para a corrente e outra para a banda larga e ai teras musica, videos e imagens a tua disposicao com o uso do proprio comando. La se foram os leitores de DVD, CD e sei la que mais.

[EDIT] Se eu tivesse a fazer uma comparacao, tal e qual a que tu entendeste... e' que nem para mim estaria a fazer sentido.
1. Tu usaste uma comparação ("É como..."), ao invocar esses exemplos. Tens que ter sempre em conta as suas características das analogias que usas, senão tens de arranjar umas melhores... adiante.

2. A ideia de que um jogo existe na "web" e não em tua casa é um pouco ridícula, e eu explico porquê: se um jogo não existe no teu pc, quer dizer que está a atulhar um pc de outra entidade qualquer (os dados não flutuam), e ao tranferir o ficheiro para o teu pc, se não o armazenares, tens de estar sempre a ir buscá-lo de novo, sempre que for necessário.

Isto não só provoca um enorme desperdício de recursos (facilmente combatidos com um suporte físico), como exige uma largura de banda infindável e um atraso de sinal muito pequeno (algo que será sempre dificil de garantir se for um serviço muito requisitado). Podendo evitar estes inconvenientes, por um preço menor ("a memória está barata", lá dizia o meu professor), e com maior garantia de fiabilidade, quem quereria um serviço assim????? Peço desculpa, mas não tem qualquer lógica.

3. Continuas sem refutar aquilo que eu afirmei. Esse teu futuro serviço (seja na forma mais comum, como naquela que "desenhaste"), nunca poderá sobrepor-se ao mercado físico, enquanto existir um apreço por representações físicas dos objectos e uma dificuldade técnica e financeira em levar a cabo esses projectos. Os formatos físicos existirão por muitos anos, sempre em constante evolução, tal como a rede e os seus serviços. Mas pelos motivos que falei, não me parece que o primeiro se sobreponha ao segundo.
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Mensagem por viriato_iceview51 » segunda 06 fev 2006, 10:44

Maedhros Escreveu:
viriato_iceview51 Escreveu:Eu nunca disse que os conteudos tivessem uma qualidade diferente dependendo do suporte. Quando mencionei os vinis e razao pela qual alguns ainda o compram, nao era para fazer de modo nenhum uma comparacao quanto a qualidade do conteudo. E isso aplica-se no facto de ter mencionado a historia do "velho".

Quando fiz a mencao desses mesmos suportes (vinil, televisao a preto e branco), falava da tendencia em preferir um suporte ou objecto em relacao aos produtos de amanha ou de hoje, muitas das vezes por uma questao de afinidade.

E quando menciono fazer o download dos seus filmes, ou mesmo jogos... parto de um principio, que nao existira um suporte fisico de armazenamento. Porque como podemos constatar, hoje em dia ja podemos meter as nossas fotografias, musicas e sei la que mais, na internet. Porque existem servicos para tal!

Da mesma maneira como existirao, daqui a uns 10 anos, servicos que nao te exigirao o uso de um suporte fisico de modo a que possas obter um filme ou jogo. Tudo estara na net a tua disposicao, sem necessidades do cliente ter um suporte de armazenamento [tudo isso estara incluido no servico que esta a ser provido ao cliente].

So espero que desta vez me faca entender. Imagina uma televisao que necessita somente de duas fichas, uma para a corrente e outra para a banda larga e ai teras musica, videos e imagens a tua disposicao com o uso do proprio comando. La se foram os leitores de DVD, CD e sei la que mais.

[EDIT] Se eu tivesse a fazer uma comparacao, tal e qual a que tu entendeste... e' que nem para mim estaria a fazer sentido.
1. Tu usaste uma comparação ("É como..."), ao invocar esses exemplos. Tens que ter sempre em conta as suas características das analogias que usas, senão tens de arranjar umas melhores... adiante.
"E' como o mercado de vinis," que nao deixa de ser um mercado niche nos tempos de hoje! O que poderia acontecer caso a minha visao se realize, mais uma vez...

2. A ideia de que um jogo existe na "web" e não em tua casa é um pouco ridícula, e eu explico porquê: se um jogo não existe no teu pc, quer dizer que está a atulhar um pc de outra entidade qualquer (os dados não flutuam), e ao tranferir o ficheiro para o teu pc, se não o armazenares, tens de estar sempre a ir buscá-lo de novo, sempre que for necessário.
Sim pode parecer "um pouco ridicula", mas com a evolucao constante das tecnologias de informacao (com especial destaque para a Net), nao deixa de ser praticavel... mesmo se tal nao seja completamente detalhado (veja-se com a descricao eventual de todos os aspectos tecnicos que precisam de ser resolvidos).

Isto não só provoca um enorme desperdício de recursos (facilmente combatidos com um suporte físico), como exige uma largura de banda infindável e um atraso de sinal muito pequeno (algo que será sempre dificil de garantir se for um serviço muito requisitado). Podendo evitar estes inconvenientes, por um preço menor ("a memória está barata", lá dizia o meu professor), e com maior garantia de fiabilidade, quem quereria um serviço assim????? Peço desculpa, mas não tem qualquer lógica.
Mas se entao utilizassemos o suporte fisico, como e' que se pode combater o mercado de jogos usados, a nao ser por esse divulgado "rumor" da Sony!

3. Continuas sem refutar aquilo que eu afirmei. Esse teu futuro serviço (seja na forma mais comum, como naquela que "desenhaste"), nunca poderá sobrepor-se ao mercado físico, enquanto existir um apreço por representações físicas dos objectos e uma dificuldade técnica e financeira em levar a cabo esses projectos. Os formatos físicos existirão por muitos anos, sempre em constante evolução, tal como a rede e os seus serviços. Mas pelos motivos que falei, não me parece que o primeiro se sobreponha ao segundo.
Tal como disse, e' tudo uma questao de afinidade, e dependendo da resposta do mercado de consumo, tal definira se esse sera' marginalizado ou nao.
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