Mensagem
por ICE » quinta 18 mai 2006, 0:30
Acabei agora de ver o documentário!
Esclarecendo desde já algo. Toda esta "lenda" podemos considerá-la história ou estória. O unico facto é que os caminhos e dead ends são tantos e ilimitados que chega a um ponto e a história perde-se para dar lugar à subjectividade, para mim foi isso que determinou a conclusão do autor deste documentário. ele próprio o admite desde o inicio que estava céptico, no minimo, com o declarado no Código Da Vinci.
Em muitas coisas tem razão em outras tantas, porque não quis aprofundar mais, engana-se redondamente. Só começei a ver este documentário a partir do Priorado de Sião, postarei por tópicos aqui os erros cometidos, a partir daí será a vossa subjectividade a decidir quem tem razão.
1 - O Priorado de Sião é realmente falso, mas só a partir do Sec. XX, quando surge Pierre Plantard, da mesma forma que historiadores antes dele tiveram conhecimento, implicito diga-se, que existia uma associação por trás dos Templários, assim Plantard aproveitou-se dessa desconfiança, para a transformar em facto. Ele alega que o Priure é falso mas não explica o que significa o Corte do Ulmeiro, uma das principais provas da existência deste.
2 - Chaumeil, diz que tem em sua posse uma confissão assinada por Cherisei, um dos autores dos Documentos Secrétos, em que este afirma que inventou tudo aquilo, ironia das ironias não a mostra no documentário e nunca a amostrou ao mundo, alegando que Cherisei lhe obrigou a selar um pacto de honra em como nunca iria a publico com isto, convenhamos não abona muita na credibilidade de Chaumeil.
3 - Diz claramente que as lendas do Santo Graal aparecem no Surrealismo, ou pelo menos têm a sua maior influencia nesta época, categórica mentira, pois estas lendas surgem no Sec. XII, em pleno mediavalismo e é neste periodo que têm o seu maior impacto.
4 - A Pintura de João Baptista, aquela apresentada aquando da discussão do fresco a Ultima Ceia, realmente João Baptista está retratado com traçoes efeminados, mas Maria Madalena (João) na Ultima Ceia não tem traços efeminados, é realmente uma mulher, o próprio pesquisador admite isso, nem tinha outra forma. Flaham na pintura de João Baptista por não dizerem o que significa o Dedo deste que aponta para o céu, se o tivessem dito ficariamos com outra ideia para além daquela exposta. Tal como diz o curador da Igreja, Leonardo Da Vinci era um homem que questionava tudo, se assim é, porque não questionou a Igreja? Não explicam, mas a explicação é simples, ele questionou e nos seus quadros até colocou em causa. Vejam não só a última ceia, mas os quadros: A Adoração aos Magos, A Virgem dos Rochedos e até o Sudário de Turim, só me pergunto porque não foram mostrados estas obras neste documentário?
5 - No Evangelho gnóstico de Filipe Cristo beija Maria Madalena, relamente não identifica o local do beijo, mas isso deve-se porque não é relevante, o que é relevante é um Rabi beijar uma mulher, este acto no tempo de cristo significava uma relação amorosa. Com isto em mente, que interessa onde Cristo a beijou? Relembro que de todas as acusações lançadas pelos judeus a Cristo para o crucificarem, não consta o facto de este ser celibatário, neste tempo o celibato era um crime tão horrendo como o homicidio e todos aqueles homens que se diziam seguidores de Deus tinham que estar casados, esta acusação por si só seria suficiente para a aplicação da pena de morte, num entanto não é usada e todos nós sabemos que os judeus tiveram dificuldades em condenar Cristo.
6 - A palavra Santo Graal deriva de San Greal que por sua vez deriva de Sang Real. No ducumentário é dito que esta palavra foi um erro de um dos escritores da demanda sagrada, mentira pois esta palavra existia antes até de cristo, não foi inventado por um escritor do Sec. XV. Basta uma procura no Google para se constatar isso.
Estes foram os erros mais crassos que tive oportunidade de apontar no pouco tempo que visionei o ducumentário, não foram os unicos, mas os mais graves. Convem a voçes agora fazer o vosso próprio juizo.
Uma coisa é certa, acreditemos ou não nesta história, o facto é que Madalena era mais importante que todos os outros disciplos, foi o próprio Papa João Paulo II, que assim o disse, depois de 1600 anos de mentira, João Paulo acabou com a imagem errada de Madelana, não por vontade própria, não se enganem, mas porque os historiadores assim o obrigaram, se fossem realmente uma ninharia destes, como dito no ducumentário, qua apoiam o escrito no Holy Blood Holy Grail, acham que João Paulo engoliria uma afornta destas? Não! engoliu porque os historiadores que apoia baigent e companhia, são mais que muitos.
Não se fiquem pelo documentário, leiam os livros, o que foi mostrado nma dois é apenas 5% do que os livros vos podem mostrar, e serão estes mesmos a demonstrar-vos os erros que este documentário cometeu. Basearem-se em cerca de 50 páginas de um livro com mais de 300 para dizerem que este é falso ou verdadeiro é o principal erro cometido. Leiam também, A Mulher do Jarro de Alabastro, Os Evangelhos Gnósticos, Jesus um Deus pagão?, aproveitem e vejam os documentários sobre a descoberta do Evangelho de Judas, que vem ainda deitar mais achas para a fogueira da Igreja, emitidos pelo próprio National Geoghraphic Channel.