Este projecto e' também conhecido pela tentativa em criar o verdadeiro portátil de $100 que e' visto como a ferramenta essencial para que o terceiro mundo possa encurtar a disparidade tecnológica que existe em relação ao mundo desenvolvido.
O site da OLPC
A nova versao do site da OLPC
Aqui deixo os primeiros posts:
Morbus Escreveu:Estás a gozar?! Eu ainda não li a notícia, mas se for porreiro, compro um, meto-lhe o Linux lá dentro e tá a andar. Tenho a plataforma principal em casa: o desktop, e ando com o laptop só por causa das coisasWinjer Escreveu:Esse projecto, que muitos no inicio achavam que ia dar em nada, começa a atrair a atenção de muitos. Mesmo de empresas maiores.viriato_iceview51 Escreveu:O laptop sem Windows que pode vir a revolucionar o mundo.
É uma boa iniciativa para permitir a países e pessoas com menos possibilidades de darem os primeiros passos nas TI. Podendo ser uma boa ajuda ao desenvolvimento desses mesmos países.
Para Portugal não tem grande interesse pois o poder de compra é bem superior e é preferível aos consumidores PT comprarem algo com mais potencia e funcionalidade.E claro, com o Linux tudo anda 5*
Winjer Escreveu:Olha que são PCs muito fracos, mesmo muito fracos.
O objectivo é o preço baixo, e também um consumo baixa, não é o desempenho.
Por isso não tenhas muitas ilusões.
Morbus Escreveu:Vais-me dizer que não corre o Office?!?
Winjer Escreveu:Coisas desse género deve fazer sem problemas.
Eu estava apenas a tentar evitar que elevasses muito as tuas expectativas.
Mas para isso não há problema, acho.
Gostava era de ouvir a tua opinião sobre este projecto. Será que vai ajudar realmente os países sub-desenvolvidos e a sua população, ou é apenas mais um negocio, algo com pouco ou nenhum beneficio, excepto para os fabricantes/vendedores.
pedropaulo Escreveu:Curioso este movimento do portátil de 100E. São vários os autores que defendem que o continente Africano não passará por uma Idade Industrial e deverá saltar logo para a Era Digital.
Obviamente para tal acontecer são necessárias infra-estruturas, as quais são na verdade mais fáceis de implementar tendo em vista um Idade digital.
Os exemplos de países ainda conotados ao terceiro mundo, Paquistão e Índia, que não tendo a dimensão do ponto de vista estrutural ao nível dos países mais avançados mas bastando redes básicas de energia e telecomunicações conseguiram, ter hoje um enorme peso em know-how técnico ao ponto de serem destinos privilegiados de outsorcing de inúmeras companhias.
Ora a emancipação previsível destes países bem como a China em termos económicos trará claro problemas ás grandes companhias Mundiais. Hoje é bastante rentável pedir a um uma pequena companhia chinesa ou indiana que crie determinado programa a uma fracção do preço que se praticaria no Ocidente. A tal emancipação surge já sob a forma de companhias de origem nos países referidos já não fazem outsorcing e criam eles os programas para vender a terceiros.
Surge então a necessidade de explorar novos mercados que tenham capacidade técnica e um baixo custo de produção. Ai entra o mercado africano, alvo preferencial do PC de 100E.
Ao dar uma ferramenta criam-se condições para que num futuro próximo os paises mais pobres tenham a capacidade para trabalho em termos informáticos. Devido à pobreza, corrupção e problemas sociais não tem capacidade para criarem empresas próprias e vem-se obrigados a trabalhar para outrem. Enfim uma vez mais o exemplo da Índia em anos recentes.
Portanto a ideia é boa a aplicação como sempre estará condicionada pelo que se pode retira em termos económicos dela.
A Microsoft já torceu o nariz a ideia, claro tudo o que crie uma desvinculação do software deles não é bem visto. Do ponto de vista empresária não é de reprovar até porque a M luta para sobreviver. Os anos passam a tecnologia massifica, governos apelam ao open-source surgem novas companhias com recursos técnicos e humanos altos com baixo custo de manutenção, as tais empresas de países ditos 3º mundo.
Este PC se tiver sucesso representa no entanto uma esperança para um continente quase para além da ajuda. Não vai impedir a guerra ou a fome mas vai poder apesar de tudo por na mãos de gente pobre, desfavorecida e muitas vezes esquecida, um instrumento que pode mudar o mundo deles e o nosso.
Resta saber se quem pode vai deixar.
Claro que isto não é tais simples assim na aplicação ou na forma como abordei a questão mas creio que fica a ideia.
Morbus Escreveu:Não percebo muito das coisas, e não tenho opinião formadaWinjer Escreveu:Gostava era de ouvir a tua opinião sobre este projecto. Será que vai ajudar realmente os países sub-desenvolvidos e a sua população, ou é apenas mais um negocio, algo com pouco ou nenhum beneficio, excepto para os fabricantes/vendedores.Que me vai ajudar a mim é quase certo
Eu só gostava de saber é: se morrem quase 20000 crianças à fome todos os dias, só em áfrica, como é que isto vai ter realmente "aquele" impacto...
Winjer Escreveu:No entanto repara que este produto vai afectar uma classe quase elitista nesses países pobres. Um grupo de pessoas que não só tem dinheiro para comprar o portátil, mas também que tenha uma educação de base que lhe permita pelo menos ler, escrever, fazer cálculos e até mesmo algum contacto com as TI.
A única forma de isto não acontecer é se o estado fornecer estes PCs á população, especialmente jovens. No entanto tendo em conta os níveis de corrupção que grassa nesses países desconfio que uma boa parte desses investimentos fiquem perdidos.
pedropaulo Escreveu:È possível sim , mas o baixo preço vai fazer com que as ONG tenham capacidade de os adquirir e distribuir sem pressões, ou pelo menos a menor escala politicas ou sociais, a grupos ou países onde o potencial seja maior.Winjer Escreveu:No entanto repara que este produto vai afectar uma classe quase elitista nesses países pobres. Um grupo de pessoas que não só tem dinheiro para comprar o portátil, mas também que tenha uma educação de base que lhe permita pelo menos ler, escrever, fazer cálculos e até mesmo algum contacto com as TI.
A única forma de isto não acontecer é se o estado fornecer estes PCs á população, especialmente jovens. No entanto tendo em conta os níveis de corrupção que grassa nesses países desconfio que uma boa parte desses investimentos fiquem perdidos.
Obviamente estas mudanças são morosas e tem muitas condicionantes pelo caminho que põem em causa o desfecho final do projecto.
Winjer Escreveu:Imagina-te com um rendimento de 1 dólar por dia, como muita gente tem em países sub-desenvolvidos. Mal dá para tu comeres.
De repente alguém te dá uma coisa que vale 100 dólares. Será que muitos não vão preferir vender o PC? Nem que seja por um valor inferior.
P.S.: Estou a fazer o papel de advogado do diabo, mas apenas para fomentar a discussão deste assunto. Eu concordo com este projecto, mas quero ver opiniões.
pedropaulo Escreveu:A ideia não é dar um PC a uma pessoa. Há duas razões que derivam de um único factor pelas quais empresas, escolas, clínicas etc em países desfavorecidos não tem computadores.
São caros e são roubados. Ora um PC que custe 100E pode fazer maravilhas a um pequena empresa, a nível de gestão de stocks, facturação listagem de clientes, e-mails etc tudo coisa que um pc desses pode fazer sem grande esforço.
Um equipamento destes está sujeito na mesma a ser roubado mas devido ao preço que tem não deve ter muita procura além de que só o compra quem sabe trabalhar com ele.
