lol não é off topic não senhor a tua prof de filosofia é que é..... e a tua basuca também.... a filosofia é mt importante.. pois ao dares a tua opiniao estas a filosofar sobre o tema...Death Crow Escreveu:Totalmente off-topic: acho que a única coisa que mostrava a minha prof de filosofia era o interior do uma basuca, e acidentalmente disparava... ainda bem que já me livrei dela.Player-zero Escreveu:Falando filosóficamente, dizer que algo é uma obra de arte ou é arte, é um juizo de valor, logo é subjectivo e imparcial correspondendo a apenas uma ou mais opiniões mas não a todas.
O tal dito cujo critico disse que os jogos nunca poderiam ser arte.
É um juizo de valor, logo podemos aceitar ou não a respota dele.
É tudo uma opinião por isso isto tudo é uma questão filosófica
São os jogos obras de arte?
(Uma que tenho de mostrar á minha prof de filosofia!!! )
Claro que a arte é subjectiva, eu não considero as pinturas de Picasso arte e outros sim...
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Já agora quanto a uma coisa muito no inicio em que o Maedhros (penso que se escreve assim) disse que ainda não havia marcas distintas que dissessem que tal jogo era de tal fulano, mas que as havia na pintura, etc... (penso que foi +/- isto que disseste se não foi por favor corrije-me)
Mas veio-me á calha o meu ultimo jogo pa GBA: Boktai.
Se retirar-mos a história e contornos de material e etc e retirarmos a jogabilidade (quanto ao sensor solar) e fizermos o mesmo ao Metal Gear Solid, os jogos ficam praticamente iguias!!!
Pensem nisto.
Mas veio-me á calha o meu ultimo jogo pa GBA: Boktai.
Se retirar-mos a história e contornos de material e etc e retirarmos a jogabilidade (quanto ao sensor solar) e fizermos o mesmo ao Metal Gear Solid, os jogos ficam praticamente iguias!!!
Pensem nisto.
Eu disse que era muito raro haver correntes estéticas próprias de um determinado autor, mas justamente uma das excepções, era o Hideo Kojima.Player-zero Escreveu:Já agora quanto a uma coisa muito no inicio em que o Maedhros (penso que se escreve assim) disse que ainda não havia marcas distintas que dissessem que tal jogo era de tal fulano, mas que as havia na pintura, etc... (penso que foi +/- isto que disseste se não foi por favor corrije-me)
Mas veio-me á calha o meu ultimo jogo pa GBA: Boktai.
Se retirar-mos a história e contornos de material e etc e retirarmos a jogabilidade (quanto ao sensor solar) e fizermos o mesmo ao Metal Gear Solid, os jogos ficam praticamente iguias!!!
Pensem nisto.
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine
A ver: "Little Miss Sunshine" de Jonathan Dayton e Valerie Faris
A jogar: "Xenosaga Episode III - Also Sprach Zarathustra", "Dead Rising"
A ler: "Death is a Lonely Business" de Ray Bradbury
A ouvir: Dream Theater - Score
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Eu sei que a filosofia é importante e já me ensinou algumas coisas, mas também depende de quem nos ensina!!!BoneBreaker Escreveu:lol não é off topic não senhor a tua prof de filosofia é que é..... e a tua basuca também.... a filosofia é mt importante.. pois ao dares a tua opiniao estas a filosofar sobre o tema...Death Crow Escreveu:Totalmente off-topic: acho que a única coisa que mostrava a minha prof de filosofia era o interior do uma basuca, e acidentalmente disparava... ainda bem que já me livrei dela.Player-zero Escreveu:Falando filosóficamente, dizer que algo é uma obra de arte ou é arte, é um juizo de valor, logo é subjectivo e imparcial correspondendo a apenas uma ou mais opiniões mas não a todas.
O tal dito cujo critico disse que os jogos nunca poderiam ser arte.
É um juizo de valor, logo podemos aceitar ou não a respota dele.
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Tendo acabado mesmo agora de passar o Thief: Deadly Shadows tenho de admitir que, mesmo que consideremos que jogos não são arte a narrativa desta trilogia sem dúvida que o é.
Acho que daria um filme/livro excelente.
É certo que não joguei o Metal Age e estou a partir do princípio que não destoa muito.
Adoro particularmente a maneira como acaba.
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Palavras de Hideo Kojima
http://finalboss.uol.com.br/fb3/ctu.asp?cid=29642
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Entao para ele arte é o que 1 em 100 pessoas aprecia, algo que chama essa pessoa a atenção, algo que é posto num museu para ser apreciado, uma pintura, uma escultura...pedropaulo Escreveu:Palavras de Hideo Kojima
http://finalboss.uol.com.br/fb3/ctu.asp?cid=29642
Os videojogos não são arte porque são feitos para vender e para todos os apreciarem... e os filmes, música e livros? Não estão num museu, têm uma grande percentagem de comercialidade e são feitos para 100 em 100 pessoas os apreciarem.
Não posso concordar com o Kojima (está a ser modesto

Kojima, com este discurso, acabou de baixar muitos furos na minha consideração.pedropaulo Escreveu:Palavras de Hideo Kojima
http://finalboss.uol.com.br/fb3/ctu.asp?cid=29642
1. Se arte é algo que está num museu, ou que só é criada por um artista, então Música, Cinema, Teatro, não são arte, porque requerem trabalho colectivo e não estão em exposição em nenhum museu.
2. Se arte por entreter, deixa de ser arte, então vou já deitar para o lixo, todos os meus livros sobre a Arte do Cinema porque realmente andaram a enganar-me todos estes anos.
3. O problema de Kojima, é que se esqueçe, que a diferença entre um automóvel e um filme (ou qualquer outra forma de "fine art"), não tem a haver com o processo criativo que o rege, mas sim com o seu fim. Um automóvel tem uma utilidade mundana, enquanto as formas de arte têm somente uma utilidade lúdico-cultural. Kojima deveria ter ido ao wikipedia ler o que se entende por arte, antes de disparar bitytes....
"Olive: Grandpa, am I pretty?
Grandpa: You are the most beautiful girl in the world.
Olive: You're just saying that.
Grandpa: No! I'm madly in love with you and it's not because of your brains or your personality. " in Little Miss Sunshine
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Na Gulbenkean aí em Lisboa há (ou havia) um quadro feito por cinco artistas... Já não é arteMaedhros Escreveu:Kojima, com este discurso, acabou de baixar muitos furos na minha consideração.pedropaulo Escreveu:Palavras de Hideo Kojima
http://finalboss.uol.com.br/fb3/ctu.asp?cid=29642
1. Se arte é algo que está num museu, ou que só é criada por um artista, então Música, Cinema, Teatro, não são arte, porque requerem trabalho colectivo e não estão em exposição em nenhum museu.
![Old Dead [xx(]](./images/smilies/old_dead.gif)
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A esse senhor deviam-lhe mandar, na infância, para um museu cheio de quadros, de castigo, para ele não se divertir. Porque ter um quadro na parede do corredor não é para por a casa feia e carrancuda, pelo contrário (bem... depende das situações)Maedhros Escreveu:2. Se arte por entreter, deixa de ser arte, então vou já deitar para o lixo, todos os meus livros sobre a Arte do Cinema porque realmente andaram a enganar-me todos estes anos.
O design de um carro não tem utilizade mundana. É algo lúdico-cultural. Não te esqueças que estas duas facetas surgem muitas vezes associadas no mesmo objecto...Maedhros Escreveu:3. O problema de Kojima, é que se esqueçe, que a diferença entre um automóvel e um filme (ou qualquer outra forma de "fine art"), não tem a haver com o processo criativo que o rege, mas sim com o seu fim. Um automóvel tem uma utilidade mundana, enquanto as formas de arte têm somente uma utilidade lúdico-cultural. Kojima deveria ter ido ao wikipedia ler o que se entende por arte, antes de disparar bitytes....
Há falta de água no mundo? A guerra alastrou a todo o globo? Tenho uma unha encravada? Só há uma solução: FORMAT C: - by SoRHunter
Eu digo mal de jogos que nunca joguei e dos quais não conheço nada. - foi o Bu77erCup242 que me disse
Para que raio queres tu uma namorada linda e inteligente? O que interessa é ter EDRAM... - by Chris
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Eu sei. O que eu disse, é que nas "fine arts" não existe essa faceta, não o contrário.Morbus Escreveu:O design de um carro não tem utilizade mundana. É algo lúdico-cultural. Não te esqueças que estas duas facetas surgem muitas vezes associadas no mesmo objecto...
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Aqui está um artigo que descobri ao dar uma vista de olhos pelo blog do NCalvin. É um artigo a falar do que o sr. Kojima disse. Só agora, no entanto, é que me dei ao trabalho de analisar bem o que ele diz.
Decididamente, esse senhor falou sem pensar e, com certeza, se ele reflectir bem chega à conclusão de que o que ele diz está errado. Principalmente (eu estou sempre com esta) o design. É esta a forma de arte que se assemelha mais, em meu entender, à arte dos videojogos. O design (assim como a música, assim como o cinema, assim como a literatura) tenta, tal como os jogos, capturar a atenção de uma larga margem de pessoas. Por isso, o argumento que ele usa é deitado abaixo.
Quanto à interactividade, acho que ele se baralha todo e está a bater naquela técnica que eu já dei a minha opinião (naquele post grande que fiz no princípio). O que ele se esquece é (tal como aquilo que referi anteriormente) que a boa arte requer uma interacção do admirador e que é vista de maneira diferente por cada um. Olhai os poemas de Pessoa, olhai os quadros de Dali, olhai o sorriso da monaliza, olhai o Heavy Metal, e digam-me que estas formas de arte não requerem uma atitude activa na interpretação das obras...
Sabem o que eu digo? Estes senhores até podem ter razão na causa que defende e até pode ser que os jogos nem sejam arte. Mas eles não se estão a justificar bem (retórica não parece ser com eles). Enquanto não me mostrarem PORQUE É QUE os jogos não são arte eu vou continuar a defender que são e a mostra PORQUE penso assim...
Decididamente, esse senhor falou sem pensar e, com certeza, se ele reflectir bem chega à conclusão de que o que ele diz está errado. Principalmente (eu estou sempre com esta) o design. É esta a forma de arte que se assemelha mais, em meu entender, à arte dos videojogos. O design (assim como a música, assim como o cinema, assim como a literatura) tenta, tal como os jogos, capturar a atenção de uma larga margem de pessoas. Por isso, o argumento que ele usa é deitado abaixo.
Quanto à interactividade, acho que ele se baralha todo e está a bater naquela técnica que eu já dei a minha opinião (naquele post grande que fiz no princípio). O que ele se esquece é (tal como aquilo que referi anteriormente) que a boa arte requer uma interacção do admirador e que é vista de maneira diferente por cada um. Olhai os poemas de Pessoa, olhai os quadros de Dali, olhai o sorriso da monaliza, olhai o Heavy Metal, e digam-me que estas formas de arte não requerem uma atitude activa na interpretação das obras...
Sabem o que eu digo? Estes senhores até podem ter razão na causa que defende e até pode ser que os jogos nem sejam arte. Mas eles não se estão a justificar bem (retórica não parece ser com eles). Enquanto não me mostrarem PORQUE É QUE os jogos não são arte eu vou continuar a defender que são e a mostra PORQUE penso assim...
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Kojima percebe muito pouco sobre o que se entende por arte ou "fine art".Morbus Escreveu:Aqui está um artigo que descobri ao dar uma vista de olhos pelo blog do NCalvin. É um artigo a falar do que o sr. Kojima disse. Só agora, no entanto, é que me dei ao trabalho de analisar bem o que ele diz.
Decididamente, esse senhor falou sem pensar e, com certeza, se ele reflectir bem chega à conclusão de que o que ele diz está errado. Principalmente (eu estou sempre com esta) o design. É esta a forma de arte que se assemelha mais, em meu entender, à arte dos videojogos. O design (assim como a música, assim como o cinema, assim como a literatura) tenta, tal como os jogos, capturar a atenção de uma larga margem de pessoas. Por isso, o argumento que ele usa é deitado abaixo.
Quanto à interactividade, acho que ele se baralha todo e está a bater naquela técnica que eu já dei a minha opinião (naquele post grande que fiz no princípio). O que ele se esquece é (tal como aquilo que referi anteriormente) que a boa arte requer uma interacção do admirador e que é vista de maneira diferente por cada um. Olhai os poemas de Pessoa, olhai os quadros de Dali, olhai o sorriso da monaliza, olhai o Heavy Metal, e digam-me que estas formas de arte não requerem uma atitude activa na interpretação das obras...
Sabem o que eu digo? Estes senhores até podem ter razão na causa que defende e até pode ser que os jogos nem sejam arte. Mas eles não se estão a justificar bem (retórica não parece ser com eles). Enquanto não me mostrarem PORQUE É QUE os jogos não são arte eu vou continuar a defender que são e a mostra PORQUE penso assim...
As suas declarações, são fácilmente desconstruídas num conjunto de preconceitos sociais sobre o conceito de arte.
Na visão dele, só é arte, algo que já tem cem anos e está num museu ou galeria. E tudo o que é entretenimento escapa a essa sua concepção. Esta ideia retrograda e preconceituosa do que é "arte", é muito defendida por certos defensores das "fine arts", que, pretensiosamente, reduzem "arte" aos conceitos de que kojima fala.
O que se esqueçem, é que Mozart, Beethoven, Picasso, Magritte, Shakespeare (...), no seu tempo eram entretenimento. Entretenimento lúdico e da mais alta qualidade, tal como, hoje o cinema e (algum) entretenimento interactivo. Hoje, graças ao estatuto que as diversas obras dos mestres atingiram, estas tornaram-se motivo de regozijo para uma certa elite, que reduz a arte, a algo que deve ser monótono e reflexivo.
A arte não tem de ser entretenimento, mas muitas vezes o é. A definição de arte, para os críticos que se derem ao trabalho de a ler, pode ser definida da seguinte forma: "actividade criativa humana, cujo único objectivo é a difusão lúdica e cultural de uma determinada mensagem, objecto ou narrativa". Que eu veja, os videojogos encaixam bem nesta definição, tal como o cinema, música, fotografia, teatro, escultura, pintura, dança, etc... Já o design de um carro não se encontra englobado nesta definição.
E por haver muita "má" arte, isso não invalida que seja arte. No tempo de Mozart existia Salieri, para não falar em muito lixo que abunda a música clássica. Lá por uma forma de arte englobar "má arte", não diminui o seu estatuto. Tal como o cinema é a 7a arte (o que não quer dizer que não esteja repleto de filmes que são verdadeiro lixo artístico..), os jogos serão a 8a, assim que certas franjas da sociedade se deixarem de preconceitos.
Quem, como eu, estudou a história do cinema, verá que a história dos videojogos, está cheia de aspectos em comum, estando neste momento a atravessar um período de uma certa ingenuidade, inerente à imaturidade da adolescência desta forma de arte.
A ideia de que as formas de arte, nascem já "adultas" e não passam por um processo evolutivo, também ajuda a este tipo de comentários desinformados, que se esquecem que o cinema, outrora era mudo (o que limitava muito os seus conteúdos, à excepção de um punhado de génios do meio), a música outrora não se compunha para grandes orquestras, etc. Os jogos têm uma história de pouco mais de 30 anos, que seria o equivalente à decada de 30 do cinema, e na altura também se questionava muito se o cinema seria arte.
Só foi graças a um conjunto de criadores geniais (Chaplin, Murnau, Lang...), que esse tipo de barreiras sociais preconceituosas foram levantadas, e enquanto os nossos melhores criadores, partilharem esse preconceito, os jogos nunca serão vistos como arte.
Nas palavras de Moore:
"Shame on you" Kojima-san.
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Uma das intervenções do blog do Nelson.
"O problema é que a maior parte das pessoas continuam a achar que um oleiro é um artista.
pensam que arte está do lado do espectador, quando a arte está exclusivamente do lado do criador. não é uma coisa recíproca. é egoísta. é unidireccional. a arte acaba, morre no artista. não é feita a pensar no que vai o espectador pensar dela, nem no que vai fazer com ela.
Mário Valente"
"O problema é que a maior parte das pessoas continuam a achar que um oleiro é um artista.
pensam que arte está do lado do espectador, quando a arte está exclusivamente do lado do criador. não é uma coisa recíproca. é egoísta. é unidireccional. a arte acaba, morre no artista. não é feita a pensar no que vai o espectador pensar dela, nem no que vai fazer com ela.
Mário Valente"
perdoem-me a auto-promoção descaradas, mas...Maedhros Escreveu:4 jogos é muito pouco... e mesmo nesses jogos existe um grande distanciamento da realidade!Morbus Escreveu:Talvez te estejas a esquecer que muitos jogos, como ensaios que são sobre uma maneira de ver as coisas, são mais "consciencializadores" de prespetivas ideológicas do que "divulgadores" de realidades actuais... Joga Deus Ex - Invisible Wars, KOTOR e outros jogos em que há uma forte componente filosófica e ficas a ver que, afinal, até há jogos que debatem questões importantes... São poucos, sim, mas há-los.
E não te esqueças, que nesses jogos, podes jogar o jogo inteiro sem sequer abordar essas questões, sendo elas apenas um "side-plot" do argumento e não o seu derradeiro propósito.
E não, fahrenheit não é superior nesse aspecto, pelo contrário...
http://ultimonivel.blogspot.com/2006/02 ... iform.html