Penso que o grande segredo para conseguir a simpatia de quem nos atende, seja em loja for, numa FNAC ou numa MBit de aldeia, é encarar quem nos atende como pessoas e são, e não como simples empregados que estão ali para nos servir. Certo que temos os nossos direitos, mas não é preciso que os lembremos constantemente a quem nos atende. Compreender o aspecto humano de quem está "do outro lado do balcão" é muito importante neste tipo de relações "menos humanas" que são o atendimento ao cliente.
É preciso estar atendo à predisposição de quem nos atende face a nós. Não basta simplesmente abrir um sorriso e esperar que nos retribuam com outro, se o empregado estiver farto de atender clientes, por exemplo, o melhor que temos a fazer é sermos claros no que queremos, e não o chatearmos por muito tempo. Isto, claro, estou a falar no que toca lojas em que a gente aparece lá muito de vez em quando, ou lojas maiores. Quando são lojas mais pequenas e que frequentamos mais vezes (como o quiosque onde compramos o jornal ou a revista, ou a loja onde compramos jogos), o caso muda de figura, não só porque é uma relação muito mais pessoal, mas porque, e principalmente, da próxima vez que lá formos as pessoas vão-se lembrar de nós. Gestos tão simples como um "bom dia" quando entramos na loja e um outro "tenho um bom dia" quando saímos são fulcrais para desenvolver uma boa empatia com os empregados de balcão deste tipo de estabelecimentos mais pequenos. E desenvolvida essa empatia, é de esperar, obviamente, que tenhamos um atendimento muito melhor.
Como disse, no entanto, nas grandes superfícies [o tema do tópico] o caso é bem diferente e resume-se tudo a tentar entender o empregado que nos atende. E há vários tipos: aqueles [normalmente aquelas
] que nos acolhem com um sorriso nos lábios e aturam tudo e mais alguma coisa, até suportam aquelas piadas mais secas que alguns clientes mandam para se armarem em parvos... ahem... engraçados digo; aqueles que nos atendem com frieza mas prontidão, sem mostrar simpatia mas sendo sempre competentes; aqueles novatos que até nos despejam uma caneca de cerveja por cima e se vêm muito atrapalhados (nesses casos a melhor maneira de reagir é dizer que não faz mal, pelo menos na minha opinião, é sempre melhor evitar zangas, até porque, com certeza, o empregado não fez de propósito) mas que, normalmente, são muito mais emotivos no atendimento; aquelas bestas que parecem que estão a fazer aquilo por castigo e que nem sequer devia estar ali; há um pouco de tudo, e é preciso saber adaptar a nossa atitude face a eles, e não só esperar que eles adaptem a sua atitude face a nós.
É preciso ter em conta, como disse, que a relação vendedor/cliente é uma relação humana, e como tal deve ser levada com calma e ponderação, e saber "testar o terreno" antes de avançar.
Quanto a mim, nunca tive problemas por demais, também porque não frequento grandes superfícies muito regularmente. PC's é numa loja pequena e amiga, com um atendimento 5 estrelas, ou então pela net. Jogos a mesma coisa, mas mais pela net. Música raramente compro, mas quando compro é na FNAC, mas aí não tenho razões de queixa. Livros é em livrarias especializadas ou então no Jumbo ou na FNAC, e também não tenho nada a apontar. Calçado e roupa em geral é em lojas pequenas, e nunca tive problema [tenho a apontar que a Nákua de Vila do Conde tem umas empregadas muito giras
]. E por aí a fora...